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    Ensaio sobre o lugar do sujeito psicanalítico na organização do trabalho bancário

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    O ensaio discute o lugar do sujeito na relação com a organização do trabalho bancário. Parte-se do pressuposto que o sujeito se torna refém da organização do trabalho bancário que evoca a ambivalência entre a demanda de cuidado e de punição vinculada à figura paterna gerando sofrimento. Com a mobilização subjetiva o sujeito deveria encontrar uma saída amenizante para a situação de desamparo originário gerado pelo processo civilizatório acarretado pelo mal-estar na cultura, mas este recurso não se efetiva pela não aderência da categoria que se utiliza de mecanismos de defesa. Utiliza-se como método a pesquisa teórico bibliográfica, adotamos Freud como referencial psicanalítico e referenciamos a psicodinâmica do trabalho com Dejours e Mendes. O objetivo desse diálogo conceitual permite indicar que a organização do trabalho bancário produz efeito sobre o posicionamento do sujeito. Sob o enfoque psicanalítico é possível supor que o sujeito experimenta uma situação de desamparo diante dos constrangimentos da organização do trabalho bancário. Diante dessa condição, o sujeito tende a colocar a instituição no lugar do pai protetor, todo-poderoso, que seria mais eficaz que a mãe, fraca e desprotegida. O sujeito identifica a instituição como o pai-intocável, e se vincula pelas promessas de estabilidade, amparo, segurança e cuidado se submetendo ao ambiente hostil, às metas abusivas, ao assédio moral, em nome da sua sobrevivência material e psíquica. Futuros estudos empíricos são recomendados para demonstrar de modo mais robusto as suposições construídas neste ensaio
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