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Qualidade de silagens de maniçoba (Manihot epruinosa) emurchecida
O objetivo do trabalho foi avaliar o efeito do emurchecimento sobre a composição químico-bromatológica e degradabilidade da matéria seca (MS), fibra em detergente neutro (FDN) e proteína bruta (PB) de silagens de maniçoba. Para avaliação da composição química, em delineamento inteiramente casualizado, a forragem (colhida diretamente da Caatinga) depois de passada em máquina forrageira foi dividida em duas porções, de modo que uma metade (fresca) foi imedia-tamente ensilada em quatro silos experimentais de tubos de PVC (0,09 m3) e o restante foi exposta ao sol por 5 horas para emurchecimento, antes da ensilagem, resultando dois tratamentos com quatro repetições. A composição química foi caracterizada em termos de matéria seca (MS), matéria mineral (MM), extrato etéreo (EE), fibra em detergente neutro (FDN), fibra em detergente neutro corrigida para matéria mineral (FDNc), fibra em detergente ácido (FDA), nitrogênio insolúvel em detergente ácido (NIDA), pH, proteína bruta (PB), nitrogênio amoniacal como porcentagem do nitrogênio total (N-NH3/p.100 Nt) e carboidratos solúveis residuais (CHOs residuais). Para a avaliação da cinética da degradação ruminal, as amostras foram incubadas em duas cabras com fístula permanente no rúmen, usando-se modelo matemático para estimativa das frações dos nutrientes. Houve efeito significativo (p<0,05) do emurchecimento sobre a degradabilidade efetiva da PB e a fração a para MS, entre as taxas de passagem 2 e 8 p.100/h. Apesar dos baixos conteúdos de MS apresen-tados pelas silagens de maniçoba fresca, estas podem ser consideradas de boa qualidade baseada nos valores de pH, N-NH3/p.100 Nt e CHOs residuais. O emurchecimento mostrou-se como prática desnecessária para obtenção de silagens de adequada degradabilidade