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Da transparência
[Excerto] O ecrã assume a fronteira que separa a relação entre o artefacto verdadeiramente dito e o seu receptor. Cinema, Televisão ou Media Interactivos dependem da representação visual para existir contudo a relação que procuram com os seus receptores sejam eles passivos ou activos é de envolvência total. Nesse sentido e tendo em conta esta separação operada pelo ecrã que decorre do enquadramento que circunscreve o espaço ou da separação física que se efectua pelo vidro ou tela existe uma necessidade da parte do medium de se desfazer desse mesmo ecrã. É necessário proceder a mecanismos de transparência que criem a ilusão no espectador/participante de que ele está no mesmo plano do objecto e que nada os separa
São videojogos, não são jogos nem transmedia
Continuamos a assistir a uma tentativa de fazer dos videojogos uma sopa de media, na qual tudo pode, ou deve,
caber. Do lado académico, as designações podem ir do afunilado e simples, “jogos”, ao extremo oposto de
“entretenimento digital”, passando por designações de momento como “playable media” ou “transmedia”. Já no
mundo jornalístico as terminologias variam conforme o jornalista - “jogos electrónicos”, “jogos digitais”, “jogos de
computador”, “jogos de vídeo”, etc. Na verdade estes rótulos estão longe de refletir a forma de expressão ou
medium que hoje conhecemos. Os videojogos, palavra combinada entre vídeo e jogos, diz respeito a um modo
expressivo singular que se concretiza na produção específica de artefactos audiovisuais interativos [1]. Ao falar
de videojogos falamos de um meio de expressão artística delimitado, com mais de meio século
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