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    O uso de dispositivos mecânicos de suporte circulatório em choque cardiogênico

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    Introdução: Choque cardiogênico é a expressão clínica utilizada para descrever a insuficiência circulatória decorrente de disfunção esquerda, direita ou biventricular. Também pode ser definido como um estado de hipoperfusão crítica final de um órgão devido a disfunção cardíaca primária segundo a American Heart Association. O campo de suporte circulatório mecânico avançou na última década, sendo opção viável para gerenciar quadros de choque cardiogênico. Objetivo: Discutir o uso do suporte circulatório mecânico no gerenciamento de pacientes com quadro de choque cardiogênico. Material e método: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados PubMed e Science Direct. Foram incluídos artigos publicados entre 2016 e 2018 obtidos utilizando os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS) “shock, cardiogenic” e “mechanical circulatory support”, em português e inglês, que abordaram o uso do suporte circulatório mecânico temporário para gerenciar pacientes em choque cardiogênico. Foram selecionados 18 artigos que se adequaram aos critérios descritos. Resultados: O dispositivo de suporte circulatório mecânico é, teoricamente, um dispositivo atraente na condução do choque cardiogênico pois é capaz de interromper a espiral viciosa de isquemia, hipotensão e disfunção miocárdica, permitindo também a recuperação do miocárdio isquêmico. No entanto, o suporte extracorpóreo e o contato com superfícies artificiais desses dispositivos podem provocar mais ainda a resposta inflamatória sistêmica no organismo, além de um sangramento grave. Indicações para o uso do suporte mecânico circulatório temporário e a seleção de dispositivos que fazem parte de um processo complexo que exige a consideração da gravidade do choque cardiogênico, ressuscitação hemodinâmica precoce e imediata, fatores de risco específicos do paciente, limitações técnicas, recursos e treinamento adequados e avaliação da futilidade dos cuidados. Conclusão: O choque cardiogênico continua sendo uma condição desafiadora com taxas de mortalidade em torno de 50% dos casos. A utilização precoce de suporte circulatório mecânico em vez de doses crescentes de inotrópicos e vasopressores se mostrou benéfica na redução das taxas de mortalidade, ao evitar quadros de piora relacionados ao uso desses fármacos. Por isso, a intervenção precoce com a seleção adequada do dispositivo de suporte circulatório mecânico mais apropriado pode melhorar os desfechos do quadro. Entretanto, ensaios randomizados são necessários para uma avaliação completa do papel das diferentes estratégias de suporte circulatório no choque cardiogênico

    A relação médico-paciente na consulta à população LGBTQIA+

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    A comunidade LGBTQIA+ (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer, intersexuais, assexuais) apesar de enfrentar muito preconceito social e familiar, atualmente vem rompendo barreiras de desigualdade e ganhando reconhecimento, principalmente por parte do Sistema Único de Saúde (SUS), através das diretrizes e princípios que garantem atendimento universal, sem distinção de cor, raça, classe social ou gênero. Assim, tem-se como objetivo do estudo analisar a relação médicopaciente na consulta à população LGBTQIA+, visando sobretudo se há ou não preconceito por parte do profissional. O trabalho consiste em um estudo transversal e analítico que será feito com a comunidade LGBTQIA+ e médicos que tenham tido experiência ou não com esse público. A metodologia adotada baseia-se em um grupo focal, uma técnica de pesquisa qualitativa, na qual é feita uma entrevista com grupos, baseada na comunicação e na interação entre os participantes. Sua finalidade é juntar dados específicos acerca de um determinado assunto a partir de um grupo pré selecionado de indivíduos que participarão do estudo. Dessa forma, a coleta de dados ocorrerá através de um questionário elaborados pelos pesquisadores. Portanto, espera-se que a partir da aplicação do questionário, os médicos entendam a real necessidade de proporcionar um atendimento individualizado, levando em consideração a orientação sexual e a identidade de gênero de cada paciente, sendo imprescindível a ausência de preconceito

