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    A SAÚDE COLETIVA E OS DESAFIOS DE UMA FORMAÇÃO CRÍTICA, GENERALISTA E HUMANISTA EM UM CURSO DE ODONTOLOGIA

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    Com a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e implantação das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs), o debate sobre a docência no ensino superior tem se intensificado. A formação universitária na saúde, incluindo na Odontologia, tradicionalmente, conservou uma prática de ensino enciclopédico e focado na transmissão de conteúdos, especialmente os de caráter técnico-instrumental. As DCNs/SUS direcionam para a formação de um profissional generalista, humanista, crítico e reflexivo, tornando-se imperativo superar a pedagogia tradicional. Entende-se que a inclusão da saúde coletiva/ciências sociais e de metodologias ativas contribuam para formação demandada. O objetivo desse trabalho é refletir sobre os desafios da formação acadêmica no curso de Odontologia a partir de experiências vivenciadas no componente curricular de Introdução a Saúde Coletiva. Nas aulas, os estudantes estudaram o conceito ampliado de saúde e sua relação com os direitos humanos. Foram utilizadas as estratégias: design thinking para elaboração de projetos sociais, solução de problemas e tempestade cerebral. Foi desafiante e motivou os estudantes, além de colocá-los no centro do processo. Os estudantes assumiram atitude empática e realizaram ações sociais (ações educativas em saúde em uma creche e um grupo de idosos; campanha de combate ao racismo nas redes sociais; arrecadação de donativos, entre outras). Finalizando, é decisivo repensar currículos e formas de ensinar e aprender, ressignificando papéis de professores e estudantes para atender as demandas contemporâneas de saúde pública.Palavras-chave:  Pedagogia universitária. Formação profissional em saúde. Inovações pedagógica

    O PAPEL DA VISITA DE CAMPO NO APRENDIZADO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – RELATO DE CASO

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    A evolução histórica das políticas públicas de saúde relaciona-se diretamente à evolução política, social e econômica da sociedade brasileira. As políticas públicas de saúde bucal atravessaram historicamente um processo de evolução focado no individualismo e na exclusão social. O objetivo com o presente trabalho foi realizar um relato crítico de experiência tendo como referência a história das políticas públicas em Saúde Bucal (SB) no Brasil. Ao realizar a visita de campo à Escola Irmã Filomena Rabelo, em Treze Tílias, notou-se a marca de uma das primeiras políticas de inclusão do cirurgião-dentista (CD) no serviço público, com o Serviço Dentário Escolar (SDE) e a existência de consultórios odontológicos em espaços escolares. O atendimento prestado no SDE caracterizava-se por ser de livre demanda, com ações exclusivamente individuais e sem planejamento; na escola, o atendimento permanece como no SDE, mas já com traços de agendamento e planejamentos para os procedimentos realizados. O Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) implantou as programações da Odontologia Sanitária a partir do Sistema Incremental (SI), inovador como política pública por parte do Estado, mesmo focalizadas no escolar, mas que se expandiam para ações de caráter preventivo. Outras políticas foram implantadas ao longo dos anos, mas até o surgimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e da inclusão da SB nas equipes da Saúde da Família (SF), a atuação do CD no setor público se manteve na escola e para os escolares. Diante do exposto, a Cidade de Treze Tílias revelou, ainda nos dias atuais, a força das políticas públicas na atuação do CD, pois apesar de ter equipes de SF, ainda mantém o modelo de saúde para os escolares, com consultório odontológico e CD dentro da escola, o qual realiza trabalho curativo e preventivo. Dessa forma, a visita foi importante para se observar que, na prática, permanecem alguns aspectos das políticas públicas passadas. Palavras-chave: Políticas públicas de saúde bucal. Sistema Único de Saúde. Visita de campo

