38 research outputs found

    COMORBIDADES DOS PACIENTES INTERNADOS NO CENTRO DE TERAPIA INTENSIVA

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    Introdução: As Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) são ambientes de alta complexidade no meio hospitalar, que oferecem suporte avançado de vida a pacientes em estado crítico (Ferreira, 2017). Nos últimos anos, a busca e a escassez de leitos nas UTIs públicas brasileiras vem aumentando e é necessário conhecer o perfil epidemiológico dos pacientes assistidos, a fim de potencializar os recursos terapêuticos e diminuir o tempo de internação, resultando na maior rotatividade de leitos e aprimoramento do conhecimento dos profissionais. (França et al., 2016;). Objetivo deste estudo é identificar o perfil epidemiológico dos pacientes internados em um Centro de Terapia Intensiva Adulta (CTI) de um Hospital Universitário do Estado do Rio Grande do Sul entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. Metodologia: Estudo transversal, documental, retrospectivo, de caráter exploratório e abordagem quantitativa. Recorte de um Trabalho de Conclusão de Residência em Saúde do Adulto e Idoso em uma Unidade de Terapia Intensiva Adulto do Estado do Rio Grande do Sul. O estudo foi realizado com analise de 975 prontuários de pacientes admitidos no CTI. A associação da idade dos pacientes com sexo e comorbidades foi averiguada utilizando-se o teste T para amostras independentes de acordo com as hipóteses do teste. A associação do sexo do paciente com comorbidades foi avaliada com base no teste x2, também de acordo com as hipóteses deste, enquanto anormalidade dos dados foi analisada como teste de Kolmogorov- Smirnov. Em todos os testes, p < 0,05 foi considerado indicador de significância estatística. Os dados foram analisados no programa SPSS 21.0. Estudo aprovado pelo Comitê de ética da Universidade Luterana do Brasil ULBRA/Canoas-RS, com o parecer de nº 1.786.648. Resultados: Este estudo demonstrou que a maioria dos pacientes admitidos no CTI apresentou agravamento da sua condição no decorrer da internação, os quais alguns vieram a óbito e esse agravamento pode ter sido ocasionado por vários fatores, como comorbidades (HAS, diabete melito e insuficiência cardíaca), tempo de internação e/ou procedimentos invasivos. Estudos epidemiológicos relatam que as comorbidades estão associadas à maior incidência de sepse e elevada mortalidade de pacientes internados apresentando essa condição. As comorbidades mais frequentes foram a diabete melito (19,9%) e HAS (16,3%)(Instituto Latino Americano de Sepse [ILAS], 2015). Na UTI clínica, a hipertensão arterial sistêmica (HAS) foi a patologia mais frequente, diagnosticada em 128 pacientes (95,4%) seguida de tabagismo, o qual foi observado em 59 internados (44%). A HAS também teve maior prevalência na UTI cirúrgica, sendo registrada em 723 pacientes (86%). A cardiopatia foi seguida de diabete melito e insuficiência cardíaca, diagnosticadas em 627 (74,6%) e 549 (70,6%) pacientes, respectivamente. Conclusão: As informações obtidas indicam que os dados epidemiológicos coletados em UTIs desempenham papel crucial à aplicação de novos recursos, tecnologias e tratamentos, pois permitem desenvolver estratégias e condutas focadas na implantação de protocolos e na revisão criteriosa do processo de trabalho, visando a qualidade assistencial e assistência integral ao paciente. Uma vez que o estudo revela o alto índice de comorbidades, sugere-se a promoção de estratégias para prevenção das doenças e hábitos que possam influenciar negativamente durante algum tratamento, sensibilizando crianças e adultos quanto os fatores epidemiológicos identificados e como interferem no dia a dia dos pacientes e familiares, por meio de palestras, dinâmicas de grupo e apresentação de casos e fatos reais

    Internações por Condições Sensíveis à Atenção Primária na região de saúde do Extremo Oeste de Santa Catarina.

