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    Associação entre a ooforectomia bilateral precoce e o desenvolvimento do parkinsonismo e Doença de Parkinson em mulheres na pré-menopausa

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    O parkinsonismo é um distúrbio do sistema nervoso de maior incidência masculina do que feminina, visto que, por mecanismos fisiológicos, o estrogênio possui efeitos neuroprotetores, com funções como aumento da dopamina, um neurotransmissor essencial para o controle das funções motoras. Além disso, previne a formação dos corpúsculos de Lewy e da agregação da α-sinucleína, responsáveis pela progressão da Doença de Parkinson. Por isso, a doença se apresenta diferentemente nas mulheres. A remoção cirúrgica de ambos os ovários em mulheres na pré-menopausa para a prevenção do câncer de ovário parece favorecer o surgimento da doença, tendo em vista a perda da produção do hormônio protetor. Assim, o objetivo do estudo é analisar a associação entre a ooforectomia bilateral precoce e o desenvolvimento de parkinsonismo e Doença de Parkinson em mulheres na pré-menopausa. Trata-se de uma revisão bibliográfica sistemática, do tipo quantitativa, que utilizou as plataformas do PubMed, SciELO e Cochrane Library como bases de dados para seleção dos artigos, todos na língua inglesa. Foram utilizadas literaturas publicadas com recorte temporal de 2017 a 2022. De acordo com as literaturas analisadas, a ooforectomia bilateral precoce em mulheres na pré-menopausa aumenta o risco do desenvolvimento de parkinsonismo. Desse modo, a diminuição dos procedimentos cirúrgicos profiláticos para câncer de ovário nas pacientes com risco médio de malignidade reduziria o risco dessa condição

    O CENÁRIO EPIDEMIOLÓGICO DA HEPATITE C NO BRASIL NO CONTEXTO DO PLANO NACIONAL PARA ELIMINAÇÃO DA HEPATITE C ATÉ 2030

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    Introdução/Objetivo: Dentre as hepatites virais, a hepatite C, causada pelo vírus HCV (Hepacivirus; Flaviviridae), é a responsável pelo maior número de óbitos no Brasil. Nesse cenário, o país desenvolveu o Plano Nacional para Eliminação da Hepatite C até 2030, buscando ampliar o acesso à prevenção, diagnóstico e tratamento dessa doença. O objetivo deste trabalho foi descrever a situação epidemiológica da hepatite C no Brasil entre os anos de 2017 e 2021. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo quantitativo conduzido a partir de dados extraídos dos boletins epidemiológicos da Secretaria de Vigilância em Saúde do ano de 2022 sobre os casos de hepatite C no Brasil de 2017 a 2021. Foram analisados os números de casos da infecção por ano em todos os estados brasileiros e por região. Resultados: Entre 2017 e 2021, foram notificados 99736 casos de hepatite C no Brasil, com redução ao longo dos anos. Nos extremos do intervalo, foram notificados 24174 casos em 2017 e 11166 em 2021, representando redução de 53,8%. O ano de 2018 foi o ano com o maior número de notificações (24899). A maior variação ocorreu entre 2019 e 2020 (de 23111 para 13386 casos). O perfil regional assemelha-se ao nacional, com a maior redução percentual e absoluta observada na região Sudeste (redução de 58,6%; de 12891 casos em 2017 para 5334 em 2021). Nas outras regiões, também foram observadas reduções nos números de casos entre 2017 e 2021: de 1139 casos para 600 no Norte (redução de 47,3%); 1863 casos para 1011 no Nordeste (diminuição de 45,7%); de 7245 casos para 3554 no Sul (redução de 46,3%); e 1022 para 665 casos no Centro Oeste (redução de 34,9%). O estado que concentrou o maior número de casos durante o período de estudo foi São Paulo (36656 casos; 36,8% das notificações do país), seguido do Rio Grande do Sul (19092 casos; 19,1% das notificações). Os estados que apresentaram aumento do número de casos entre 2017 e 2021 foram o Acre (25 para 43 casos; 72,0%), Amazonas (47 para 98 casos; 108,5%) e Goiás (114 para 120 casos; 5,2%). Conclusão: Os resultados demonstraram redução no número de notificações de hepatite C em todas as regiões do país, com o Sudeste concentrando as maiores taxas de redução, enquanto o Centro-Oeste apresentou o menor percentual de diminuição de notificações. Entretanto, a maior concentração de casos em São Paulo e Rio Grande do Sul sugere que o controle da doença no país ainda é deficiente e que as reduções podem ser oriundas de subnotificações

    O IMPACTO DA COBERTURA VACINAL CONTRA A MENINGITE MENINGOCÓCICA C SOBRE O NÚMERO DE CASOS DE MENINGITE C NO BRASIL ENTRE 2008 E 2022

