2 research outputs found

    Suplementação Com Ácidos Graxos Poliinsaturados Para O Tratamento De Pacientes Com Epilepsia Refratária: Revisão Sistemática E Metanálise

    No full text
    Objectives: To assess the effectiveness and safety of omega-3 polyunsaturated fatty acids (PUFA) in the control of seizures in patients with refractory epilepsy. Methods: Cochrane systematic review. We searched the following eletronic databases, without language restrictions: Cochrane Epilepsy Group Specialised Register, CENTRAL, MEDLINE, EMBASE, SCOPUS, LILACS and clinical trials registers. We included all randomised and quasi-randomised studies using PUFAs (in association with convential treatment) versus conventional treatment or other treatments for patients of any age with drug-resistant epilepsy. The following outcomes were assessed: seizure freedom, seizure reduction, improvement in quality of life, adverse effects and changes in plasma lipid profile. Two independent review authors were involved in study selection, data extraction and quality assessment of the included trials. Results: The search retrieved 71 citations, 8 studies were selected for full-text reading and 3 studies fulfilled the selection criteria and were included in the review. Two placebo controlled trials involving adults were conducted in developed countries, while one placebo controlled trial involving children was conducted in a developing country (Egypt). The three studies recruited a total of 155 subjects (85 adults and 70 children); 78 (43 adults and 35 children) were randomised to PUFAs and 77 (42 adults and 35 children) to placebo. All participants were followed for up to 12 weeks. Seizure freedom was reported by only one study, with a high risk of bias, involving exclusively children. The relative risk (RR) for this outcome was significantly higher in the children receiving PUFA compared to the control group: RR 20.00, 95% confidence interval (CI) 2.84 to 140.99, 1 study, 70 children. Similarly, PUFA supplementation was associated with a significant difference in the proportion of children with at least 50% reduction in seizure frequency: RR 33.00 95% CI 4.77 to 228.15, 1 study with a high risk of bias, 70 children. However, this effect was not observed when the data from two studies with adults were pooled: RR 0.57, 95% CI 0.19 to 1.75, I² 0%, 2 studies, 78 participants, low-quality evidence. None of the studies assessed bleeding as a potential adverse effect. There were no significant differences between the PUFA and control groups in relation to gastrointestinal effects: RR 0.78, 95% CI 0.32 to 1.89, 2 studies, 85 participants, low-quality evidence. Supplementation with PUFA did not produce significant differences in mean frequency of seizures, quality of life or other side effects. Conclusions: In view of the limited number of studies and small sample sizes, there is not enough evidence to support the use of PUFA supplementation in patients with refractory epilepsy. More trials are needed to assess the benefits of PUFA supplementation in the treatment of drug resistant epilepsy.Objetivos: Avaliar a efetividade e segurança de suplementos de ácidos graxos poliinsaturados (AGPIs) da série ômega-3 (EPA E DHA) no controle das crises epilépticas em pacientes com epilepsia refratária. Métodos: Revisão Sistemática Cochrane. As buscas foram realizadas, sem restriçoes de idiomas, nas seguintes bases eletrônicas: Cochrane Epilepsy Group Specialised Register, CENTRAL, MEDLINE, EMBASE, SCOPUS. LILACS e plataformas de registros de ensaios clínicos. Foram incluídos estudos randomizados e quasi-randomizado que compararam o uso de suplementos com AGPIs (associado ao tratamento convencional) versus o tratamento convencional ou outros tratamentos, para pacientes de qualquer idade com diagnóstico de epilepsia refratária. Os desfechos foram: ausência de crises, redução das crises, melhoria na qualidade de vida, efeitos adversos e alterações no perfil lipídico. A seleção dos estudos, extração dos dados e avaliação de risco de viés foi realizada de forma independente por dois autores. As análises foram por intenção de tratar. Resultados: A busca identificou 71 citações, 8 estudos foram selecionados para leitura na íntegra; 3 preencheram os critérios de seleção e foram incluídos na revisão. Dois ensaios clínicos controlados envolvendo 85 adultos foram conduzidos em países desenvolvidos (Estados Unidos e Reino Unido) e um ensaio clínico controlado envolvendo 70 crianças foi conduzido em um país em desenvolvimento (Egito). Os três estudos recrutaram um total de 155 participantes (85 adultos e 70 crianças); 78 participantes (43 adultos e 35 crianças) foram randomizados para grupos de suplementação com AGPIs e 77 indivíduos (42 adultos e 35 crianças) para grupos placebo. Todos os participantes foram acompanhados por até 12 semanas. A ausência de crises foi relatada por apenas um estudo, com alto risco de viés, envolvendo exclusivamente crianças. O risco relativo (RR) para esse desfecho foi significativamente maior nas crianças que receberam AGPIs, em comparação com o grupo controle: RR 20,00; Intervalo de confiança (IC) 95%: 2,84 a 140.99, 1 estudo com alto risco de viés, 70 crianças. Da mesma forma, a suplementação com AGPIs foi associada com uma diferença significativa na proporção de crianças com redução de, pelo menos, 50% na frequência das crises (RR 33,00; IC 95% 4,77-228,15, 1 estudo com um alto risco de viés, 70 crianças). No entanto, a meta-análise com os dados dos dois estudos envolvendo adultos não mostrou diferenças significativas na redução de, pelo menos, 50% na frequência das crises: RR 0,57;IC 95% 0,19-1,75, I2 0%, 2 estudos, 78 participantes, evidência de baixa qualidade. Nenhum dos estudos avaliou o sangramento como possível efeito adverso. Não houve diferenças significativas entre os grupos suplementação e controle em relação aos efeitos gastrointestinais (RR 0,78; IC 95% 0,32 - 1,89, 2 estudos, 85 participantes, evidência de baixa qualidade). A suplementação com AGPIs não produziu diferenças significativas na frequência média de crises, qualidade de vida ou outros efeitos colaterais. Conclusões: Tendo em vista o número limitado de estudos e o pequeno número de participantes envolvidos nesses estudos, as evidências são insuficientes para apoiar o uso de suplementos de AGPIs para pacientes com epilepsia refratária. São necessários mais estudos para avaliar os benefícios e riscos da suplementação com AGPIs no tratamento da epilepsia refratária.Dados abertos - Sucupira - Teses e dissertações (2017
    corecore