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    RELAÇÃO INTERPESSOAL EM AMBIENTE HOSPITALAR

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    Introduçao: A formação no Curso de Enfermagem,  considerando as Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), é pautada no processo de aprender a ser, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a conhecer, com vistas à formação generalista, humanista, crítica, reflexiva, política e ético-legal (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2018). Dessa forma, falar sobre relacionamento interpessoal na área da saúde é de grande relevância, pois estimula o senso de responsabilidade social além de contribuir para a melhoria dos serviços prestados. Nesse sentido, o enfermeiro é o profissional que permanece mais tempo ao lado do paciente, logo, é o mais indicado para desenvolver e sugerir ações educativas, melhorando por consequência a satisfação no atendimento e relacionamento entre equipe (OLIVEIRA; TURRUNI; POVEDA, 2016). Objetivo: demonstrar e sensibilizar os profissionais de enfermagem durante o estágio curricular obrigatório do curso de Enfermagem da UNOESC/SMO, a importância de um bom relacionamento interpessoal entre profissionais da equipe e entre profissionais e pacientes. Metodologia: Para elaboração da ideia de intervenção, utilizou-se a metodologia problematizadora para avaliação da realidade e identificação de uma questão problema que poderia ser melhorada, pesquisa teórica para elaboração das hipóteses de solução, aplicação no campo de estágio e avaliação dos resultados. A intervenção foi realizada por meio de duas dinâmicas entre equipe de enfermagem em que foram entregues frases aleatórias no início do plantão com comandos que deveriam ser feitos até às 23 horas, para todos os colaboradores da equipe, para depois socializar sobre sua experiência ao realizar os comandos. Quando chegou o horário combinado, reuniu-se toda a equipe de enfermagem para a segunda dinâmica, “a dinâmica da bala”, a qual todos receberam uma bala que deveriam abrir sem utilizar as próprias mãos, para observarmos a capacidade de colaboração entre equipe. Enquanto abriam as balas, explanou-se em poucos minutos o objetivo das dinâmicas e a importância de uma boa relação interpessoal. Por fim agradeceu-se a todos ela colaboração e expôs-se frases, conceitos e breve história da relação interpessoal e dicas motivacionais para o profissional ler e praticar quando não estiver sentindo-se bem e dez dicas valiosas para conquistar-se um bom relacionamento interpessoal. Resultados e discussoes: Relacionamento interpessoal refere-se à interação e vínculo estabelecido entre pessoas, grupos e times, seja ele no meio profissional, pessoal ou familiar que compartilham metas e objetivos comuns. Um termo usado pela sociologia e psicologia para definir qualquer tipo de relação entre duas ou mais pessoas. Eles variam em diferentes níveis de intimidade e compartilhamento, implicando a descoberta ou estabelecimento de um terreno comum (BERTONE, 2007). Relacionamento interpessoal vai muito além de uma simples relação entre colegas de trabalho ou entre prestadores de serviço e clientes. Quando se fala de relacionamento interpessoal se tange a seres emocionais e instáveis, que passam por transformações a todo tempo e isso requer habilidades para lidar com estas emoções. O conceito de relacionamentos interpessoais em um meio corporativo está associado à conduta do profissional diante de crises, conflitos, superação de obstáculos e a forma com que ele lida com diferentes perfis (OLIVEIRA, 2017). Quando as relações interpessoais enfraquecem em ambiente de trabalho, o clima organizacional torna-se negativo e desgastante, o profissional perde o foco e a produtividade, começam a surgir os desentendimentos, disputas internas e consequentemente perca do aproventamento profissional (FICHER, 2008). O cuidado centrado na pessoa exige que o enfermeiro crie um ambiente facilitador, sendo empático, congruente e aceitando o outro tal qual esse se apresenta, transformando qualquer interação ou relação interpessoal em um encontro com qualidade (VIVELA, 2012). Considerando que um bom relacionamento interpessoal é a base para a prestação de serviços de qualidade, uma intervenção que vise estimular a interação positiva entre colegas de profissão e atribuir/agregar conhecimento à equipe, torna-se indispensável, uma vez que contribui com a melhora na qualidade das ações de saúde voltadas aos pacientes (PONTES, 2008). A comunicação é um processo que pode ser utilizado como instrumento de ajuda terapêutica, em que o enfermeiro deve ter conhecimentos fundamentais sobre as bases teóricas da comunicação e adquirir habilidades de relacionamento interpessoal para agir positivamente na assistência ao paciente. Para que esta possa fluir bem, o profissional enfermeiro deve saber escutar, falar quando necessário, dar abertura para realização de perguntas, ser honesto, mostrar respeito, dispensar tempo suficiente para a conversa e mostrar interesse, entre outras habilidades (PONTES, 2008). Considerando que um bom relacionamento interpessoal é a base para a prestação de serviços de qualidade, uma intervenção que vise estimular a interação positiva entre colegas de profissão e atribuir/agregar conhecimento à equipe, torna-se indispensável, uma vez que contribui com a melhora na qualidade de das ações de saúde voltadas aos pacientes. Consideraçoes finais: A intervenção superou os resultados esperados, todos os profissionais da equipe de enfermagem participam, sensibilizaram-se, o que gerou uma conversa entre equipe e propostas para melhoria de comunicação e relacionamento entre equipe, o que nem sempre é possível, visto a demanda de serviços. Para acadêmicos é importante realizar esse modelo de trabalho e estudo, pois possibilita a percepção de uma unidade de trabalho como ela realmente é, com dias mais corridos e outros nem tanto, com conflitos entre equipe, que precisam ser manejados de forma resiliente, pois trata-se de seres humanos, não máquinas que podem ser meramente concertadas. A divulgação deste estuda torna-se relevante por servir como exemplo de intervenção para melhorar o relacionamento interpessoal entre seres humanos envolvidos em um ambiente de trabalho, estimulando por consequência, a busca por conhecimentos. Palavras chave: Cuidados de enfermagem. Relacionamento Interpessoal. Promoção da Saúde. &nbsp

