11 research outputs found

    Hérnia de disco cervical gigante: relato de caso

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    As doenças do disco intervertebral são muito frequentes na prática neurocirúrgica. No Serviço de Neurocirurgia da Santa Casa de Belo Horizonte, em 1997, 17% das intervenções cirúrgicas foram por hérnia de disco, sendo 7% destas de localização cervical. Apresentamos um caso de hérnia de disco cervical volumosa em paciente de 72 anos, masculino, que apresentava tetraparesia espástica, com hiperreflexia, associada a hipoestesia superficial com nível sensitivo em C5 e retenção urinária. Foi submetido a tratamento microcirúrgico com discectomia C4-C5, por via anterior e enxerto ósseo de crista ilíaca. Evoluiu bem no pós-operatório com recuperação completa dos déficits motores e sensitivos. Propomos nova classificação para as hérnias de disco medianas posteriores, baseada na compressão que exercem no canal dural: pequena (até 12%), média (12,5 a 25%), grande (25 a 50%) e gigante (mais de 50%)

    Tensão de ruptura dos órgaos que constituem o tubo digestório com e sem o uso de corticóide em camundongos

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    Ruptura dos órgãos que constituem o tubo digestório pode ocorrer em presença de aumento tensórico intraluminar ou quando sua parede estiver enfraquecida. É possível que as diferenças histológicas entre as diversas partes desse tubo interfiram na pressão necessária para que ocorra sua ruptura. Acredita-se que o uso prolongado de corticosteróides possa diminuir a resistência da parede digestória. Com o objetivo de se avaliarem as pressões de ruptura dos órgãos pertencentes ao tubo digestório, realizou-se o presente trabalho. Foram utilizados 20 camundongos de ambos os sexos, com peso variando entre 38 e 52 g, divididos aleatoriamente em dois grupos (n=10): grupo sem corticóide e grupo com administração subcutânea de hidrocortisona (1mg/kg/dia) durante 28 dias. Após esse período, os camundongos foram mortos e, em seguida, foram retirados os diversos segmentos do tubo digestório correspondentes a seus órgãos para avaliação da tensão de ruptura. Não houve diferença significativa entre os grupos com e sem corticóide. As tensões de ruptura do esôfago e do cólon foram maiores do que a do estômago, duodeno, jejuno e íleo (p<0,05). Concluindo, a administração de corticosteróide durante 28 dias não altera a resistência à ruptura do tubo digestório íntegro. O esôfago e o cólon apresentaram maior resistência à ruptura que os demais segmentos digestórios. A resistência do esôfago é significativamente maior que a do cólon

    Ganglioglioma da região da pineal: relato de caso Ganglioglioma of the pineal region: case report

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    Os gangliogliomas são neoplasias mistas, compostas de elementos gliais e neuronais, extremamente raros na região da glândula pineal. Na presente revisão da literatura foram encontrados oito casos publicados. Apresentamos o caso de paciente de 14 anos, masculino, com ganglioglioma da região da pineal, tratado cirurgicamente, com exérese total da lesão por via suboccipital transtentorial. O estudo histológico mostrou tratar-se de ganglioglioma grau I, confirmado por imuno-histoquímica. Conclui-se que tais tumores são raros e que se deve optar pela cirurgia, objetivando a exérese total. Quando isso não for possível, ou no caso de recorrência, o paciente deve ser acompanhado clínica e radiograficamente, considerando-se a radioterapia como tratamento complementar.<br>Ganglioglioma are tumors presenting neoplastic glial cells and nerve cells, very rarely found in the pineal region. Only eight cases have been previously published in the literature. We present the case of a 14 years-old male patient with a ganglioglioma of the pineal region. The patient was treated surgically by a suboccipital transtentorial approach with complete removal. Histopathologic specimens with immunostainning revealed a ganglioglioma grade I. We conclude that these tumors are rare and should be treated surgically aiming total remove. If it is not possible or in case of recorrence the patient should be followed and radiotheraphy could be considered

    Manejo da hipertensão arterial na isquemia cerebral aguda Management of arterial hypertension in patients with acute ischemic stroke