    Efeitos do exercício físico em pacientes esquizofrênicos

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    A esquizofrenia é uma psicopatologia em que as principais características incluem alucinações, delírios, transtornos de pensamento e fala e déficits na cognição, bem como ganho de peso associado a medicação. Nesse sentido, sabe-se que o exercício físico melhora a função neurocognitiva em pacientes saudáveis e previne doenças somáticas em pacientes esquizofrênicos. Diante disso, o trabalho teve por objetivo avaliar os efeitos da prática de exercícios físicos no tratamento da esquizofrenia. Trata-se de um resumo expandido realizado a partir das bases de dados PubMed e Scielo, sendo selecionados 6 artigos. Foram aceitos artigos entre 2016 e 2018 que se adequaram aos descritores schizophrenia, exercise e effects. Encontrou-se como resultados mudanças anatômicas, fisiológicas e cognitivas. Assim, concluiu-se que a prática adequada de exercício físico correlacionada ao tratamento medicamentoso tem efetividade em alguns pacientes esquizofrênicos, enquanto em outros, não foram obtidos resultados significativamente satisfatórios

    Os desafios dos homens transgêneros no planejamento familiar

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    RESUMO: O termo transgênero refere-se a indivíduos cujas identidades de gênero diferem do sexo registrado no nascimento, que geralmente é baseado no sexo biológico. Apesar da revolução provocada na sociedade, em relação a maior participação desse grupo, ainda hoje a assistência médica encontra muitos desafios na atenção primária dessa minoria, devido a uma escassez de dados de pesquisa e protocolos clínicos de atendimento médico, especialmente no que diz respeito às necessidades de planejamento familiar do indivíduo transgênero. Diante disso, o trabalho teve por objetivo discutir sobre os desafios dos homens transgêneros no planejamento familiar. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados PubMed e Science Direct. Foram incluídos artigos publicados entre 2008 a 2019, que abordaram os métodos de contracepção em homens transgêneros, sendo selecionados 20 artigos que se adequaram aos Descritores em Ciências de Saúde (DeCS): “transgender men”, “contraception” e “family planning”. Os resultados deste trabalho sugerem que os homens trans enfrentam como principais desafios no planejamento familiar uma assistência falha no sistema de saúde, estigma social que leva a uma incongruência na percepção do próprio gênero, negligenciamento no acesso à informação correta quanto a terapia hormonal, o uso de contraceptivos e sua relação a esta e a falta de conhecimento no que tange a preservação da fertilidade e a gravidez uma vez que podem ser afetadas pelos procedimentos de transição de gênero. Dessa forma, faz-se necessária uma maior discussão sobre o tema, deixando de lado tabus e preconceitos em relação a vida sexual e reprodutiva da população transgênera, para que haja um maior acolhimento dessa minoria por parte da sociedade e do sistema de saúde e consequentemente os desafios no planejamento familiar sejam minimizados. &nbsp

    Prolactinoma e a disfunção sexual – um relato de caso

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    RESUMO: Prolactinomas são os adenomas de hipófise mais comuns que aumentam o nível de prolactina circulante (hormônio responsável pelo desenvolvimento da glândula mamária e a produção de leite em mulheres, e estimular a função testicular em homens) e diminui o nível de Hormônio Folículo Estimulante (FSH) e Hormônio Luteinizante (LH) no hipotálamo. Essa alteração leva a consequências, como o hipogonadismo e a disfunção sexual. Dessa forma, o presente relato teve como objetivo relatar o caso de um paciente do sexo masculino de 55 anos de idade, com história de disfunção erétil total e exames sugestivos de prolactinoma.Foi solicitada uma ressonância magnética que mostrou nódulo de 7mm lateralmente à esquerda da adeno-hipófise, acompanhado de um microadenoma hipofisário. Exames de sangue apresentaram testosterona total de 113 mg/dl e testosterona livre de 2,2 mg/dl. Apresentava ainda cefaleia, roncos durante a noite e astenia. Além disso, o paciente apresentava obesidade grau II. Após esses achados,iniciou-se o tratamento com o uso de Cabergolina associado a um ansiolítico e Topiramato, bem como a recomendação para a realização de exercícios físicos. Posteriormente foi iniciado o tratamento com Loderafina. Atualmente o paciente encontra-se com as atividades sexuais retomadas normalmente e exames dentro dopadrão, tendo demonstrado uma boa evolução com o tratamento indicado. Diante disso, o caso relatado e publicações levantadas trazem à luz a discussão da terapêutica de reestabelecimento da função sexual e da normalidade de níveis hormonais. No caso em questão, a abordagem clínica adotada obteve grande sucesso tendo em vista a eficácia para reversão do quadro do paciente. Assim, é notório que os prolactinomas estão diretamente ligados com a disfunção sexual devido à alteração dos níveis hormonais dependentes da parte afetada pelo tumor hipofisário, e por esse motivo é importante fomentar a discussão dessa patologia, a fim de aumentar o bom prognóstico dessa situação
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