    ESTÁGIO CURRICULAR NO LABORATÓRIO DE ENFERMAGEM: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA

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    Introdução: o laboratório de enfermagem serve como recurso para o ensino prático de procedimentos que possibilitem o desenvolvimento de habilidades psicomotoras dos acadêmicos, além de servir como complemento para o ensino a fim de aproximar o conhecimento com o mundo real. Objetivo: relatar a vivência e a importância do estágio no laboratório de enfermagem para os acadêmicos. Método: relato de experiência sobre as aulas práticas no laboratório de enfermagem, realizada por acadêmicos da terceira fase do curso de graduação em Enfermagem da Universidade do Oeste de Santa Catarina, campus São Miguel do Oeste (SC). Resultados: com a realização das atividades no laboratório de  enfermagem, percebeu-se que os acadêmicos carecem de treinamento técnico, pois é visível a dificuldade de associação de atividades teóricas e práticas em aula com a vivência fora da graduação. Sendo assim, o laboratório cria um espaço para revisão de conteúdos e aproximação de teoria e prática, capacitando com maior eficácia os acadêmicos para estágios fora do campus. Conclusão: por meio dessa experiência, percebe-se que o uso do laboratório de enfermagem não serve apenas como repetição de procedimentos, mas para o desenvolvimento das habilidades psicomotoras ensinadas ao acadêmico inicialmente de forma teórica, buscando demonstrar e simular a realidade do que ele irá vivenciar no estágio e comunidade

