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    Perfil epidemiológico da mortalidade materna por doenças hipertensivas gestacionais no Brasil e em Sergipe, de 2010-2020 / Epidemiological profile of maternal mortality from gestational hypertensive diseases in Brazil and Sergipe, 2010-2020

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    Introdução: As síndromes hipertensivas gestacionais (SHG) são uma das maiores causas de morbimortalidade materna. Dentre essas síndromes estão: Pré-Eclâmpsia, Eclâmpsia, Hipertensão Crônica e Síndrome HELLP. Devido à alta prevalência de óbitos por estas condições, atualizações sobre os dados clínicos e epidemiológicos são importantes para o adequado manejo destas Síndromes. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico das pacientes que apresentaram óbito por SHG entre 2010 e 2020, no Brasil e no estado de Sergipe, destacando as características socioeconômicas maternas e local e momento de ocorrência das mortes, a fim de salientar os pontos de entrave no pré-natal, periparto e puerpério. Método: Trata-se de um estudo observacional e descritivo, com informações coletadas no banco de dados TabNet-DataSUS, com análise do perfil de mortes maternas por SHG, no Brasil e em Sergipe, no período de 2010-2020, usando os seguintes códigos da CID-10: O10-Hipertensão pré-existente com complicação grave no parto e puerpério; O11-Distúrbio hipertensivo pré-existente + proteinúria superposta; O14-Hipertensão gestacional sem proteinúria significativa; O15-Eclâmpsia. Os critérios avaliados foram: prevalência, etnia/raça, escolaridade, período e local da morte. Resultados: Foram registrados 3.395 óbitos no Brasil entre 2010-2020, sendo 1,65%(56 óbitos) em Sergipe, e a maioria decorrente da eclâmpsia 50,81%. As mulheres pardas representam a maioria dos óbitos por SHG(53,91%), e também em Sergipe(60,71%). Sobre o nível de escolaridade, 1.244 mortes(36,64%) ocorreram em mulheres com 8-11 anos de estudos e, em Sergipe, a maior prevalência também se apresentou nessa categoria, com 23 mortes(41,07%). Além disso, no Brasil, a mortalidade materna foi maior no puerpério (60,41%), como também  em Sergipe, onde 1,90% dos óbitos ocorreram no período puerperal. Conclusão: A prevalência de morte materna por SHG é alta no Brasil e no Estado de Sergipe. O perfil epidemiológico destas pacientes é formado por mulheres de média escolaridade, pardas e nordestinas, sendo o momento de maior prevalência os 45 dias pós-parto, e a maior frequência de óbitos em ambiente hospitalar. Em Sergipe, o perfil se assemelha ao padrão do país
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