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    Use of contraceptive methods during hospitalization after early pregnancy loss in a university hospital in Brazil

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    Orientador: Luiz Francisco Cintra BaccaroDissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências MédicasResumo: Introdução: o abortamento, a gestação ectópica e a doença trofoblástica gestacional são causas comuns de sangramento vaginal no primeiro trimestre da gravidez e são responsáveis por 7,9% da mortalidade materna no mundo, principalmente nos países da América Latina, onde a taxa de abortos inseguros é de 31 para cada 1000 mulheres. Uma das iniciativas para prevenir esse quadro é o aumento na utilização de métodos contraceptivos, principalmente durante a internação hospitalar. Devido à legislação restritiva pouco se sabe sobre os agravos relacionados ao abortamento, o que motivou o CLAP (Centro Latino-Americano de Perinatologia) a instalar uma rede multicêntrica internacional, a Rede MUSA, a fim de realizar vigilância das mulheres em situação de aborto, podendo, dessa maneira, sistematizar as informações. Objetivos: avaliar a frequência e os fatores associados à utilização de métodos anticoncepcionais ainda durante a internação hospitalar desde a instituição da Rede MUSA no Hospital da Mulher Prof. Dr. J. A. Pinotti ¿ CAISM/UNICAMP. Métodos: estudo de corte-transversal entre julho/2017 a agosto/2019, com mulheres com quadro de aborto, gravidez ectópica ou gestação molar. As variáveis dependentes foram o início de MAC e o seu tipo específico (pílula, injetável, DIU) antes da alta hospitalar. As variáveis independentes foram o ano de internação e as características clínicas e sociodemográficas. A análise estatística foi realizada através do teste de qui-quadrado, teste de Mann-Whitney, teste de tendência de Cochran-Armitage e regressão logística múltipla. Resultados: foram incluídas 382 mulheres, sendo a média de idade de 29,56 anos (±7,42), com mediana de 29 (12-50). Foram 75,2% casos de aborto, desses 10,2% por motivos legais, 16,5% de gestações ectópicas e 8,4% de molas hidatiformes. A média de idade gestacional foi 10,7 semanas (±3,9), 33,7% relataram que já tinham apresentado pelo menos um aborto prévio e 64% foram gravidezes acidentais, com 47,9% de falha de MAC. Dessas mulheres, 146 (38,2%) iniciaram método contraceptivo ainda durante a internação, sendo 51,4% de injetáveis. Pelo teste de Cochran-Armitage houve tendência significativa de aumento da utilização de MAC, devido à utilização de métodos injetáveis. Na regressão logística múltipla, os fatores independentemente associados ao início de método contraceptivo durante a internação foram admissão no ano de 2019 (OR 2,65; 95% IC 1,36-5,17) e não ter sido internada por motivo de aborto legal (OR 3,54; 95% IC 1,30 ¿ 9,62). Conclusão: houve um aumento na taxa de utilização de métodos contraceptivos antes da alta hospitalar após a instalação da Rede MUSA no hospital devido ao aumento na utilização de injetáveis. Mulheres internadas por abortamento legal apresentaram menor taxa de início de anticoncepcionais antes da alta hospitalarAbstract: Introduction: Abortion, ectopic pregnancy and gestational trophoblastic disease are common causes of vaginal bleeding in the first trimester of pregnancy and are responsible for 7.9% of maternal mortality in the world, especially in Latin America, that the unsafe abortion rate is 31 miscarriages in 1000 women. One of the initiatives to prevent this situation is the increase in the use of contraceptive methods, especially during hospitalization. With a strict legislation it is little known abortion-related health problems, what led WHO with CLAP (Latin American Center for Perinatology), to set up an international multicenter network, the MUSA Network, to surveillance the abortion situation and systematize the information. Objective: To evaluate the frequency and associated factors with contraceptive use during hospitalization since the establishment of the MUSA Network at Hospital da Mulher Prof. Dr. J. A. Pinotti - CAISM / UNICAMP. Methods: a cross-sectional study between July 2017 and August 2019, including all women with abortion, ectopic pregnancy or molar. The dependent variables were the initiation of contraceptive method use before hospital discharge and the specific type (pill, injectable, IUD). The independent variables were the year of hospitalization and the clinical and sociodemographic characteristics. Statistical analysis was performed using the chi-square, Mann-Whitney test, Cochran-Armitage trend test and multiple logistic regression. Results: Among the 382 women included with a mean age of 29.56 years (± 7.42), with an average of 29 (12-50). It was 75,2% abortion, and 39 (10.2%) of them were to legal abortions, 16.5% ectopic pregnancies and 32 (8.3%) gestational trophoblastic disease. The average gestational age was 10.7 weeks (± 3.9), 33.7% reported having had less than one previous abortion, 64% were unplanned and 47.9% contraceptive method's failure. Overall, 146 (38.2%) of the women received contraceptive methods before hospital discharge, mostly 51.4% injectables. Significant associated factors by logistic regression were admission in the year 2019 (OR 2,65; 95% CI 1,36-5,17) and hospitalization for gestational loss other a legal abortion (OR 3,54; 95% CI 1,30 ¿ 9,62). Conclusion: There was an increase in the rate of contraception use before hospital discharge following the implementation of the MUSA Network in the hospital due to the increased use of injectables. Women hospitalized for legal abortion had lower rate of contraceptive use before hospital dischargeMestrad
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