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    Introdução/Objetivo: A meningite infecciosa consiste na inflamação das meninges e do espaço subaracnóide podendo ter etiologia viral ou bacteriana. A Neisseria meningitidis sorotipo C (meningococo C) é o patógeno causador de meningite bacteriana de maior importância para a saúde pública no Brasil pela gravidade do quadro e elevada letalidade. A meningite meningocócica (MM) é prevenível através de vacinação, incluída no Plano Nacional de Imunização (PNI) em 2010, a partir da qual os casos da doença diminuíram de forma significativa no país. Porém, a baixa adesão à vacinação nos últimos anos tem repercutido com o aumento do número de casos da doença. O objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre a cobertura vacinal contra o meningococo C no Brasil e os casos de meningite entre 2008 e 2022. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo quantitativo realizado a partir do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Foram coletados o número de casos de meningite tipo C no Brasil, por ano, por região, entre 2008 e 2022, bem como dados sobre a taxa de vacinação meningocócica C, por ano, entre 2010 e 2022. Resultados: De 2008 a 2022, o número de casos de MM, no Brasil, diminuiu em 50% (24. 342 casos em 2008; 12.194 em 2022), destacando a redução na região Nordeste (5.935 casos em 2008; 1.989 em 2022). De 2010 a 2022, a cobertura vacinal contra o meningococo C teve crescimento exponencial de 26,88% para 78,6%. De 2013 a 2016, ocorreu diminuição contínua da incidência de MM, com redução total de 18,6% de casos no período, no qual a taxa de vacinação foi maior do que 90%, com destaque para o Centro-Oeste, com 102,96%. De 2016 a 2017, observou-se aumento no número de casos (15.681 para 17.032, respectivamente). De 2018 a 2020, os casos voltaram a diminuir anualmente; porém, em 2021, a pandemia de COVID-19 e o intenso movimento antivacina comprometeram a cobertura vacinal. Assim, entre 2021 e 2022, a incidência de MM aumentou consideravelmente (6.855 casos para 12.194), mesmo período em que foram observadas as menores taxas de imunização (72,17% em 2021; 78,63% em 2022). Em 2022, o Sudeste apresentou a maior incidência de MM (6.668 casos). Conclusão: A baixa cobertura vacinal contra o meningococo C influencia no aumento da incidência de MM. Assim, é importante que medidas de incentivo à vacinação sejam intensificadas, a fim de alcançar os objetivos do PNI e ter maior controle sobre a ocorrência de meningite meningocócica no país

    O IMPACTO DA ADMINISTRAÇÃO DA VACINA TRÍPLICE VIRAL SOBRE OS CASOS DE SARAMPO NO BRASIL ENTRE 2013 E 2022

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    Introdução/Objetivo: O sarampo é uma doença infecciosa viral, aguda, contagiosa, prevenível pela administração da vacina tríplice viral (TV). Em 2016, o Brasil foi considerado região livre de sarampo pela Organização Pan-Americana de Saúde; porém, em anos posteriores, os casos da doença voltaram a ocorrer no país, provavelmente pelo comprometimento da situação vacinal da população. O objetivo deste trabalho foi analisar a relação entre a vacinação contra o sarampo e a ocorrência de casos da infecção no Brasil. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico descritivo quantitativo realizado a partir das notificações do Sistema de Informação de Agravos de Notificação, com coleta de dados sobre o número de doses aplicadas da vacina TV, no Brasil, por ano, por região, entre 2013 e 2022; e informações sobre o número de casos de sarampo confirmados por região de notificação no mesmo período. Resultados: No Brasil, houve redução de 15,8% no número de doses aplicadas de TV entre 2013 e 2022 (10.578.179 doses para 8.910.864). A principal redução ocorreu entre 2014 e 2015 (16.468.600 doses em 2014 para 7.988.924 em 2015; redução de 51,5%), mantendo-se em constante diminuição até 2017 (7.811.974 doses em 2016; 6.766.917 em 2017). Observou-se aumento expressivo de casos de sarampo entre 2017 e 2019 (3 casos em 2017; 9.329 em 2018; 21.433 em 2019), o que pode estar relacionado com a redução da vacinação nos anos anteriores. Em 2018, a maioria dos casos se concentrou na região Norte (9.240); em 2019, no Sudeste (18.646). No ano de 2018, observou-se aumento no número de doses de TV aplicadas (12.333.120 doses), assim como em 2019 (17.404.577 doses). Em 2020, foram notificados 8.151 casos de sarampo, sendo a maioria na região Norte (5180 casos; 63,6%), representando redução de 62% em relação ao ano anterior. Contudo, a pandemia de COVID-19 impactou a vacinação, ocorrendo redução no número de doses de TV aplicadas em 2020 e 2021 (13.058.670 e 6.426.949, respectivamente), com novo aumento em 2022 (8.571.933 doses aplicadas). Em 2021 e 2022, foram registrados, respectivamente, 701 e 83 casos de sarampo. Conclusão: Os resultados sinalizam que a ocorrência de casos de sarampo está diretamente relacionada à administração da vacina TV, observada a partir do aumento do número de casos da doença após anos com redução de doses vacinais aplicadas. Políticas públicas voltadas à vacinação contra o sarampo devem ser realizadas com o fito de controlar a transmissão desta infecção no Brasil

