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A empatia na esquizofrenia : uma revisão da literatura
Tese de mestrado, Psicopatologia, Universidade de Lisboa, Faculdade de Medicina, 2020A empatia na esquizofrenia tem sido um tema de crescente interesse na comunidade científica. Ainda existe falta de consenso na compreensão deste fenómeno nesta população que resulta, em parte, da dificuldade em estabelecer um conceito de Empatia unificador e operacionalizável para a experimentação empírica. Esta investigação teve como objetivos 1. Conhecer a diversidade conceptual na definição de empatia nos estudos realizados com população com diagnóstico de esquizofrenia; 2. Conhecer o conceito de empatia mais consensual e frequente nos estudos com maior robustez metodológica; 3. Conhecer a evidência científica de que a empatia está perturbada nas pessoas com esquizofrenia. Foi realizada uma revisão da literatura dos estudos de maior robustez metodológica realizados entre Janeiro de 2008 e Janeiro de 2019 decorrentes de investigações com sujeitos adultos (maiores de 18 anos), com diagnóstico de Esquizofrenia e estudos que tenham uma amostra superior a 100 sujeitos. Foram excluídos os estudos de caso; meta- análise; comentário; apenas abstract disponível. Apenas 8 estudos cumpriram os critérios metodológicos e nestes não foi observada concordância no que toca à definição do conceito de Empatia. Os problemas conceptuais identificados e o número reduzido de investigações que cumpriram com os critérios estabelecidos para fazer parte desta revisão leva-nos a afirmar que não foi verificada a evidência científica de que a empatia esteja perturbada na esquizofrenia. Apesar de a evidência científica ser fraca, existem alguns indicadores que apresentaram congruência entre estudos: Os sujeitos com esquizofrenia apresentam pior capacidade de adotar espontaneamente o ponto de vista psicológico dos outros quanto maior for o nível de ansiedade e desconforto em ambientes de tensão interpessoal e quanto mais prevalentes forem os sintomas negativos da doença. O insight favorece a capacidade empática nesta população.Empathy in schizophrenia has seen a rise in attention from the scientific community. The comprehension of the subject within the afore mentioned population, lacks consensus, mainly due to the struggle in establishing a single viable concept for empiric experimentation. The present investigation has had as main objectives: 1. To get acquainted with the definition of empathy's conceptual variety, based on the conducted research within the schizophrenic population; 2. To understand the most consensual and frequent concept of empathy in the more methodologically sound research; 3. To attain scientific evidence that empathy is disrupted in individuals with schizophrenia. The revision of literature was conducted with the more methodologically sound studies, that worked with a sample higher than 100 subjects, which took place between January 2008 and January 2019, resulting of investigations with adult subjects (over 18 years old), diagnosed with schizophrenia. Case studies have been excluded; meta-analysis; comment; abstract only available. Only eight studies fulfilled the methodological criteria, and no concordance was found of the concept of empathy between them. The identified concept problems and the reduced number of investigations that met the pre-established criteria in order to be considered for this revision, led us to assert that the scientific evidence that empathy is disrupted in schizophrenia was not found. Despite the scarce evidence, there are some congruent indicators between studies: The schizophrenic subjects present a higher difficulty of spontaneously adopting other individuals psychological point of view, greater the extent of anxiety and discomfort in tension filled environments and the more prevalent the negative symptoms of the illness. Insight favors empathetic capacity within this population