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    A cura da dependência química após várias recidivas / The cure for chemical dependency after several relapses

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    INTRODUÇÃO: Milhões de pessoas utilizam substâncias psicoativas (SP) no mundo, causando enormes danos à sociedade e à família. As causas da dependência são inúmeras, desde desajuste familiar, questões biopsicossociais, fácil acesso às drogas, fatores biológicos e psicológicos, entre outros. As recidivas são a regra entre os usuários de drogas, e a família é considerada tanto fator de proteção como de recaídas, dependendo do contexto familiar. OBJETIVO: Relatar a experiência pessoal de um indivíduo recuperado do uso de SP, vivenciando inúmeras recidivas e atualmente “curado” por mais de 7 anos e descrever, através da revisão da literatura, os aspectos protetivos e negativos em relação ao uso de SP. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência, que se apoiou em revisão bibliográfica com abordagem qualitativa-descritiva, de alguém que usou vários tipos de SP, como cocaína, craque, maconha, drogas sintéticas, etc., por décadas, com a narrativa de suas experiências emocionais ao longo de 30 anos. Suas angústias, os preconceitos, o aprender a lidar com as recaídas e, por fim, a superação, o aprender a lidar com as situações, o responsabilizar-se e o reinventar-se. RESULTADOS: O relato de experiência demonstrou ser um mito a afirmativa de que uma vez dependente químico (DQ), sempre DQ. Um ambiente estruturado, com clínicas de dependência química ajustadas para o cuidado dos usuários, a família e os órgãos públicos trabalhando juntos, pode ter resultados positivos para a cura do uso de SP. Os resultados também demostraram que a religião é um agente protetivo muito significativo na recuperação da dependência química. CONCLUSÕES: O uso de SP é um problema de saúde muito grave, contudo, isso não quer dizer que um viciado nessas substâncias não possa se curar em definitivo, porém, há a necessidade de um trabalho coletivo da família, das agências de saúde e da sociedade para a redução dos agentes negativos que facilitam o seu uso. As clínicas de internação compulsória podem ser perigosas para a reabilitação dos dependentes por atuarem de forma agressiva, mudando drasticamente o comportamento do usuário, podendo inclusive deixá-lo agressivo e resistente ao tratamento
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