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    Cefaleia pós-punção dural – uma revisão de literatura / Post-dural puncture headache – a literature review

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    A cefaleia pós-punção dural (CPPD) é a complicação mais frequente da punção da dura-máter, seja para fins diagnósticos, terapêuticos ou para a administração de anestésicos durante cirurgias. O presente trabalho realizou uma revisão de literatura buscando atualizações acerca da fisiopatologia, diagnóstico, fatores de risco e tratamento da CPPD. O MEDLINE (via PubMed) foi utilizado como base de dados com os seguintes descritores: “post-dural puncture headache”, “incidence”, “risk-factors” e ”therapy”. Foram considerados apenas artigos em inglês e publicados nos últimos 10 anos, e também foi consultada bibliografia complementar. A CPPD resulta da recuperação tardia da dura-máter após sua punção intencional ou não intencional (durante anestesia epidural). A perda liquórica pelo orifício dural aberto leva à hipotensão intracraniana, consequente vasodilatação e tração de estruturas nervosas, estabelecendo o quadro doloroso típico que piora em posição ortostática e melhora ao repouso. O diagnóstico de CPPD é clínico, e o quadro típico da dor é a principal evidência. Fatores de risco como pertencer ao sexo feminino, ser adulto jovem, gestante, história prévia de CPPD, maior calibre da agulha e/ou bisel cortante são descritos. A conduta terapêutica varia de acordo com a gravidade da dor, podendo ser conservadora ou ser realizado o tamponamento sanguíneo peridural. Somente o “blood patch” tem evidências científicas suficientes para ser recomendado como rotina terapêutica invasiva, ainda que não seja isento de complicações. O bloqueio do gânglio esfenopalatino é proposta como uma intervenção analgésica alternativa. Visto que os recursos terapêuticos são limitados, ensaios clínicos controlados e maiores são necessários para que formas robustas de tratamento para CPPD sejam possibilitadas.
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