    SENTIMENTO DOS PAIS APÓS A REVELAÇÃO DO DIAGNÓSTICO DE CRIANES DE SEUS FILHOS

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    Introdução: a chegada de um filho gera muitas expectativas, que sofrem turbulência no momento em que a família recebe o diagnóstico de que a criança tem alguma necessidade especial de saúde, denomidas Criança com Necessidade Especial de Saúde, pois é algo inesperado e afeta o emocional. Objetivo: compreender os sentimentos dos pais frente a revelação do diagnóstico de CRIANES. Método: trata-se de um estudo qualitativo, com sete pais de CRIANES. A coleta de dados ocorreu no período de Julho à Agosto de 2016. Foi realizada a análise de Conteúdo de Bardin. Aprovado no comitê de ética e pesquisa sob parecer: 1.616.973. Resultados: identificou-se a categoria: Sentimento dos pais sobre a revelação do diagnóstico de CRIANES de seu filho. Com cinco subcategorias: 1) "Nós tínhamos uma coisa na cabeça e de repente o mundo cai", descreve a contradição das expectativas dos pais e a revelação do diagnóstico; 2) "Fiquei assim, muito chocada e no momento culpada", mostra o choque emocional e o sentimento de culpa dos pais; 3) "Lembro que chorava bastante", evidencia o abalo emocional, desgaste físico e psicológico causado nos pais e familiares ; 4) "Ele lá entre a vida e a morte", mostra as complicações da criança após o nascimento; 5) "Não foi só um choque para mim, foi para toda a família", mostra que o nascimento de uma CRIANES afeta a vida de todos que a cercam. Conclusão: percebe-se grande fragilidade após a revelação do diagnóstico, sentimento de choque, negação, culpa e tristeza, sendo necessário o apoio emocional e informacional dos profissionais da saúde, para com os pais

    A INSERÇÃO DA ENFERMAGEM NA COMUNIDADE POR MEIO DA PROMOÇÃO DA SAÚDE

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    Introdução: A prática de promoção da saúde na comunidade é constituída de um conjunto de estratégias, ações e orientações, servindo como um elo entre profissional de saúde e indivíduo para troca de conhecimentos, prevenção de doenças e compreensão das morbidades. Objetivo: descrever atividade de promoção da saúde desenvolvida para a população de São Miguel do Oeste, em comemoração a Semana da Enfermagem e ao Dia do Enfermeiro. Metodologia: relato de experiência de uma atividade de promoção da saúde desenvolvida para a população de São Miguel do Oeste/SC, realizada no dia 12 de maio de 2018, em área livre no centro da cidade. Participaram da atividade os acadêmicos e professores do curso de Enfermagem, desenvolvendo ações de verificação de Pressão Arterial, HGT, cálculo do Índice de Massa Corporal e orientações em saúde. Resultados: com a realização das atividades na comunidade, percebeu-se que a população em geral carecem de informações e oportunidades gratuitas e acessíveis para verificação de seu estado de saúde, que vai além da Unidade Básica de Saúde. Sendo assim, a intervenção na comunidade torna-se uma extensão da promoção de saúde, visando maior alcance populacional e aproximação do profissional com a comunidade. Conclusão: Por meio dessa experiência, percebeu-se o quão importante é uma intervenção na comunidade, em ambiente público e de fácil acesso, pois as pessoas sentem-se confiantes em expor suas dúvidas e expressar suas opiniões, além de ser um meio eficaz para os profissionais de saúde exercer seu compromisso com a promoção da saúde

