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    Abrir espaço à saúde mental : estudo-piloto sobre conhecimentos, estigma e necessidades de intervenção relativas a questões de saúde mental, junto de jovens do 8º ano de escolaridade

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    O contexto escolar desempenha um importante papel ao nível da promoção de saúde mental, que é amplamente reconhecido (Ministério da Saúde, 2006; Gaspar, Pais Ribeiro, Matos & Leal, 2008; Patel, Flisher, Hetrick & McGorry, 2007).Os jovens são considerados um grupo ao qual deve ser dada particular atenção, na medida em que 4% dos jovens com idades entre os 12 e os 17 anos sofrem de depressão e o suicídio é a segunda principal causa de morte na faixa etária compreendida entre os 15-35 anos (WHO, 2005). Os paradigmas literacia em saúde mental e estigma têm suportado a nível teórico diferentes programas de promoção de saúde mental, quer a nível internacional, quer a nível nacional, cuja eficácia tem vindo a ser demonstrada. O presente estudo integra o projecto “Abrir Espaço à Saúde Mental”, que terá a duração de três anos, sendo que esta dissertação apenas compreende a faseinicial. O objectivo geral desta investigação é explorar os conhecimentos, o estigma e as necessidades que adolescentes de 8º ano apresentam relativamente a questões de saúde mental, bem como compreender a importância e a tipologia de acções em torno desta temática. De modo a atingir estes objectivos, foi realizado um focus group, com recurso a um guião previamente construído e recolhidos dados sociodemográficos, junto de sete jovens. Os discursos dos jovens foram analisados seguindo-se os princípios da “Análise de Conteúdo”, possibilitando a construção de um sistema de categorias. De um modo geral, em relação aos conhecimentos explicitados pelos participantes, destacam-se: o facto de parecer haver uma relação entre as doenças mentais enunciadas e os sintomas e características enunciados; o facto de os conhecimentos em relação aos fatores de risco e causas tenderem a valorizar aspetos sociais e relacionados com a saúde física; o facto de os conhecimentos evidenciados em relação à autoajuda, ajuda profissional e ajuda da rede social de suporte serem vagos e confusos; e o facto de a informação em relação à saúde e à doença mental ser, sobretudo, obtida através do contacto direto com o problema. Em relação ao estigma, de um modo geral, os participantes não explicitaram estereótipos, preconceitos nem comportamentos estigmatizantes em relação à Doença Mental.School has an important role to play in the promotion of mental health, which is broadly acknowledged (Ministério da Saúde, 2006; Gaspar, Pais Ribeiro, Matos & Leal, 2008; Patel, Flisher, Hetrick & McGorry, 2007). Young people are considered a group that needs to be targeted because 4% of youngsters between 12-17 years old suffer from depression, and suicide is the 2nd death cause between 15-35 years old (WHO, 2005). Mental health literacy and stigma are two theoretical concepts that have been supporting school-based interventions focused on mental health promotion. The effectiveness of these programs has been demonstrated. This study is part of the “Finding Space to Mental Health” project, which runs for 3 years. The present dissertation consists on the 1st phase of this study. The main goal of this study is to explore knowledge and stigma shown by young people from the 8th grade. The opinions of the participants about the relevance and the structure of this type of programs were also explored.To collect data, in order to achieve these goals, a focus-group was conducted with seven 8th grade students, supported by a script, and a socio-demographic questionnaire, both constructed for this purpose. The data that emerged from the focus-group was analyzed according to the “Content Analysis” method. Overall, the results show, in terms of knowledge, that: mental illnesses and symptoms identified seem to be related; knowledge about risk factors and causes tend to be related to social and physical health factors; knowledge about self-help, professional help and social support network help tend to be vague and confusing; and that information about mental illness is mainly obtained through direct contact with the problem. In terms of stigma, the results show that the 8th grade students didn’t show any behaviors considered to be prejudiced, stereotyped or discriminative
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