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    OBJETIVO: Avaliar o nível de conhecimento dos médicos, através de sua conduta, em paciente com quadro de hipertensão arterial na fase aguda da isquemia cerebral. Também comentamos as principais condutas nesta fase, com ênfase na tensão arterial (TA). MÉTODO: Foram entrevistados 120 médicos da clínica médica e da cirurgia geral, em dez dos maiores Hospitais de Belo Horizonte, em 1997. Todos responderam a um questionário contendo um caso clínico de paciente hipertenso leve, admitido com quadro de isquemia cerebral e tensão arterial de 186x110 mmHg. Os profissionais deveriam optar por reduzir, aumentar ou manter a TA. RESULTADOS: Dos entrevistados, 38 (31,7%) responderam que reduziriam os níveis tensionais, 82 (68,3%) optaram pela manutenção e nenhum aumentaria (p<0,05). Estes índices foram iguais nas duas especialidades. Já em relação ao tempo de formado, observou-se que aqueles com mais de 10 anos de graduação, apresentaram maior tendência a redução da TA (p<0,05), quando comparado aos mais jovens. CONCLUSÃO: A redução da TA prejudica a perfusão cerebral, podendo aumentar a área isquêmica ("zona de penumbra"). Concluimos que, apesar de estar a maioria dos médicos ciente da conduta recomendada no manejo da hipertensão arterial na fase aguda dos quadros isquêmios cerebrais 31,7% ainda é uma taxa elevada de médicos despreparados para o atendimento emergencial de isquemia cerebral, considerando os prejuízos trazidos ao paciente em decorrência da conduta inadequada. Talvez o desenvolvimento de unidades especializadas no atendimento desses pacientes ("stroke units") possa melhorar tais índices.<br>PURPOSE: We aimed with study to assess the current clinical practice about the management of high blood pressure in patients in the acute phase of ischemic stroke. We also comment some topics of ischemic stroke treatment. METHODS: A case report of a patient admitted 8 hours after onset of ischemic stroke and with blood pressure of 186x110 mmHg was presented to 120 surgeons and clinician. They were asked to decide the best therapeutic option: to increase, decrease or maintenance blood pressure. RESULTS: Thirty-eight physicians (31,7%) considered decreasing blood pressure the best therapeutics, 82 (68,3%) considered maintenance and none decided to increase it (p < 0.05). There was no difference between the two specialties conduct. The physicians, with more than 10 years of graduation, had a tendency to decrease the blood pressure (p <0.05). CONCLUSION: The maintenance of blood pressure may present a sufficient blood support to compensate brain flow. A high percentage of the physicians (31,7%) do not know about the current concepts of therapeutics considering hypertension in acute ischemic stroke. The development on special units to treat these patients ("stroke units") may eventually decrease the morbimortality rates of ischemic stroke

    Tumores do corpo carotídeo: revisão de oito casos e abordagem cirúrgica Carotid body tumors: review of eight cases and surgical approach

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    Os tumores do corpo carotídeo são pouco frequentes. Apesar disto, contam com vasta literatura, que reflete as controvérsias em relação ao seu comportamento biológico e tratamento, especialmente no que se refere a abordagem cirúrgica. Estudamos 8 pacientes com tumores do corpo carotídeo (9 tumores, um bilateral), operados no serviço de Neurocirurgia da Santa Casa de Belo Horizonte, entre 1989 e 1999. A idade variou de 11 a 66 anos (35,6±17,7 anos), sendo 4 mulheres e 4 homens. A única alteração ao exame físico de todos os pacientes foi massa cervical palpável. Obteve-se resultado pós-operatório bastante satisfatório, com baixa morbidade. Não houve óbito nesta série. Baseados nessa experiência e na literatura, discutimos os principais aspectos desses tumores, com ênfase na abordagem cirúrgica. Concluimos que os tumores do corpo carotídeo são lesões incomuns, que devem ser tratadas com técnica cirúrgica cuidadosa, possibilitando baixo índice de morbi-mortalidade.<br>Carotid body tumors are rather uncommon. Even though there is a great amount of literature on the subject, the controversy regarding its biological behavior and therapeutics and mainly, the surgical management still remains. We present eight patients with carotid body tumors (total of 9 tumors, one bilateral) surgically treated at the Neurosurgery Department of Santa Casa in Belo Horizonte, from 1989 to 1999. The age ranged from 11 to 66-years-old (35,6±17.7). Four patients were women and four were men. We had satisfactory postoperative results with low morbidity and no deaths. Based on our experience and on the review of the literature, some aspects of this disease are discussed. We conclude that carotid body tumors are uncommon and should be treat with carefully surgery techniques to obtain low morbimortality rates
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