    VULNERABILIDADE INDIVIDUAL: A PREVENÇÃO SEM A DEVIDA ORIENTAÇÃO

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    Introdução: o início precoce da vida sexual dos adolescentes leva um aumento da vulnerabilidade às infecções sexualmente transmissíveis, principalmente à infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV), que é altamente transmissível e possui potencial cancerígeno. As ações de prevenção, são elaboradas por profissionais da saúde, geralmente voltados para um público com menor instrução, por serem consideradas mais vulneráveis, o que torna as ações um tanto excludentes para o restante da população feminina, como exemplo as universitárias, que também demandam atenção especial por parte dos profissionais de saúde, e que dificilmente procuram a unidade de atenção básica, procurando geralmente quando os sintomas de HPV já estão presentes e ou agravados, dificultando a prevenção e promoção da saúde e diagnóstico precoce. Objetivo: identificar as vulnerabilidades individuais de universitárias frente a infecção pelo HPV e prevenção sem a devida orientação. Método: estudo descritivo-exploratório, de cunho qualitativo, desenvolvido em uma Universidade de Chapecó. Os sujeitos da pesquisa foram universitárias, com idade entre 17 a 24 anos, matriculadas de segunda a oitava fase e em qualquer curso de graduação. Foram excluídas: as primeiras fases, por entender-se que este é um período de adaptação das universitárias a nova realidade do mundo acadêmico, e as universitárias a partir da nona fase dos seus referidos cursos. Antes da produção dos dados, foi realizada uma aproximação com cenário da pesquisa, ambientação, sendo que a participação foi solicitada por meio de convite a todas as universitárias que atendiam aos critérios de inclusão, participaram também três monitores considerados auxiliares. Para a produção dos dados foi utilizada a Dinâmica de Criatividade e Sensibilidade (DCS), fundamentada no Método Criativo e Sensível (MCS), com utilização da dinâmica do Mapa Falante. As questões geradoras do debate foram: O que tenho feito para cuidar do meu corpo em tempos de HPV? Como vejo o acesso aos serviços de saúde para a prevenção pelo HPV? As discussões foram audiogravadas em aparelho mp3 e depois transcritas. Os dados obtidos foram analisados conforme a Análise de Discursos Francesa e a privacidade, confidencialidade e anonimato dos sujeitos da pesquisa foram preservados. Resultados/Discussão: com o estudo foi possível perceber que as universitárias tem consciência sobre os métodos adequados de prevenção, como o uso de preservativos, adesão a vacina contra o papiloma vírus humano, para evitar a contaminação e disseminação do vírus, sabem da importância da realização anual do exame Papanicolau para um diagnóstico precoce, do não compartilhamento de roupas íntimas, e consideram esses fatores de prevenção essenciais. No entanto, durantes as falas, percebe-se que estas ações não estão sendo realizadas de forma correta, evidenciando a falta de conhecimento ou um conhecimento individual inadequado sobre o assunto, o que remete a uma vulnerabilidade individual em relação ao HPV. As entrevistadas relatam sentir dor, medo, receio e vergonha ao realizar exame Papanicolau, o que retarda a procura, mas após realizado, sentem-se aliviadas por saber o resultado, "[...] eu acho desconfortável" (Tulipa), "[...] eu to me sentindo bem melhor agora sabendo que eu não tenho nada [...] eu tenho dezessete anos, sou menor de idade, eu preciso da autorização da minha mãe pra poder fazer um exame ou ir num ginecologista" (Margarida). As entrevistadas relatam desconforto e medo, proporcionado pela técnica de realização do exame, isso deve-se a vários fatores, porque o especulo é muito grande, ou o profissional diz que não vai doer, ou é a primeira vez que realiza o exame, mas logo após, se sentem aliviadas ao saberem o resultado, e a vergonha referida, deve-se ao fato de ser algo novo para algumas, e de as menores de idade terem que estar acompanhadas ou terem autorização para a realização do exame considerado invasivo. Souza (2012) destaca que o medo e a vergonha são sentimentos que afastam a mulher do exame preventivo, sendo necessário que o profissional de saúde saiba lidar com esses sentimentos, particularmente em se tratando do primeiro exame, pois é a partir deste que a mulher registrará suas impressões para futuros exames o que faz-se necessário um olhar mais atento por parte dos profissionais que realizam este exame, principalmente no que tange a realização do primeiro exame. "[...] Na minha adolescência eu não sabia o que era o HPV, eu não tinha ideia do que era, tanto que quando eu entrei pra faculdade eu tive o interesse de fazer a vacina [...] eu não compartilho itens íntimos, calcinhas biquínis e toalha também" (Alfazema), a maioria das adolescentes ouvidas relatam que não tiveram essa educação na sua adolescência, sobre o que era o HPV, meio de disseminação, prevenção, tratamento o que dificultou o seu desenvolvimento neste sentido. Além de que o tema sexualidade humana ainda é impregnado de preconceitos, mitos, tabus e contradições, levando a sociedade geralmente abordá-lo entre os adultos, o que é extremamente prejudicial para o comportamento e desenvolvimento sexual dos adolescentes (LOPES, 2015). Conclusão: com base no presente estudo, nota-se a vulnerabilidade individual em universitárias em relação ao HPV, isso devido ao desconhecimento parcial ou total sobre esse vírus, conceito, transmissão e principalmente a prevenção, porque o HPV é considerado uma IST, mas existem outras formas de contaminação, que na maioria das vezes, as pessoas não tem conhecimento, e dificulta a adesão correta dos métodos preventivos. Foi possível compreender como a adolescente se sente, suas necessidades e a importância de a prevenção ser iniciada ainda na pré-adolescência, para que ocorra um desenvolvimento saudável da vida sexual. Sabendo-se que a maioria das adolescentes ouvidas relataram não ter educação em sua adolescência sobre o HPV, e que isso dificultou o seu desenvolvimento neste sentido, percebe-se a necessidade da elaboração de planos metódicos e práticos voltados exclusivamente para adolescentes e universitárias de forma impactante, rompendo com os tabus sociais que envolvem sexualidade. Seria interessante a realização de palestras para a transmitir um conhecimento correto e específico sobre o HPV. Palavras Chave: Enfermagem. Infecções por Papillomavirus. Saúde da mulher. Vulnerabilidade em saúde

