31 research outputs found

    Estética e antropologia em Schiller

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    O presente artigo trata da relação dos conceitos de estética e de antropologia em Schiller, buscando mostrar sua dependência mútua e simultânea. O objetivo é evidenciar como, em Schiller, o estético está ligado a uma doutrina da humanidade, bem como esta vale-se da estética para se fundar enquanto tal. Para tanto, o texto reconstrói num primeiro momento a crítica de Schiller à moral kantiana, cuja rigidez impediria a manifestação e o desenvolvimento da sensibilidade, ao mesmo tempo que anula qualquer possibilidade de uma antropologia strictu sensu. Num segundo momento, o artigo busca mostrar como o projeto estético de Schiller de construção de uma antropologia filosófica depende do estabelecimento de uma nova forma de exposição dos conteúdos filosóficos, que ele denomina de filosofia estética

    A crítica do jovem Schelling à teologia de Tübingen no contexto da querela do panteísmo

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    O texto procura reconstruir os principais momentos da crítica de Schelling à chamada teologia ortodoxa de Tübingen. Em sua correspondência com Hegel, bem como em seus textos de juventude, Schelling procura mostrar ao amigo por que essa sua crítica à teologia se liga ao fato de ele ter “se tornado um espinosista”, o que insere o debate na chamada querela do panteísmo, iniciada pelo livro de Jacobi sobre Espinosa. Embora, em sua maior parte, siga o caminho de Fichte na interpretação da obra de Jacobi, Schelling ousa ir além do autor da Doutrina-da-ciência ao igualar Deus ao eu absoluto.The article attempts to show the main moments of Schelling’s criticism of the ortodoxal Theology of Tübingen. In his correspondence with Hegel, as well as in his texts as a young man, Schelling tries to show to his friend why this criticism of the theology is connected to the fact that he has become an Spinozist, what inserts the debate in the so called Pantheism Controversy, started with the Jacobi´s book about Spinoza. Although Schelling agrees with Fichte in his lecture of Jacobi´s book, he outgoes him by equating God and the very absolute self

    Ideias estéticas e imaginação poética em Hölderlin

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    O presente texto procura investigar o projeto estético de Hölderlin anunciado numa carta a Neuffer como um texto sobre ideias estéticas. A declaração, da mesma carta, de que o ensaio de Schiller Sobre graça e dignidade, apesar de não ter dado o necessário passo além do limite kantiano, teria apontado o caminho certo, servirá como fio condutor da presente investigação, cujo objetivo final é fornecer umainterpretação do fragmento Sobre a lei da liberdade, em que o poeta desenvolve uma fundamentação filosófica da imaginação poética

    O Titã de Iena: a recepção de Fichte por Hölderlin

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    Ao assistir as preleções Sobre o destino do erudito ministradas por Fichte em Iena em 1795, Hölderlin, numa carta a Hegel, define o filósofo como um titã lutando pela humanidade. A partir dessa imagem de Hölderlin, o presente texto procura mostrar a importância da oratória na filosofia de Fichte, em particular nas preleções ministradas em 1794 e 1795 quando de sua admissão na universidade de Iena. Intimamente ligada ao seu projeto de educação do erudito, a oratória constitui um modo de despertar o ouvinte, situado no plano da vida, por meio da palavra vivificada pelo espírito. A partir disso, o presente texto procura estabelecer um paralelo entre a formação do erudito em Fichte e a formação do poeta em Hölderlin

    A morte do poeta: Benjamin leitor de Hölderlin

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    The article, at first, seeks to contextualize the conditions for the appearance of Benjamin’s Two poems of Friedrich Hölderlin, using some historical facts, such as the death of his friend Fritz Heinle and Nobert von Hellingrath. Linked to the trigger of World War I, these deaths represent for Benjamin the death of an entire generation of young men, in whom he had placed all hope of revival of German culture. Hölderlin’s reading in this sense has a political end in seeking to counteract a aestheticizing interpretation of his poems, influenced by Stefan George’s circle. In a second moment, the article deepens the reading of Benjamin’s essay on Hölderlin, seeking to define the concept of “poetized” as a central concept of his art criticism, showing to what extent this concept serves as a counterpoint to the readings from the circle of George among them Hellingrath’s own.O artigo, num primeiro momento, busca contextualizar as condições de surgimento do ensaio Dois poemas de Friedrich Hölderlin, de Benjamin, recorrendo a alguns fatos históricos, como a morte de seu amigo Fritz Heinle e Nobert von Hellingrath. Ligadas ao estopim da Primeira Guerra Mundial, tais mortes representam para Benjamin a morte de toda uma geração de jovens, na qual ele havia depositado toda a esperança de renascimento da cultura alemã. A leitura que faz de Hölderlin, nesse sentido, tem um fim político, ao procurar combater uma interpretação esteticizante de seus poemas, influenciada pelo círculo de Stefan George. Num segundo momento, o artigo aprofunda a leitura do ensaio de Benjamin sobre Hölderlin, buscando definir o conceito de “poetificado” como conceito central de sua crítica de arte, evidenciando em que medida esse conceito lhe serve como contraposição às leituras provenientes do círculo de George, entre elas, a do próprio Hellingrath

    Sobre o destino em Hölderlin

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    Os deveres do erudito: filosofia e oratória em Fichte

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    O artigo procura investigar o papel da oratória na filosofia de Fichte, principalmente nas Preleções sobre o destino do erudito e em Sobre o espírito e a letra na filosofia. Para isso, procura mostrar, num primeiro momento, que a concepção de erudito [Gelehrter] de Fichte é devedora do conceito kantiano de gênio e ao mesmo tempo da concepção de Cícero segundo a qual é dever do erudito, na qualidade de educador, unir às suas qualidades filosóficas também as da oratória. Num segundo momento, o artigo refaz a distinção entre espírito e letra e procura mostrar como a oratória pode ser pensada como uma forma de despertar o espírito do ouvinte por meio de uma teoria da imaginação produtiva.The aim of this paper is to investigate the role of the speech in the philosophy of Fichte, mainly in the Vorlesungenüber die Bestimmung des Gelehrten and in the Über Geist und Buchstabe in der Philosophie. For this, tries to show, at first, that Fichte´s concept of scholar [Gelehrter] owes both the Kantian concept of genius and Cicero’s conception according to which it is the duty of the scholar, as an educator, attach to his philosophical qualities also that of oratory. Secondly, the article retraces the distinction between spirit and letter and tries to show how public speaking can be thought of as a way to awaken the spirit of the listener through a theory of productive imagination

    UM INIMIGO DO POVO: O LIVRE-PENSADOR E O SUICÍDIO

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    Partindo de uma leitura da peça Um inimigo do povo, de Ibsen, o presente texto procurará definir o livre-pensador como aquele que se opõe ao pensamento ou aos pensamentos dominantes, ousando pensar por si próprio. Ao fazê-lo, o livre-pensador se sacrifica, cometendo uma espécie de suicídio (material e moral), proveniente de seu amor incondicional pela sua comunidade. A partir da definição de Ibsen, o artigo procurará alguns exemplos na história do pensamento que a corroborem, como Sócrates, Galileu e Espinosa. No caso da arte, o texto tecerá algumas considerações acerca da transposição dessa condição do livre-pensador para o teatro, como acontece com o Galileu, de Brecht, e A morte de Empédocles, de Hölderlin. Ao final do texto, pretende-se mostrar que também Nietzsche possui uma concepção a respeito do livre-pensador, o qual deve se tornar atemporal e póstumo

    Kant e a admiração da natureza

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