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MARCAS IDENTITÁRIAS EM AS MULHERES DE MEU PAI, DE EDUARDO AGUALUSA
Apresenta-se uma análise do romance As mulheres de meu pai (2007), de José Eduardo Agualusa, procurando-se apontar as questões identitárias que o texto aborda. Laurentina, a protagonista, intenta fazer um documentário para reconstruir a história do músico angolano Faustino, que acredita ser seu pai biológico. Ela conta com o apoio de seu namorado Mandume, e seu sobrinho, Bartolomeu, e juntos realizam o trajeto de Lisboa para Luanda, que tem pelo menos dois sentidos: o reconhecimento de uma realidade cultural diversa, com a qual, entretanto, eles possuem laços variados; e, consequentemente, uma viagem interior, na qual se destacam questionamentos identitários. Além disso, em sua busca, a personagem recolhe relatos de pessoas que viveram em Angola nos períodos que precederam a independência do país. Assim, se desvela uma narrativa que transita, também, entre os campos da história e da ficção. Para o desenvolvimento analítico proposto, de cunho eminentemente bibliográfico, seguem-se proposições de Bauman (2005), Hamilton (1999), Memmi (2007), Tutikian (2006) e Portugal (1999), como pressupostos da abordagem com objetivo central de problematizar os sentidos de identidade e resistência no romance em referência. Intenta-se, assim, contribuir com estudos recentes acerca das Literaturas Africanas de Língua Portuguesa