    INFECÇÃO PELO HIV: VULNERABILIDADE ENTRE UNIVERSITÁRIAS

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    Introdução: Mudanças vêm ocorrendo nos últimos anos em relação ao Vírus daImunodeficiência Humana (HIV), sendo capaz de ser identificado por meio dafeminização e juvenização da doença. A alteração é relacionada com adolescentes, ondeestas particularidades favorecem uma maior vulnerabilidade das mulheres, bem como, prejudicando suas condições socioeconômicas e laços sentimentais. Objetivo: reconhecer o discernimento das adolescentes universitárias em relação à vulnerabilidade à infecção através do vírus HIV. Método: O estudo trás um método qualitativo, exploratório-descritiva, realizado na Universidade da Fronteira Sul no Campus de Chapecó (UFFS/SC). Sendo os sujeitos alvo do estudo um total de oito universitárias com idade entre 18 e 24 anos. Resultados: Com relação à análise, prevalece a categoria analítica: percepção da vulnerabilidade sobre o HIV. No contexto pessoal, ressaltaram os pontos do entendimento e do hábito das universitárias, tais como a falta de compromisso e atitudes em relação à prevenção e a falta de conhecimento e de atividades educativas sobre as formas de transmissão e prevenção do HIV/AIDS. Já na vulnerabilidade social, as questões foram relacionadas às crenças religiosas, tendo acesso nos serviços de saúde e na escola. Conclusão: Este estudo apontou resultados para a necessidade de atividades efetivas para minimizar a condição de fragilidade dessas acadêmicas, como a realização de um cuidado integral e eficaz, para poderem promover espaços de troca de conhecimentos na universidade, diminuindo as situações de vulnerabilidade das mesmas

