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    Síndrome de Meigs: Meigs syndrome

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    Introdução A Síndrome de Meigs é uma patologia de etiologia não muito bem definida, caracterizada pela tríade: tumor pélvico benigno, derrame pleural e ascite. Pode se desenvolver desde a vida intrauterina, até a adulta, e possui bom prognóstico se diagnosticada precocemente. A apresentação clínica desta patologia depende do seu estágio de progressão. Seu diagnóstico é clínico, sendo utilizados também exames de imagem na elucidação diagnóstica. A conduta frente ao quadro é a anexectomia bilateral, histerectomia e envio do material para análise anatomopatológica. Após dias da cirurgia, há melhora clínica das pacientes. Apresentação do caso: Paciente do sexo feminino, 63 anos de idade, admitida em PS Goiânia em REG, LOTE, apresentando dispnéia aos médios esforços, aumento do volume abdominal e perda de 3kg em 2 meses, com piora dos sintomas há 15 dias. A radiografia de tórax evidenciou pequeno derrame pleural bilateral e cardiomegalia leve, e a tomografia computadorizada de abdome total revelou ascite 2/4 e tumoração em FIE. Discussão A Síndrome de Meigs é uma patologia relativamente comum na prática clínica que não possui predileção por determinada faixa etária. Pode acometer também o intestino, o retroperitônio, entre outros locais distantes. Os tumores ovarianos benignos mais encontrados são, respectivamente, fibromas, fibrotecalomas, Brenner e tumores da célula granulosa e geralmente são acompanhados por ascite, derrame pleural e elevação do CA-125. Ainda não há explicação fundamentada sobre a fisiopatologia desta síndrome. Há duas teorias que fundamentam a ocorrência da ascite: a que sugere irritação do tumor ao peritônio, acumulando líquido ascítico e a teoria de mediadores hormonais produzidos pelo tumor. O Derrame Pleural também não possui etiologia bem definida. Conclusão A Síndrome de Meigs cursa com resolução espontânea dos sinais e sintomas após ressecção completa do tumor. É de suma importância o diagnóstico e o manejo adequados  para o diagnóstico diferencial com síndromes neoplasias malignas, que possuem alta letalidade entre as condições ginecológicas

    Tumor de células germinativas não seminomatoso: Non-seminomatous germ cell tumor

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    Introdução: o Tumor de Células Germinativas Não Seminomatoso (TCGNS) é responsável por 1% das neoplasias em homens, sendo mais invasivo e agressivo quando comparado ao subtipo Seminomatoso. É o câncer de testículo com maior índice de metástase para ossos, SNC, fígado e pulmões. Apresentação do caso: JCN, sexo masculino, 25 anos, internado em serviço terciário com quadro de dispneia aos mínimos esforços, hemoptise, perda de peso e dor torácica de início há 06 meses. Iniciada investigação de massa mediastinal encontrada após exames de imagem, sendo classificada como carcinoma embrionário não seminomatoso de origem mediastinal pela punção por agulha grossa. Discussão: os TCGNS frequentemente apresentam metástases para o trato gastrointestinal, podendo evoluir com abdome agudo. Os sítios de maior acometimento são duodeno e intestino delgado, sendo as manifestações: obstrução intestinal, volvo, intussuscepção e hemorragia. Sendo assim, deve-se atentar à possibilidade de tumor testicular como diagnóstico diferencial de abdome agudo. Conclusão: os Tumores de Células Germinativas representam 95% dos tumores testiculares, sendo mais comuns em homens entre 15 e 35 anos, sendo que os TCGNS possuem pico entre 20 e 24 anos. A hereditariedade é o principal fator de risco. Estes possuem dificuldade para diagnóstico precoce e tratamento, pois se manifestam como massa unilateral, indolor e de crescimento lento. Radiografia de tórax, TC ou ressonância magnética podem ser utilizadas para rastreamento de metástases. O tratamento se dá pela orquiectomia radical inguinal com vigilância pós cirúrgica e, se necessária, terapia adjuvante com quimioterapia ou radioterapia