    SAÚDE COLETIVA INFORMA – CARTA DE DIREITO DOS USUÁRIOS DO SUS

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    A Carta dos Direitos dos Usuários do SUS é fruto de um trabalho cuidadoso, que visa garantir o acesso universal e igualitário às ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde. Com tantas mudanças sociais, econômicas e políticas acontecendo nos últimos anos no País, os usuários desconhecem a totalidade de seus direitos para usufruírem corretamente dos benefícios garantidos a eles. O documento, que tem como base seis princípios básicos de cidadania, caracteriza-se como uma importante ferramenta para que o cidadão conheça seus direitos e deveres no momento de procurar atendimento de saúde, tanto público quanto privado. Foi realizada uma pesquisa quantitativa por meio de coleta de dados com questionários nas Cidades de Herval d’Oeste e Joaçaba, entrevistando pessoas nas ruas e também dentro dos postos de saúde das Cidades. Alguns desses entrevistados foram filmados, e, então, foi produzido um vídeo para melhor entendimento do assunto proposto, explanando cada questão colocada na pesquisa em forma de telejornal; em cada questão citava-se um dos direitos contidos na carta para se observar se o usuário conhecia ou não esse direito. Infelizmente, os resultados da pesquisa evidenciaram que a maioria dos entrevistados não conhece todos os direitos oferecidos a eles, porém o ideal seria que a população tivesse plena ciência dessa Carta. Para o Conselho Nacional de Saúde, é importante que todos se apossem do conteúdo da Carta, elaborada com uma linguagem acessível, para, assim, permitir o debate e a apropriação dos direitos e deveres nela contidos por parte dos gestores, trabalhadores e usuários do SUS.Palavras-chave: Saúde pública. Direitos humanos. Sistema Único de Saúde

    Hipertensão arterial sistêmica no atendimento odontológico: manejo cirúrgico – relato de caso

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    A hipertensão arterial sistêmica configura-se como um importante problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Acometendo entre 10 e 20% da população adulta e 90% dos pacientes idosos. Estima-se que aproximadamente 30 milhões de pessoas apresentam hipertensão no Brasil. Para os cirurgiões-dentistas é de suma importância o conhecimento das consequências e das possíveis complicações que possam surgir durante o atendimento clínico em decorrência da terapia medicamentosa instituída. O objetivo com o presente estudo é fornecer uma abordagem baseada em evidências, visando uma maneira adequada de abordar o paciente em relação à conduta clínica para portadores da hipernsão arteral sistêmica. O medo e a ansiedade são comuns em pacientes que requerem tratamento odontológico e, em se tratando de procedimentos cirúrgicos, a ansiedade pode se tornar um fator complicador a partir do momento em que a alteração dos sinais vitais do paciente pode gerar situações emergenciais. O uso de anti-hipertensivos pode provocar algumas complicações orais, como a diminuição da secreção salivar e hiperplasia gengival associada à medicação. O uso de anestésicos locais pode ser um complicador, uma vez que a sua utilização de forma incorreta pode agravar o quadro clínico do paciente. Quanto maior o risco clínico do paciente diante de uma intervenção cirúrgica, maior a importância do controle da ansiedade e da dor, pois em uma situação de stress há liberação de catecolaminas endógenas que culminam no aumento da PA e da frequência cardíaca. Em razão do grande número de pessoas portadoras dessa alteração há a necessidade do cirurgião-dentista adotar, como rotina de atendimento, a verificação da PA do paciente antes de iniciar qualquer consulta odontológica. Além disso, a elaboração de um protocolo de atendimento, direcionado a pacientes hipertensos, com interação multidisciplinar, traria novos rumos ao planejamento do atendimento e propiciaria maior qualidade na resolução dos problemas bucais.Palavras-chave: Odontologia. Hipertensão arterial sistêmica. Manejo cirúrgico.

    Exodontia em dente cariado e emponderamento do paciente como prática preventiva: relato de caso

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    A cárie dentária é uma doença multifatorial, porém de uma única causa: a placa bacteriana, que é o resultado de um processo crônico, desenvolvido pela relação da dieta, dente suscetível e microrganismos em um período de tempo. Os cirurgiões-dentistas têm se preocupado apenas em realizar o tratamento resolutivo da cárie, sem realizar a prevenção, o que contribui para o desenvolvimento de novas lesões. No presente estudo procura-se demonstrar que a falta de prevenção e empoderamento podem ser causas de negligência do paciente com sua saúde bucal. Assim, para o tratamento efetivo é necessário realizar o empoderamento do paciente, que consiste em um processo pelo qual as pessoas adquirem o domínio sobre suas vidas e o conhecimento para tomar decisões acerca de sua saúde. O paciente H.G.S., 19 anos, sexo masculino compareceu à clínica da Unoesc para uma consulta relatando sentir dor ao comer alguns tipos de alimentos. Diagnosticou–se lesão cariosa profunda em nível de furca, com comprometimento da raiz no dente 36 e prognóstico ruim. O tratamento proposto foi a exodontia. Anestesiou-se com lidocaína 2%, com epinefrina 1:100.000, para bloqueio do nervo alveolar inferior, do nervo lingual e do nervo bucal. Em razão da cárie extensa em nível de furca a odontossecção foi realizada apenas com o sindesmoto, posteriormente removendo-se com as alavancas o elemento. No presente estudo verificou-se a evolução rápida de uma lesão cariosa em nível radicular, com comprometimento pulpar na região de furca, com indicação de exodontia em razão da falta de acompanhamento adequado e colaboração do paciente, sendo que a possível causa da perda do dente foi a negligência do profissional de saúde bucal em relação ao empoderamento do paciente para um cuidado promotor de saúde. Assim, faz-se necessário que os profissionais desenvolvam uma prática de assistência integral ao paciente, não apenas resolutiva, mas preventiva.Palavras-chave: Exodontia. Dente cariado. Empoderamento