    VULNERABILIDADE SOCIAL: A INFORMAÇÃO E OS PERCALÇOS ENTRE O CERTO E O ERRADO

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    Introdução: o início precoce da vida sexual dos adolescentes leva um aumento da vulnerabilidade às infecções sexualmente transmissíveis, principalmente à infecção pelo Papiloma Vírus Humano (HPV), que é altamente transmissível e possui potencial cancerígeno. As ações de prevenção, são elaboradas por profissionais da saúde, geralmente voltados para um público com menor instrução, por serem consideradas mais vulneráveis, o que torna as ações um tanto excludentes para o restante da população feminina, como exemplo as universitárias, que também demandam atenção especial por parte dos profissionais de saúde. Além de que estas atingem um estado de vulnerabilidade social, que diz respeito ao acesso às informações, aos serviços de saúde, aspectos sociopolíticos e culturais, liberdade de pensamento e condições de bem estar. Objetivo: identificar as vulnerabilidades socais de universitárias frente a infecção pelo HPV, a informação e os percalços entre o certo e o errado. Método: estudo descritivo-exploratório, de cunho qualitativo, desenvolvido em uma de Chapecó. Os sujeitos da pesquisa foram universitárias, com idade entre 17 a 24 anos, matriculadas de segunda a oitava fase e em qualquer curso de graduação. Foram excluídas: as primeiras fases, por entender-se que este é um período de adaptação das universitárias a nova realidade do mundo acadêmico, e as universitárias a partir da nona fase dos seus referidos cursos. Antes da produção dos dados, foi realizada uma aproximação com cenário da pesquisa, ambientação, sendo que a participação foi solicitada por meio de convite a todas as universitárias que atendiam aos critérios de inclusão, participaram também três monitores considerados auxiliares. Para a produção dos dados foi utilizada a Dinâmica de Criatividade e Sensibilidade (DCS), fundamentada no Método Criativo e Sensível (MCS), com utilização da dinâmica do Mapa Falante. As questões geradoras do debate foram: O que tenho feito para cuidar do meu corpo em tempos de HPV? Como vejo o acesso aos serviços de saúde para a prevenção pelo HPV? As discussões foram audiogravadas em aparelho mp3 e depois transcritas. Os dados obtidos foram analisados conforme a Análise de Discursos Francesa e a privacidade, confidencialidade e anonimato dos sujeitos da pesquisa foram preservados. Resultados/Discussão: com a realização do presente estudo, notou-se diferentes opiniões das universitárias no que se refere a influencia da mídia e outros métodos de disseminação de informação no contexto do HPV. Algumas a referem como algo benéfico, que auxilia na divulgação das campanhas de vacina e prevenção, já outras, destacam que alguns programas são inadequados para o desenvolvimento sexual dos adolescentes, pois estimulam o inicio precoce da atividade sexual. Ocasionando assim, uma divergência de opiniões. Outro fator observado, é que a maioria das universitárias concordam que a influência das relações familiares, é um determinante no desenvolvimento da vida sexual do adolescente, e em caso de educação limitada recebida pelos pais, acabam prejudicando a relação e o dialogo aberto, fazendo com que o adolescente busque outras fontes de informações, que podem não ser fidedignas, o que é prejudicial ao desenvolvimento e identificação do certo e errado, evidenciando a vulnerabilidade social. Sabendo-se que os meios utilizados para disseminação de informação sobre sexualidade e HPV são bastantes amplos, como mídias, panfletos e campanhas de vacinação contra o HPV, as entrevistadas afirmam que apesar dessa divulgação, muitas pessoas ainda não sabem todos os cuidados necessários para a prevenção do HPV e do câncer de colo do útero, pois antes da vacina, essa questão era pouco divulgada, e muitas pessoas não procuram informação, evidenciando o desinteresse por parte da população. "[...] Eu sou um pouco suspeita, mas né, tem as propagandas, tem as novelas também que passam direto [...] também servem como uma prevenção, só que eu acho que também incentiva as crianças de menor" (Tulipa), "[...] eu acho que tem bastante acesso a informação principalmente com campanhas e panfletos nas escolas, nas universidades, em bastante lugares tem isso" (Violeta) "[...] com tudo que vem sendo falado, a população nem sempre procura [...]" (Azaléia). A mídia e a facilidade de acesso, exerce um papel preponderante na disseminação de informação em comparação com a atuação dos serviços de saúde, no entanto, as mensagens transmitidas nem sempre são adequadas ou suficientes para informar e incentivar a população aderir uma conduta de prevenção (CAMARA, 2015), e a falta de informações adequadas a respeito do HPV, pode influenciar na formação de concepções errôneas que podem interferir de forma negativa no comportamento daquele que é portador do vírus, e das pessoas que fazem parte do seu contexto social. Muitas vezes o indivíduo só vem saber do que se trata o HPV, quando já está contaminado e procura tratamento (PANOBIANCO, 2013). Quanto a relação entre pais e filhos, quando a relação é mais conservadora, ocorre uma dificuldade por parte dos mesmos, na aceitação de campanhas propostas, (campanha da vacina do HPV), vistas por eles, na maioria das vezes, como um incentivo à atividade sexual precoce, e na questão do ensino da sexualidade, há dificuldade em dialogar com as filhas sobre o assunto, e segundo as entrevistadas, estes são um dos principais fatores do despreparo dos adolescentes em relação ao vírus do HPV, já que quando a relação é aberta e os pais instruem desde cedo, a adolescente vai ter consciência do que vai fazer, além que é incentivada, encorajada a aprimorar conhecimentos. Outro ponto percebido com o estudo, é que apesar de o HPV atingir em maior porcentagem as mulheres, o homem também é acometido e é considerado um disseminador do vírus, e bastantes pessoas não possuem consciência disso (COSTA, 2013). Relatou-se ainda, que o tema HPV, deve ser abordado desde cedo, e com formas de ensino que contemplem a idade do indivíduo, pois o conhecimento é essencial para o desenvolvimento da sexualidade do adolescente e para a prevenção das ITS, em especial o HPV, que está tão presente em nossa realidade. "[...] talvez seja por isso que os índices estejam tão altos também né. Por esse não dialogar [...]A gente tem que desconstruir a ideia de que isso é um tabu, de que isso não pode ser falado e tentar colocar na cabeça das pessoas que tem que conversar [...]" (Violeta), "[...] a maioria de nós não teve isso especifico, na nossa idade, não era divulgado, a gente nem sabia o que era HPV, então eu acho bom aprender desde cedo [...]" (Rosa), Panobianco (2015), diz que a desinformação das adolescentes vai ao encontro da omissão do papel da família na construção de uma sexualidade saudável, já que a falta de diálogo em família, até mesmo por falta de preparo dos pais para uma conversa aberta e de orientação para com os filhos, é uma situação que acaba influenciando as atitudes dos adolescentes que buscam outras fontes informações que podem ser errôneas, que confundem e por tabela, retardam o processo de prevenção e educação desses adolescentes em relação ao HPV e a outras DTS. Conclusão: percebe-se a existência da vulnerabilidade social entre as universitárias entrevistadas após analise do estudo, isso devido a vários fatores que devem ser revistos e trabalhados para uma solução. Apesar dos diversos meios de acesso a informação, muitas pessoas demonstram desinteresse em relação ao HPV, o que torna necessário criar ações de disseminação de informações mais impactantes e que demonstre a real magnitude do HPV e suas consequências na vida do adolescente, como por exemplo a utilização das redes sociais, campanhas demonstrativas e simulativas e organização de um grupo de universitário para tratar do assunto. Visto que a maioria das entrevistadas relataram não ter um diálogo aberto com os pais sobre sexualidade e HPV, é essencial a elaboração de campanhas voltadas especificamente para os pais, orientando sobre a importância de diálogo com seus filhos, e que esse tema deve ser tratado desde cedo, com adaptação para idade do publico. Além disso, é necessário incluir os homens na elaboração de atividades relacionadas a prevenção para o HPV, pois estes são disseminadores do vírus, e também podem ser acometidos pela doença. Dessa forma, a partir dessas ações, ficará mais claro o que é certo e errado no que se refere a informação sobre o HPV. Palavras Chave: Enfermagem. Infecções por Papillomavirus. Saúde da mulher. Vulnerabilidade em saúde