    Gestação após conização por lesão intra-epitelial de alto grau

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    A lesão intraepitelial é considerada de grau III quando as células atípicas comprometem mais de dois terços ou toda a espessura do epitélio, provocando displasia acentuada e carcinoma in situ, podendo evoluir para carcinoma invasivo (12 a 36% dos casos). Para impedir essa progressão, podem ser realizadas a exérese em alça larga da zona de transformação ou a conização. No entanto, este método excisional implica em complicações perinatais, por acarretar em insuficiência istmo cervical, levando à prematuridade. Relato de caso: Paciente, 24 anos, branca, casada, dona-de-casa, procedente de Sorocaba e GIIPIIA0. Paciente com antecedente de trabalho de parto prematuro há 5 anos, NIC III e conização há 1 e 4 meses por lesão de alto grau, engravidou após 6 meses do procedimento. Foi, então, submetida, na 12ª semana gestacional, ao procedimento de cerclagem. Ao completar 33 semanas, paciente deu entrada na emergência com diagnóstico de trabalho de parto prematuro, permanecendo internada durante dois dias, com realização de corticoterapia para maturidade pulmonar fetal. Após alta médica, orientou-se repouso em domicílio. Na 36ª semana, foi retirada a cerclagem, sendo que, após quatro dias entrou efetivamente em trabalho de parto, via vaginal, sem nenhuma intercorrência. Recém-nascido feminino, 2710g, apgar 9/9, Capurro concordante com idade gestacional de 36 6/7 semanas, tendo alta junto com a mãe após 48 horas. A cerclagem na gestação após conização é ainda um tratamento discutível e apresenta controvérsias na literatura. Enquanto alguns trabalhos demonstram que o parto prematuro pode ser reduzido por cerclagem cervical direcionada, outros reforçam que este procedimento após conização não reduziu a prematuridade. A realização da cerclagem no caso em questão impediu o parto prematuro e foi fator decisivo no desfecho materno-fetal. Mais estudos são necessários, inclusive para que se determinem protocolos de conduta para a cerclagem na gravidez após conização

    Hidrogel de acetato de celulose e EDTAD com extrato etanólico de própolis para aplicações em tratamentos de queimaduras de segundo grau

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    Introdução: Aproximadamente 20 milhões de pessoas sofrem de esquizofrenia no mundo. A incidência anual de esquizofrenia é de 2 a 4 por 10.000 indivíduos com idade entre 15 e 54 anos. Alterações bioquímicas estão presentes, sendo a mais importante a alteração do sistema dopaminérgico, que funciona em excesso durante os surtos psicóticos. A esquizofrenia é uma doença heterogênea com manifestações clínicas que se modificam rápida e facilmente. Relato de Caso: Paciente, 25 anos, gênero masculino, internado na Enfermaria de Psiquiatria do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS) devido a comportamento psicótico. Escuta vozes de conteúdo negativo desde os 18 anos, segundo ele, vozes inimigas e que zombam dele. Além disso, relatava alucinações visuais. Já chegou a tentar suicídio por comando das vozes, conversa com a televisão. Negava episódios de mania e hipomania. Nunca teve muitos amigos ou relacionamentos amorosos. Apresentava humor hipotético e afeto embotado. Chegou à enfermaria do CHS sem usar a medicação de costume (Clozapina) e logo no 1º dia de internação hospitalar foi introduzida a clozapina e aumentada a dose gradativamente. Discussão: O paciente encaixa-se nos quadros esquizofrênicos pelo seu distúrbio que apresenta distorções fundamentais e características do pensamento e da percepção e por afetos embotados. O início da doença pode ser abrupto e os fenômenos psicopatológicos mais importantes incluem o eco do pensamento, a imposição ou o roubo do pensamento, percepção delirante, idéias delirantes de controle, de influência ou de passividade, vozes alucinatórias que comentam ou discutem com o paciente na terceira pessoa, sintomas negativos. Entre os diagnósticos diferenciais encontram-se o delirium, transtorno esquizofreniforme, transtorno depressivo com características psicóticas e bipolar, transtorno psicótico breve, outro transtorno psicótico não especificado. Conclusão: O paciente preenche critérios para esquizofrenia porque apresenta delírios, alucinações e comportamento desorganizado há mais de 1 mês; não possui relações sociais; apresenta sinais contínuos de perturbação há 7 anos. Além disso, transtornos depressivos ou bipolares foram descartados e a perturbação não foi ocasionada por substâncias ou outras condições médicas e não há história de transtorno do espectro autista. A clozapina, instituída no tratamento, é um antipsicótico atípico e encontra-se no 4º passo do tratamento farmacológico de episódios agudos
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