33 research outputs found

    O método dialético de Hegel

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    A questão do método na Ciência da Lógica (CL) é uma das mais controvertidas na discussão da filosofia de Hegel. O artigo defende a opinião de que o "método absoluto" de fato apresenta uma estrutura formal definida e distinta que seja o princípio geral de todo o desenvolvimento do sistema hegeliano (maduro). Defende essa interpretação contra mal-entendimentos, sobretudo contra aquele que um tal método geral tornaria a CL num formalismo vazio. O método hegeliano é apresentado como método do determinar, sendo que a CL, fundamentalmente e originalmente, não é outra coisa que não uma teoria de determinações aprióricas do pensar, i. é, de categorias, regras e formas lógicas. O artigo argumenta em favor da pretensão à universalidade e incondicionalidade que Hegel atribui a seu método. Quer mostrar que é exatamente essa incondicionalidade do método, e nada mas, que sustenta a necessidade e a imanência do proceder do pensar puro e, com isso, sustenta toda a pretensão à "ciência absoluta" e ao "idealismo absoluto" hegeliano. No final, porém, o texto oferece uma crítica interna a este método, que modifica decisivamente a pretensão de Hegel, embora não a destrua fundamentalmente. É que o próprio contém um momento de indeterminação ou contingência. Essa crítica conduz ao conceito do "acaso" como princípio originário e intransponível de toda dialética e, com isso, de todo determinar-se. Determinação se realiza no acaso da dialética. O acaso dialético e o princípio de toda realidad

    Non-Standard Errors

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    In statistics, samples are drawn from a population in a data-generating process (DGP). Standard errors measure the uncertainty in estimates of population parameters. In science, evidence is generated to test hypotheses in an evidence-generating process (EGP). We claim that EGP variation across researchers adds uncertainty: Non-standard errors (NSEs). We study NSEs by letting 164 teams test the same hypotheses on the same data. NSEs turn out to be sizable, but smaller for better reproducible or higher rated research. Adding peer-review stages reduces NSEs. We further find that this type of uncertainty is underestimated by participants

    O existencial da liberdade: Hegel e as precondições da democracia

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    O artigo tenciona atualizar alguns aspectos fundamentais da Filosofi a Prática de Hegel com vistas àdiscussão atual sobre a democracia. Hegel oferece uma alternativa à compreensão básica do Políticonos grandes debates fi losófi cos atuais. Para ele, a sociedade civil e o estado não são, em primeiro lugar,espaços onde diferentes formas de poder são exercidas, cujas estruturas devem ser debatidas. Antes disso,o Político é o espaço da auto-efetivação de sujeitos na sua auto-compreensão como seres livres. Essaauto-compreensão precisa ser articulada pela fi losofi a. A discussão das formas de governo e das estruturasdas instituições públicas só pode ser iniciada a partir disso. Essa compreensão de si mesmo que determinatoda a vivência dos sujeitos ético-políticos é chamada aqui de “existencial da liberdade”: um existencialracional, comunitário e intersubjetivo. Este existencial articula-se como amor na família, como honraprofi ssional na sociedade civil, e, fi nalmente e mais perfeitamente, como patriotismo no estado, i.e., como“patriotismo da liberdade”. No fi nal do artigo, algumas consequências concretas dessa interpretação dateoria hegeliana para nossa compreensão da democracia contemporânea são explicadas

    Liberdade em Hegel

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    As normas da moral são as regras sob as quais o indivíduo livre limita livremente sua liberdade em prol da liberdade geral. As normas da lei (quando esta for justa) são regras sob as quais o indivíduo livre é forçado a limitar sua liberdade em prol da liberdade geral. Com isso quase todos os filósofos modernos concordam. A idéia genial e central da filosofia prática de Hegel é que as normas tanto da moral quanto da lei não são limitações da liberdade, mas o cumprimento dela, porque nelas e somente nelas a liberdade se realiza. O conceito dessa realidade geral da liberdade nas normas éticas é a "eticidade". Essa concepção Hegel desenvolve a partir da reflexão da vontade livre sobre si mesma. Quando o sujeito reflete sobre a realidade de sua própria vontade livre, ele, no processo dessa reflexão necessariamente chega à compreensão de que o cumprimento pleno de sua liberdade consiste na eticidade. O presente artigo tenta expor esse nexo lógico-conceitual. Em seguida, oferece algumas indicações concretas para a situação política atual, para, por fim, apontar um defeito que inclusive o conceito hegeliano de liberdade te

    A Benevolência na definição aristotélica da amizade

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    Aristóteles distingue três tipos de amizades: a amizade da virtude, do prazer e da utilidade. Todas essas exigem que os amigos se amem reciprocamente e que seu amor não fique escondido ao outro. Porém, há outro critério da amizade referente ao qual o texto parece ser vago: a benevolência, que em primeira instância, faz parte da definição geral da amizade. Vou referir-me, principalmente, aos capítulos III e IV do oitavo livro da Ética a Nicômaco, oferecendo uma interpretação de algumas passagens que me parece nova

    3. O “progresso na consciência da liberdade”: Um aspecto ético da Filosofia da História de Hegel

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    Some features of Hegel’s Philosophy of History make it hardly acceptable in the 21st century. It proposes a final destination (Endzweck) of history, together with a principle of rational, dialectic necessity to take it there. In fact, these conceptions are not as absurd as they may seem to contemporary eyes. Nevertheless, the article doesn’t pretend to defend them, but aims to show that there is, behind these two, a third principle which is well worth to be defended –and which, in fact, can systematically maintained without support from the other two. This we can call the “Principle of ethical asymmetry in history”. However, we also can name it by the formula Hegel himself coined: the “progress in the consciousness of liberty”. To explain this idea, the article evidences that the fundamental characteristic of all normativity is practical knowledge de se. In morality or ethics, this turns reflexive and self-determining. Liberty in Hegel’s sense effectively realizes this knowledge de se not only in a formal and abstract way, as in Kant, but concretely in history and in specific communities. However, since liberty in this process always remains linked to that normative self-comprehension which constitutes our practical self-consciousness, the processes of historical realization of liberty are normatively irreversible. Precisely for this process has an element of objective and unconditional aspect. The article concludes with some remarks as to how this principle of ethical asymmetry in history can serve as a basis of e new ethical theory which is strongly normative and, at the same time, sensitive to historic context an human finitude
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