    MUDANÇAS NA ROTINA PERCEBIDAS PELOS PAIS APÓS O DIAGNÓSTICO DE CRIANES DE SEUS FILHOS

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    Introdução:  o nascimento de um filho modifica toda a rotina de uma família, as mudanças são ainda maiores quando ocorre a revelação do diagnóstico de criança com necessidade especial de saúde (CRIANES).  Objetivo: perceber como foi para os pais a mudança na rotina após a revelação do diagnóstico de CRIANES. Metodologia: estudo qualitativo, com sete pais de CRIANES. As entrevistas ocorreram no período de Julho a Agosto de 2016 e foram analisadas conforme o Conteúdo de Bardin. Aprovado no comitê de ética e pesquisa sob parecer: 1.616.973. Resultados: identificou-se a categoria:  percepção dos pais sobre a mudança na sua rotina após a revelação do diagnóstico de CRIANES. Elencando-se as subcategorias 1) Praticamente mudou tudo: descreve a mudança drástica na rotina dos pais após o diagnóstico; 2) Parei de trabalhar: está voltada às condições financeiras, para realizar melhor os cuidados os pais se afastaram do emprego, ocasionando um desequilíbrio econômico; 3) Procurar pela APAE: as famílias buscaram conhecer a instituição a fim de obterem recursos para o desenvolvimento das crianças; 4) A gente não sai: planos que anteriormente foram traçados necessitam de mudanças. Conclusão: percebe-se que as crianças com necessidades especiais requerem cuidados individuais e personalizados, exigindo uma série de adaptações para os familiares e profissionais da área da saúde
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