Perfil epidemiológico dos pacientes com glaucoma congênito no Hospital Universitário Bettina Ferro de Souza

O glaucoma é uma das principais causas de cegueira irreversíveis no mundo, podendo ser diagnosticada precocemente, sendo a pressão intraocular o principal fator de risco para a progressão da doença, o tratamento e controle é feito com colírios hipotensores ou através de cirurgia. O glaucoma congênito primário é uma anomalia na formação do ângulo trabecular durante o processo embrionário, fazendo com que aumente a pressão intraocular devido ao mau escoamento do humor aquoso pelo ângulo da câmara anterior, o tratamento mais indicado é a cirurgia sendo a trabeculotomia a técnica mais indicada, podendo ser realizados outros procedimentos cirúrgicos como a goniotomia e implante de tubos de drenagem. O estudo visa identificar o perfil epidemiológico dos pacientes atendidos com diagnóstico de glaucoma primário congênito no hospital universitário Bettina ferro de Souza, referência em glaucoma na Amazônia

Prevalência de sinais e sintomas de olho seco em pacientes com Glaucoma em um serviço de referência no Pará

A neuropatia óptica glaucomatosa está relacionada a degeneração progressiva do nervo óptico e danos às células ganglionares da retina. Possui como principal fator de risco modificável a pressão intraocular (PIO) elevada, o que representa atualmente um grande alvo para o tratamento farmacológico. É frequente o uso de diversas classes de colírios hipotensores, que objetivam a redução da PIO. A citotoxicidade e a alta prevalência de distúrbios da superfície ocular relacionadas ao uso de colírios já foram relatadas em vários estudos. Portanto, este trabalho teve por objetivo estabelecer a prevalência de sinais e sintomas de olho seco em pacientes com glaucoma em um serviço de referência no Pará. Foram incluídos 30 pacientes que preencheram os critérios de inclusão e exclusão. A avaliação dos portadores de glaucoma foi baseada em testes objetivos como: Schirmer, tempo de ruptura do filme lacrimal (BUT) e teste da Fluoresceína, além da resposta a um questionário, que visa a avaliação subjetiva das queixas oftalmológicas de olho seco. Toda a avaliação foi feita no mesmo dia. Em conclusão, observou-se associação de sinais e de sintomas de olho seco na população com glaucoma, com maior sintomatologia os que fazem uso de colírio contendo prostaglandina, e os que fazem uso associado de mais de um colírio. Entretanto, não foi encontrada diferença estatisticamente significativa entre a amostra analisada

Epidemiological Profile of Patients with Conjuntival Tumors in a Reference Ophthalmological Hospital in Eastern Amazonia

This research aimed to report the prevalence of conjunctival tumors, and their severity between genders, age groups, and to observe the distribution of their laterality in patients of a public health service in Belém do Pará, in the Eastern Amazon, Brazil. Methods: Data were collected,at the Bettina de Souza Ferro University Hospital,in253medical records for the last 12 years (2010 to 2022),regarding conjunctival tumors were removed and examined histopathologically by the Department of Ophthalmology of the Federal University of Pará (UFPA). The incidence of tumorsundergoing excision surgery,the malignancy rate, and margins were investigated, and matched for gender, age, and laterality. Results: Subjects included161men and 92 women, with a mean age of 49.4± 47.2 years. Of these, 193 were benign tumors (76.3%), the most commonly found: 99 Pterygium; followed by 28Epidermoid Carcinomas;24Pyogenic Granulomas;20Intraepithelial Neoplasia and 18squamous papilloma. Among the 31 cases (23.7%) of malignant tumors, the number of male patients was 21 and female patients 10. Most malignant tumors were composed of squamous cell carcinoma (28 cases), followed by melanoma (3 cases). The mean age of patients with malignant tumors removed was 65.0 ± 31 years, as malignant tumors were more prevalent in older patients (chi-square,p<0.001). Conclusions: The most common conjunctival tumors were thepterygium and Epidermoid Carcinomas, more present in male patients, younger and older, respectively

Perfil epidemiológico das uveítes infeciosas em hospital terciário em Belém, Pará

Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes diagnosticados com uveítes infecciosas em hospital de referência em oftalmologia no estado do Pará. Métodos: É um estudo observacional, de corte transversal, analítico. A coleta de dados foi realizada a partir da análise dos prontuários dos pacientes por meio do Aplicativo de Gestão para Hospitais Universitários (AGHU). As variáveis estudadas no projeto são: sexo, faixa etária, classificação anatômica da uveíte e diagnóstico etiológico. Critérios de inclusão: pacientes com diagnóstico de uveíte infecciosa, maiores de 18 anos, de ambos os sexos e que foram atendidos no ambulatório de uveíte do HUBFS durante o período da coleta. Foram excluídos os pacientes que não apresentassem prontuários com todos os dados para preenchimento do protocolo de pesquisa.  Resultados: A amostra foi composta por 69 pacientes, com maioria do sexo feminino, idade média de 43.3 anos, sendo as mais frequentes a faixa entre 50 a 59 anos (21.7%), seguida das faixas entre 20 a 29 anos e acima ou igual a 60 anos (20.3% ambas). Na avaliação do diagnóstico etiológico foi identificada maior proporção de Toxoplasmose (43.5%), seguida de Tuberculose e a iridociclite herpética. Em relação ao tipo de uveíte, a mais frequente foi a posterior (68.1%). A presença de HIV aconteceu em 09 pacientes e, entre eles o diagnóstico etiológico mais frequente foi a necrose aguda de retina, seguida da microangiopatia e da toxoplasmose. Conclusão: Os pacientes diagnosticados com uveítes infecciosas são predominantemente do sexo feminino, com faixa etária entre 50-59 anos e 20 a 29 anos. A etiologia mais frequente encontrada foi a Toxoplasmose, seguida de Tuberculose, e houve predominância da uveíte posterior