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Remoção de desreguladores endócrinos no tratamento de água
DE são compostos que interferem no sistema endócrino mesmo em baixas concentrações. Dentre estes compostos, podem-se destacar os hormônios, que estão presentes nos efluentes domésticos e não são eficientemente removidos nas ETE. Dessa forma, as principais fontes de captação de água para consumo humano estão sujeitas a contaminação. Por esse motivo, estudos sobre tratamentos da água que removam esses hormônios tornam-se relevantes. Nesse contexto, este artigo avalia a eficiência de remoção dos hormônios E1, E2, E3 e EE2 por diferentes tecnologias de tratamento. Foto-Fenton, UV/H2O2, UV/TiO2 e ozonização são eficientes na remoção, mas devido ao elevado tempo de contato e à possibilidade de toxicidade do TiO2, destaca-se a ozonização. Ademais, mais estudos devem ser realizados, principalmente para o estriol, que apresentou poucos estudos e baixa remoção na maioria dos tratamentos
Avaliação da atividade estrogênica em efluente da pecuária leiteira
A importância econômica da bovinocultura leiteira no Brasil tem atraído a comunidade científica no sentido de aprofundar os estudos sobre os sistemas de criação de gado em confinamento. Trata-se de um sistema amplamente difundido no meio rural e responsável pela geração de possíveis impactos, haja vista os elevados volumes de efluente com alta carga orgânica e de nutrientes, advindos da limpeza dos locais de confinamento. De matriz complexa, ainda é possível identificar no efluente a presença de micropoluentes orgânicos, como os desreguladores endócrinos (DE), advindos do manejo reprodutivo dos rebanhos. Nesse sentido, o presente trabalho busca caracterizar o afluente e o efluente da bovinocultura leiteira, tratado em biodigestor anaeróbio associado com um ciclo de recirculação. Também visa avaliar/quantificar a presença de atividade estrogênica atravésdo ensaio in vitroYeastEstrogenScreen (YES). O efluente em estudo é proveniente da fazenda da Embrapa Gado de Leite, localizada em Coronel Pacheco (MG), a qual trabalha com um sistema de produção de gado Girolandosemiconfinado. Após análises de amostras foi possível observar expressiva eficiência na redução de carga orgânica (65% de remoção de DQO e 89% de DBO) e baixa remoção de nutrientes. Os resultados evidenciaram que o tratamento não foi capaz de promover a remoção da atividade estrogênica no efluente
Remoção da atividade estrogênica por cloração
Encontrados em diferentes matrizes ambientais devido à ineficiência de remoção em estações de tratamento de esgoto, os denominados micropoluentes são alvos de estudos por causarem diversos efeitos adversos à saúde do ser humano, mesmo em baixas concentrações. São exemplos os hormônios, destacando-se o 17-β-estradiol (E2), o qual tem elevado potencial estrogênico e foi encontrado em mananciais superficiais no Brasil. Dessa maneira, o presente estudo tem como objetivo avaliar a cloração como modo de remoção da atividade estrogênica do E2 em diferentes condições de dose de cloro e tempo de contato previstos em norma, bem como quantificar a atividade estrogênica remanescente através do ensaio Yeast Estrogen Screen (YES). Para a dose de cloro de 0,5 mg.L‑1 e tempo de contato de 30 minutos, a remoção da atividade estrogênica foi de 98,6 ± 1,1%; e para a maior dose, de 5 mg.L-1, obteve-se 99,5 ± 0,1% de remoção no mesmo tempo. Avalia-se que tanto a dose quanto o tempo de contato foram significativos na remoção da atividade estrogênica. Mais estudos em busca de condições ótimas de cloração, identificação de subprodutos da reação e avaliação da remoção em diferentes tecnologias de tratamento são necessários