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    Analisando a problemática do risco em casais que vivem em situação de sorodiscordância Analyzing the risk problem in couples with serodiscordance

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    Este artigo relata um estudo feito com pessoas que vivem em situação de sorodiscordância - caracterizada pela parceria entre uma pessoa soropositiva para o HIV e outra não - e busca compreender de que modo elas convivem com essa condição que pode se apresentar como uma constante prática de risco. Foram realizadas, no Centro de Testagem e Aconselhamento do Hospital Escola São Francisco de Assis da Universidade Federal do Rio de Janeiro, quinze entrevistas com usuários que vivem em situação de sorodiscordância. O temor de transmitir o vírus HIV ao (à) parceiro (a) soronegativo (a) apareceu como uma constante. Além do medo, dificuldades para conversar sobre o assunto, planejar o futuro e manter uma vida sexual considerada satisfatória também se destacaram. O uso do preservativo não aparece como algo adotado facilmente. Os entrevistados apontam outros fatores em jogo no exercício das práticas sexuais com prevenção efetiva - para além do conhecimento sobre as formas de infecção pelo vírus. Tais fatores parecem depender mais diretamente das possibilidades de cada um dos parceiros em construir uma identidade do casal diante de uma nova realidade que traz risco. Paradoxalmente, o risco de infecção que está sempre num outro, neste caso, está num outro muito próximo, do qual depende, inclusive, a permanência do casal.<br>This article relates an investigation made with people who live in a situation of partner serodiscordance, shall say in partnerships in which one partner is HIV positive and the other is HIV negative. The study is aimed at understanding how these people deal with the constant risk this situation involves. Fifteen individuals living with serodiscordant partners were interviewed in the Testing and Counseling Center of the São Francisco de Assis School Hospital of the Federal University of Rio de Janeiro. The fear of transmitting the HIV to the seronegative partner is constant. Besides the fear, there are the difficulties to talk about the problem, to plan the future and to keep a satisfactory sexual life. Condom use does not seem to be an easily adopted practice. The interviewees point to other factors that need to be taken into consideration beyond safe sexual practices and knowledge of the forms of HIV transmission. Such factors seem to depend much more directly on the capacity of the partners to construct a new couple identity in face of a risk situation. The risk of infection always lies in another being. Paradoxically, in this case the risk of infection comes from someone so close that the continuation of the partnership itself depends on this other being
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