    ANÁLISE DOS CONHECIMENTOS SOBRE AS INFECÇÕES SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS: UMA PESQUISA COM A POPULAÇÃO EM SITUAÇÃO DE RUA DE FORTALEZA-CE

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    Introdução/objetivo: A População em Situação de Rua (PSR) representa um dos grupos sociais mais vulneráveis às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) em decorrência de geralmente viverem em um contexto de muitas privações e comportamentos de risco à saúde, como compartilhamento de utensílios perfurocortantes, sexo desprotegido e escasso acesso a medidas educacionais. Assim, compreender como as informações sobre as ISTs estão sendo repassadas para a PSR é de suma importância no contexto da saúde. Diante disso, esse trabalho objetiva analisar o conhecimento da PSR de Fortaleza acerca das ISTs e das suas formas de prevenção. Método: Trata-se de um estudo de campo, de abordagem quantitativa, utilizando dados coletados por meio de entrevista a PSR do Centro POP de Fortaleza a partir da iniciação científica em desenvolvimento intitulada “Avaliação dos conhecimentos da População em Situação de Rua de Fortaleza-CE sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis”, aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa. Para a construção do resumo, foram analisados 177 questionários, com foco nas práticas preventivas e no conhecimento sobre as ISTs e suas formas de prevenção. Resultados: A partir dos questionários analisados, 82,5% dos entrevistados afirmaram já ter tido relações sexuais sem preservativos, 38,4% teve mais de um parceiro sexual nos últimos 12 meses e 67,2% já fez testagem para diagnóstico de ISTs alguma vez na vida. Acerca dos conhecimentos sobre as ISTs, 24,3% informou que o HIV pode ser transmitido por compartilhamento de roupas e talheres; 52% afirmou não haver diferença entre um portador de HIV e uma pessoa com Aids e apenas 61,6% sabia que o HIV é transmitido por um vírus. Sobre as formas de prevenção, 50,8% dos participantes informaram que o preservativo masculino protege melhor do que o preservativo feminino contra as ISTs e 93,8% dos participantes consideraram o uso de camisinha e a testagem para ISTs formas eficazes de prevenção. Acerca dos medicamentos anti-HIV, 97,2% não sabia o que era a PrEP e 80% não sabia o que era a PEP. Conclusão: Evidencia-se o elevado grau de exposição à contração de ISTs por parte da PSR analisada, tendo em vista o grande número de relatos de relações desprotegidas e múltiplos parceiros sexuais. Além disso, o baixo conhecimento acerca de informações sobre a transmissibilidade e a prevenção das ISTs demonstra a necessidade de maior empenho público para aprimorar o acesso a informes de saúde, reduzindo os riscos de contaminação

    PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE NO BRASIL EM 2022

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    Introdução/objetivo: A dengue é uma infecção viral transmitida por fêmeas de mosquitos Aedes aegypti, com grande dispersão pelos trópicos, tendo a sua incidência influenciada por fatores como precipitação, temperatura e rápida urbanização. No Brasil, a doença é considerada um dos principais problemas de saúde pública e tem apresentado um preocupante crescimento. Neste contexto, o presente estudo teve como objetivo descrever o perfil epidemiológico da dengue no Brasil no ano de 2022. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo descritivo sobre as notificações de casos prováveis de dengue no Brasil no ano de 2022. A pesquisa foi realizada em junho de 2023 através da coleta de dados disponíveis no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN/DATASUS). Foram coletados os números de casos prováveis notificados em 2022, por mês, região, Unidade Federativa, faixa etária e evolução do quadro clínico. Resultados: No Brasil, foram notificados 1.409.951 casos prováveis de dengue em 2022, representando aumento de 165,36% em relação a 2021, em que foram feitas 531.336 notificações. Abril foi o mês em que ocorreu a maior notificação de casos prováveis (378.952; 26,88%), correspondendo ao período pós-chuva na maioria dos estados do país. A região Sudeste registrou a maior quantidade de notificações, com 453.993 (32,20% dos casos do país), tendo São Paulo como o estado com maior número de casos (351.589). A região Centro-Oeste registrou 343.189 casos (24,34% dos casos do país), com predominância no estado de Goiás (208.605). A região Sul totalizou 315.703 (22,39%) casos prováveis, com o Paraná registrando o maior número (161.426). A região Nordeste notificou 245.431 casos (17,41% dos casos do país), sendo o Ceará o seu estado mais afetado, com 42.772 casos. Já a região Norte registrou 50.980 casos (3,62%), com o estado do Tocantins registrando a maior quantidade (21.149). A faixa etária mais atingida no país foi a de 20 a 39 anos, ocorrendo em 35,82% dos casos prováveis. Com relação à evolução dos casos, a maioria das notificações evoluiu com cura (1.131.730; 80,27%). Conclusão: As notificações de casos prováveis de dengue no Brasil em 2022 revelam um aumento alarmante no número de casos em relação ao ano anterior, o que indica a necessidade de adoção de medidas preventivas pelas autoridades sanitárias do país para controlar a disseminação da doença
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