    O uso do sistema adesivo autocondicionante clearfil como agente de forramento

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    As técnicas de restauração em cavidades profundas têm evoluído continuamente e com elas suas diferentes alternativas, buscando efetividade e durabilidade da restauração associadas à ausência de sensibilidade pós-operatória e estética satisfatória. Nesse contexto, vêm sendo utilizados os adesivos autocondicionantes, os quais, apesar de não induzirem a formação de dentina reparadora, podem apresentar uma boa resistência mecânica, durabilidade e aderência à superfície dentinária, vedando o fluxo de fluidos, o que o torna efetivo para uso em alguns casos de restaurações mais profundas. Assim, foi realizada uma restauração Classe II profunda no dente 16 em uma paciente do sexo feminino, 47 anos, que buscou atendimento na Clínica Odontológica da Unoesc. Com a intenção de diminuir o número de passos operatórios, foi empregado o adesivo autocondicionante de dois passos (Clearfil SE Bond-kuraray). Quando aplicado de forma correta, de acordo com as orientações do fabricante, esse sistema se mostra efetivo, com longevidade clínica, bom selamento marginal, além de fácil aplicação e diminuição dos passos operatórios.Palavras-chave: Sensibilidade da dentina. Clearfil. Selamento

    Gengivite gravídica: relato de caso clínico

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    Existe certa dificuldade por parte do cirurgião-dentista em desmitificar crenças e preocupações que remetem ao fato de que a assistência odontológica em gestantes pode causar prejuízos ao feto. Assim, algumas pacientes não procuram atendimento odontológico por ficarem receosas ou pela falta de informações. Ao contrário desse contexto, uma gestante do sexo feminino, 21 anos de idade, procurou a Clínica Integrada do Curso de Odontologia da Unoesc Joaçaba para atendimento de rotina. Ao exame clínico e à evidenciação com corantes, a paciente apresentou grande quantidade de cálculo e placa dentária, resultando em uma condição encontrada considerada fraca. Ao realizarmos exame de sondagem, a paciente apresentou bolsa de no máximo 5 mm, em faces isoladas de seis elementos dentários, o que nos levou ao diagnóstico de periodontite crônica localizada leve. Tendo como base as necessidades da paciente, o tratamento foi planejado tendo as duas primeiras sessões para a realização de raspagem sub e supragengival com alisamento radicular e mais quatro a cinco sessões para controle da doença. Todas as sessões foram realizadas sem intervalos e variaram em um período de sete a 15 dias. Ao término de todas as sessões, foram passadas orientações sobre técnica correta de escovação, uso do fio dental e trabalhado o aspecto motivacional da paciente. Ao decorrer do tratamento a paciente apresentou significativa melhora em sua condição, com visível diminuição da inflamação nos tecidos periodontais. Foi possível concluir que o cirurgião-dentista deve estar atento às mudanças físicas, biológicas e hormonais que possam influenciar na condição de saúde da paciente gestante, fazendo as orientações adequadas, uma vez que o período gestacional tende a deixar a mulher mais disposta a receber informações.Palavras-chave: Gengivite. Gestantes. Índice periodontal

    Acupuntura de equilíbrio como coadjuvante no tratamento de disfunções temporomandibulares

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    No presente estudo apresenta-se um relato de caso clínico sobre o uso da acupuntura, uma terapia milenar desenvolvida na China, como adjuvante à terapia clínica tradicional para dores orofaciais, com o objetivo de avaliar a eficácia dessa prática integrativa nesses casos. Utilizando-se pontos energéticos, busca-se a liberação natural de substâncias que bloqueiam estímulos dolorosos, impedindo sua percepção pelo cérebro, atuando no relaxamento e com ação anti-inflamatória. A paciente, que fazia uso de diversos medicamentos, com dor orofacial como queixa principal e apertamento dos dentes à noite, após três sessões de 30 minutos de acupuntura realizadas na Clínica I da Unoesc Joaçaba por profissional especializado, conforme indicação, relatou redução das dores e melhora na qualidade do sono, o que leva à conclusão de que a acupuntura, como na literatura revisada, se utilizada de forma correta e dentro de suas limitações, é uma terapia complementar útil, eficaz e de baixo custo no tratamento das disfunções temporomandibulares. Palavras-chave: Acupuntura. Terapia. Dor orofacial

