Comparação entre teste rápido e técnica de PCR no diagnóstico de Streptococcus do grupo B em gestantes com risco para prematuridade

INTRODUÇÃO: O Streptococcus do grupo B (SGB) é uma bactéria que comumente coloniza o trato genital feminino e é considerada um dos mais importantes agentes causais da sepse neonatal. Hoje, muitas gestantes acabam realizando antibioticoprofilaxia sem necessidade por falta de um teste rápido que identifique o germe. OBJETIVO: avaliar a acurácia diagnóstica do teste rápido XpertGBS e compará-lo com o Teste de Reação em Cadeia da Polimerase- PCR. MÉTODOS: Estudo transversal prospectivo em que foram coletadas amostras de swab vaginal e anal de gestantes que internaram na emergência obstétrica do HCPA, um deles realizou-se o PCR e o outro o teste rápido. Os critérios de inclusão foram internação em trabalho de parto ou por alguma urgência/emergência obstétrica com IG < 37 semanas e que não realizaram o rastreio durante o pré-natal. RESULTADOS: Realizados 115 testes, dos quais 9 foram inválidos perda de teste. Dos 106 restantes, houve concordância dos dois métodos de 89 testes (83,3%). A incidência de positividade pela técnica de PCR foi de 44 (41,5%), enquanto na técnica pelo TR foi de 36 (33,9%). A sensibilidade foi 0.41 (IC 95% 0.31- 0.51), especificidade 0.92 (IC 95% 0.56-0.85) e acurácia de 0.84 (IC 95% 0.76-0.90). CONCLUSÕES: Conclui-se, que o teste se mostrou bastante específico para identificação de SGB, contudo menos sensível que o PCR. Levanta-se o questionamento se o PCR não está superestimando a prevalência de colonização por SGB, visto o enriquecimento da amostra. Mais estudos se fazem necessários para avaliação de custos da implantação do teste rápido em emergências obstétricas e desfechos neonatais com uso deste teste

Correlation between late cord clamping and phototherapy and other neonatal unfavorable outcomes : a randomized clinical trial

Background: Recently, late umbilical cord clamping is generally recommended, which decreases neonatal anemia; however, it may also increase neonatal jaundice and some other poor outcomes. Objectives: We here attempted to determine whether late clamping actually increases the incidence of phototherapy for jaundice and other poor outcomes of the term “low-risk newborns”. Methods: With the approval of the Brazilian Registry of Clinical Trials (REBEC), a total of 357 low-risk newborns (singleton, uncomplicated pregnancy/delivery, in a Brazilian public institution) were randomized into two groups: group I (n = 114): cord clamping < 1 minute (early clamping) or group II (n = 243): cord clamping between 1 - 3 minutes (late clamping). Statistics were used appropriately (i.e., measures of central tendency, dispersion for continuous variables, Shapiro-Wilk, Mann-Whitney test, or Chi-square test). Results: Phototherapy was performed in 5.3% in both groups. Also, there were no statistical differences in the occurrence of secondary outcomes, such as sepsis, neonatal ICU admission, and transient tachypnea of the newborns: i.e., 0.9%, 15.8%, and 3.5%, respectively for group I versus 1.2%, 15.6%, and 5.8%, respectively for group II. Conclusion: Late umbilical cord clamping does not increase the need for phototherapy in low-risk neonates. This result corroborates the current recommendation of late cord clamping, whenever appropriate

Maternal effects of immediate versus delayed umbilical cord clamping : a randomized clinical trial

OBJECTIVE: To compare maternal preoperative and postoperative hemoglobin variation after cord clamping. METHODS: Randomized clinical trial performed in Porto Alegre, RS from January to December 2012. It was included 356 women with habitual risk gestations. In the immediate cord clamping group, the umbilical cord section was realized between 0 and 60 s (group 1) while in the delayed cord clamping group it was realized >60 s (group 2). RESULTS: The mean (±standard deviation [SD]) preoperative hemoglobin was 12.13 ± 1.06 in the group 1 and 12.13 ± 1.11 in the group 2. The mean (±SD) postoperative day 2 hemoglobin level was 10.19 ± 1.46 in the group 1 and 10.24 ± 1.42 in the group 2. CONCLUSIONS: Delayed umbilical cord clamping resulted in a similar maternal hemoglobin level reduction at postoperative day 2

Evolução temporal da mortalidade materna : 1980-2019

Objective To determine the profile of maternal deaths occurred in the period between 2000 and 2019 in the Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA, in the Portuguese acronym) and to compare it with maternal deaths between 1980 and 1999 in the same institution. Methods Retrospective study that analyzed 2,481 medical records of women between 10 and 49 years old who died between 2000 and 2018. The present study was approved by the Ethics Committee (CAAE 78021417600005327). Results After reviewing 2,481 medical records of women who died in reproductive age, 43 deaths had occurred during pregnancy or in the postpartum period. Of these, 28 were considered maternal deaths. The maternal mortality ratio was 37.6 per 100,000 live births. Regarding causes, 16 deaths (57.1%) were directly associated with pregnancy, 10 (35.1%) were indirectly associated, and 2 (7.1%) were unrelated. The main cause of death was hypertension during pregnancy (31.2%) followed by acute liver steatosis during pregnancy (25%). In the previous study, published in 2003 in the same institution4 , the mortality rate was 129 per 100,000 live births, and most deaths were related to direct obstetric causes (62%). The main causes of death in this period were due to hypertensive complications (17.2%), followed by postcesarean infection (16%). Conclusion Compared with data before the decade of 2000, there was an important reduction in maternal deaths due to infectious causes.Objetivo Determinar o perfil dos óbitos maternos ocorridos no período de 2000 a 2019 no Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e comparar com os óbitos maternos entre 1980 e 1999 na mesma instituição. Métodos Estudo retrospectivo que analisou 2.400 prontuários de mulheres entre 10 e 49 anos que morreram entre 2000 e 2019. O presente estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética (CAAE 78021417600005327). Resultados Após revisão de 2.481 prontuários de mulheres que morreram em idade reprodutiva, 43 mortes ocorreram durante a gravidez ou no período pós-parto. Destas, 28 foram considerados óbitos maternos. A taxa de mortalidade materna foi de 37.6 por 100.000 nascidos vivos. Em relação às causas, 16 óbitos (57.1%) estiveram diretamente associados à gravidez, 10 (35.1%) estiveram indiretamente associados e 2 (7.1%) não estiveram relacionados. A principal causa de morte foi hipertensão na gravidez (31.2%) seguida de esteatose hepática aguda da gravidez (25%). No estudo anterior, publicado em 2003 na mesma instituição4 , a taxa de mortalidade foi de 129 por 100.000 nascidos vivos, e a maioria dos óbitos estava relacionada a causas obstétricas diretas (62%). As principais causas de óbito neste período foram por complicações hipertensivas (17.2%), seguidas de infecção pós-cesárea (16%). Conclusão Em comparação com os dados anteriores à década de 2000, houve uma redução importante das mortes maternas por causas infecciosas

Hereditary angioedema in pregnancy and management without recombinant human C1-INH

A pregnant woman diagnosed with type 1 angioedema seeks care at a public hospital for planning the delivery. This report presents ways to prevent and manage an acute HAE crisis during childbirth and early postpartum without the availability of first-line medications, such as plasma-derived human C1-INH concentrate