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    Risco nutricional e funcionalidade de crianças e adolescentes hospitalizados com covid-19

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    Introdução: Crianças e adolescentes hospitalizados com COVID-19 podem apresentar risco nutricional e comprometimento da funcionalidade. Logo, estudar estes fatores é essencial para subsidiar intervenções mais assertivas a essa população. Objetivo: Avaliar a associação entre o risco nutricional e a funcionalidade de crianças e adolescentes hospitalizados com COVID-19 na admissão e na alta hospitalar. Métodos: Estudo transversal retrospectivo com pacientes menores de 19 anos, positivos para SARS-COV-2 pelo teste RT-PCR, no período de fevereiro de 2020 a maio de 2022. A triagem STRONGKids (Screening Tool Risk On Nutritional Status and Growth) foi utilizada para avaliar o risco nutricional na admissão hospitalar e a Escala de Estado Funcional (FSS-Brasil) para determinar a funcionalidade dos pacientes na admissão e na alta hospitalar. Os dados foram coletados a partir de dados de prontuário hospitalar. As análises descritivas foram apresentadas em frequência absoluta e relativa. Para as análises bivariadas foram utilizados o teste qui-quadrado de Pearson e teste t de Student. Para testar a associação entre o risco nutricional e a funcionalidade foram realizadas regressões de Poisson com variância robusta bruta, com ajustes para idade, tempo de internação e presença de condições crônicas complexas. Resultados: Foram analisados 217 prontuários de crianças e adolescentes hospitalizados, 55,7% (n=121) meninos com idade mediana de 6 anos (IQ 0-12). Identificou-se que 64% (n=139) apresentavam médio/alto risco nutricional e 23,9% (n=52) algum grau de disfuncionalidade na admissão e 14,6% (n=31) na alta hospitalar. Após ajustes identificou-se que o acréscimo de um ponto na triagem nutricional na admissão, aumenta em 36% (RP 1,36; IC95% 1,15-1,62) a probabilidade do paciente apresentar algum grau de comprometimento funcional na admissão. Conclusão: Os achados demonstram a ocorrência de associação positiva entre o risco nutricional e o comprometimento funcional na admissão hospitalar, mesmo após os ajustes para idade, tempo de internação e condições crônicas complexas. Além disso, pacientes que apresentaram médio/alto risco nutricional na admissão hospitalar, apresentaram também pior funcionalidade, tanto na admissão, quanto na alta hospitalar.Introduction: Children and adolescents hospitalized with COVID-19 may be at nutritional risk and have impaired functionality. Therefore, studying these factors is essential to subsidize more assertive interventions for this population. Objective: To evaluate the association between nutritional risk and functionality of children and adolescents hospitalized with COVID-19 at admission and discharge. Methods: Retrospective cross-sectional study with patients under 19 years old, positive for SARS-COV-2 by RT-PCR test, from February 2020 to May 2022. The STRONGKids screening (Screening Tool Risk On Nutritional Status and Growth) was used to assess nutritional risk on hospital admission and the Functional Status Scale (FSS-Brazil) to determine the functionality of patients on admission and discharge. Data were collected from hospital records. Descriptive analyzes were presented in absolute and relative frequency. For bivariate analyses, Pearson's chi-square test and Student's t test were used. To test the association between nutritional risk and functionality, Poisson regressions with gross robust variance were performed, with adjustments for age, length of stay and presence of complex chronic conditions. Results: 217 medical records of hospitalized children and adolescents were analyzed, 55.7% (n=121) boys with a median age of 6 years (IQ 0-12). It was identified that 64% (n=139) had medium/high nutritional risk and 23.9% (n=52) had some degree of dysfunctionality upon admission and 14.6% (n=31) upon discharge. After adjustments, it was identified that the addition of one point in the nutritional screening on admission increases by 36% (PR 1.36; 95%CI 1.15-1.62) the probability of the patient presenting some degree of functional impairment on admission. Conclusion: The findings demonstrate the occurrence of a positive association between nutritional risk and functional impairment on hospital admission, even after adjusting for age, length of stay and complex chronic conditions. In addition, patients who presented medium/high nutritional risk at hospital admission also presented worse functionality, both at admission and at hospital discharge

    Offering ultra-processed foods in pediatric hospital diets for children over two years of age at a university hospital

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    Introdução: A dieta fornecida no ambiente hospitalar deve promover bons hábitos alimentares a partir da oferta de uma alimentação saudável. Entretanto, sabe-se que alimentos industrializados são servidos na alimentação hospitalar. Objetivo: Avaliar a presença e a frequência de oferta de alimentos ultraprocessados nas dietas pediátricas de um hospital universitário. Métodos: A amostra foi composta por 25 dietas pediátricas prescritas para crianças maiores de dois anos. A coleta de dados ocorreu de janeiro a agosto de 2020. Os cardápios foram analisados segundo o nível de processamento dos alimentos, conforme a classificação NOVA. Os dados foram analisados no programa Microsoft Excel, e os resultados obtidos foram descritos por frequência absoluta e relativa. Resultados: Alimentos in natura ou minimamente processados representam 54,3% (n=10.851). Os ingredientes culinários, 28,9% (n=5.768); os processados, 2,7% (n=551); e os ultraprocessados, 13,9% (n=2.789). Identificou-se um total de 29 alimentos ultraprocessados, dos quais os três mais frequentes foram o achocolatado em pó (23,5%, n=658), a margarina (18,5%, n=518) e o pão de forma (11%, n=308). A maior oferta ocorre no café da manhã (31%, n=854), no lanche da tarde (30%, n=844) e na ceia (24%, n=661), representando 85% (n=2.359) da oferta total. Conclusões: Os achados deste estudo incluem a presença de ultraprocessados em praticamente todas as dietas pediátricas hospitalares analisadas. No entanto, alimentos in natura ou minimamente processados representam mais da metade da composição dos cardápios.Introduction: The diet provided in hospital environments should promote good eating habits by offering healthy food. However, it is known that processed foods are served in hospital diets. Objective: To evaluate the presence and the frequency of ultra-processed foods in the pediatric diets of a university hospital. Methods: The sample consisted of 25 pediatric diets prescribed for children older than two years. Data collection occurred from January to August 2020. The menus were analyzed according to the level of food processing, following the NOVA classification. The data was analyzed in Microsoft Excel, and the results obtained were described by absolute and relative frequency. Results: Natural or minimally processed foods represent 54.3% (n=10,851). The culinary ingredients accounted for 28.9% (n=5,768); processed foods, 2.7% (n=551); and ultra-processed, 13.9% (n=2,789). A total of 29 ultra-processed foods were identified, of which the three most frequent were chocolate milk powder (23.5%, n=658), margarine (18.5%, n=518) and sliced bread (11%, n=308). The biggest offer occurs in breakfast (31%, n=854), in the afternoon snack (30%, n=844) and on supper (24%, n=661), representing 85% (n=2,359) of the total offer. Conclusions: The findings of this study include the presence of ultra-processed foods in virtually all hospital pediatric diets analyzed. However, natural or minimally processed foods represent more than half of the composition of the menus
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