    Doença periodontal associada ao trauma oclusal: relato de caso

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    O trauma de oclusão vem sendo observado há muitos anos como um fator causal da presença de mobilidade em dentes que recebem grande carga oclusal, sendo que a oclusão traumática causa injúria nas estruturas de suporte dentário, fator quase obrigatório para a doença periodontal. Nesse sentido, a pressão excessiva do dente, mediante suas fibras colágenas contra o osso alveolar, acarreta distúrbios vasculares na gengiva marginal, originando recessão ou formação de bolsas. Paciente M. P. S., sexo feminino, 36 anos, funcionária pública, residente na cidade de Herval d’Oeste, procurou atendimento na Unoesc com queixa de “falha na gengiva”, quadro que a incomodava esteticamente. Clinicamente, observou-se cálculo supragengival generalizado, manchas de nicotina e algumas áreas de higienização precária. Ao exame radiográfico interproximal, foi possível observar perda de suporte ósseo na horizontal, e, na radiografia panorâmica, foi observada ausência dos elementos 42, 14 e 24. Baseado na queixa da paciente, foi constatada recessão gengival de 4 mm e mobilidade grau 1, unicamente no elemento 31. O dente apresentava marcação acentuada na região incisal, quando submetido ao teste com carbono, sugerindo que o trauma havia sido o fator agravante da doença periodontal, tendo chegado a tensões elevadas, as quais acarretaram a fratura de parte da restauração na face palatal do elemento 21. Foi realizada, inicialmente, a adequação de meio com raspagem supragengival inferior e superior em todos os elementos dentários e ajuste oclusal na face palatina do dente 21. O elemento 31, após sete dias de raspagem subgengival e do ajuste, apresentou melhoras na coloração e textura da gengiva. Após 14 dias da raspagem, foi possível observar migração da gengiva em decorrência da diminuição do edema. Conclui-se que o ajuste oclusal com o tratamento periodontal foi primordial para a melhora do caso clínico. Em seguida a paciente foi encaminhada para realização de cirurgia periodontal e acompanhamento periodontal.Palavras-chave: Doença periodontal. Retração gengival. Ajuste oclusal

    O PAPEL DA VISITA DE CAMPO NO APRENDIZADO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS – RELATO DE CASO

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    A evolução histórica das políticas públicas de saúde relaciona-se diretamente à evolução política, social e econômica da sociedade brasileira. As políticas públicas de saúde bucal atravessaram historicamente um processo de evolução focado no individualismo e na exclusão social. O objetivo com o presente trabalho foi realizar um relato crítico de experiência tendo como referência a história das políticas públicas em Saúde Bucal (SB) no Brasil. Ao realizar a visita de campo à Escola Irmã Filomena Rabelo, em Treze Tílias, notou-se a marca de uma das primeiras políticas de inclusão do cirurgião-dentista (CD) no serviço público, com o Serviço Dentário Escolar (SDE) e a existência de consultórios odontológicos em espaços escolares. O atendimento prestado no SDE caracterizava-se por ser de livre demanda, com ações exclusivamente individuais e sem planejamento; na escola, o atendimento permanece como no SDE, mas já com traços de agendamento e planejamentos para os procedimentos realizados. O Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) implantou as programações da Odontologia Sanitária a partir do Sistema Incremental (SI), inovador como política pública por parte do Estado, mesmo focalizadas no escolar, mas que se expandiam para ações de caráter preventivo. Outras políticas foram implantadas ao longo dos anos, mas até o surgimento do Sistema Único de Saúde (SUS) e da inclusão da SB nas equipes da Saúde da Família (SF), a atuação do CD no setor público se manteve na escola e para os escolares. Diante do exposto, a Cidade de Treze Tílias revelou, ainda nos dias atuais, a força das políticas públicas na atuação do CD, pois apesar de ter equipes de SF, ainda mantém o modelo de saúde para os escolares, com consultório odontológico e CD dentro da escola, o qual realiza trabalho curativo e preventivo. Dessa forma, a visita foi importante para se observar que, na prática, permanecem alguns aspectos das políticas públicas passadas. Palavras-chave: Políticas públicas de saúde bucal. Sistema Único de Saúde. Visita de campo
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