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    Insuficiência adrenal - aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico

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    A Insuficiência Adrenal (IA) é um distúrbio que se caracteriza pela perda ou pela redução da função do córtex da glândula adrenal. Estas glândulas produzem hormônios, como glicocorticoides, mineralocorticoides e androgênios, bem como as catecolaminas, que são fundamentais para a manutenção da homeostase humana. A maioria das causas de IA na infância é hereditária, enquanto na idade adulta as etiologias mais comuns são a doença de Addison, doenças autoimunes, distúrbios infiltrativos/metástases, hemorragia e doenças infecciosas. Acerca das manifestações clínicas, estas se mostram, muitas vezes, inespecíficas, acarretando no atraso do diagnóstico. Dessa forma, a investigação diagnóstica da IA deve ser minuciosa, através de uma anamnese detalhada e por meio de exames laboratoriais, como a dosagem de cortisol basal e o teste de estímulo. Após identificado, o manejo terapêutico é baseado na reposição de hormônios adrenais, como a hidrocortisona, geralmente por meio de injeções IV ou IM, e pode ser acompanhado com solução salina isotônica e dextrose. Alcançando a estabilização hormonal do paciente, a dose dos glicocorticóides é reduzida e passada para uso oral. Ademais, a educação do paciente e de seus familiares e cuidadores é o componente mais importante para a crise adrenal, devendo-se instruí-los em relação à prevenção, medidas de emergência e o ajuste da dose de medicação. Além disso, é necessário realizar acompanhamento anual com o endocrinologista após o diagnóstico

    Meningite bacteriana na infância e adolescência - perspectivas atuais e desafios futuros

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    As meninges podem ser infectadas por bactérias patogênicas que resultam em uma resposta inflamatória desregulada no organismo, levando a um quadro clínico grave, com alta possibilidade de óbito e sequelas neurológicas, denominado meningite. Os principais agentes patogênicos associados a essa infecção são o Streptococcus pneumoniae (S. pneumoniae), a Neisseria meningitidis (N. meningitidis) e o Haemophilus influenzae (H. influenzae), que frequentemente colonizam a nasofaringe de crianças e adolescentes e se disseminam hematologicamente. Os bebês de até dois meses de idade são a faixa etária mais comumente acometida pela meningite bacteriana (MB), em comparação com outras faixas etárias. A patogênese da meningite bacteriana aguda envolve a colonização nasofaríngea, a invasão da corrente sanguínea e da placa cribiforme, a associação com outros agentes infecciosos, a bacteremia e a translocação para o sistema nervoso central (SNC). Em alguns casos, a bactéria pode invadir diretamente o SNC através dos gangliosídeos, da aderência ao bulbo olfatório ou da infiltração de fagócitos. Ademais, a doença está associada a fatores de risco como a não vacinação, países de baixa renda, alterações anatômicas, idade <5 anos e alterações da resposta imune. Essa infecção pode resultar em sequelas agudas ou a longo prazo, incluindo transtornos comportamentais, além de fatores socioeconômicos e biológicos, como baixo desempenho escolar e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
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