7 research outputs found

    Fatores de risco para histerectomia em mulheres brasileiras Risk factors for hysterectomy among Brazilian women

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    Realizou-se um estudo de caso-controle exploratório para investigar fatores de risco para histerectomia entre usuárias do setor público de saúde em Recife, Pernambuco, Brasil. Os 373 casos são mulheres com idade entre 30 e 54 anos, submetidas à histerectomia eletiva por condição pélvica benigna. Os controles, 742 mulheres com útero preservado, foram selecionados em centros de saúde. Os dados foram coletados em entrevistas, com um questionário estruturado e pré-testado, ou transcritos dos prontuários médicos. Com base em regressão logística múltipla não-condicional, foram identificados como fatores de risco para histerectomia: a renda familiar per capita relativamente maior, a nuliparidade e a paridade de até três filhos, a demanda por cuidados médicos por problemas menstruais, o antecedente de distúrbio menstrual ou de morbidade do colo uterino, a hospitalização por causa ginecológica e a presença de laqueadura tubária antes dos trinta anos. A história prévia de filho nascido morto e a menopausa se constituíram em fatores de proteção.A case-control study was conducted to investigate risk factors for hysterectomy among women using the public health system in Northeast Brazil. The cases were 373 women aged 30-54 years that had undergone elective hysterectomy for benign pelvic conditions. Controls were 742 women with preserved uterus selected from public health clinics. Data were collected through a review of medical records and a personal interview using a structured, pre-tested questionnaire. Unconditional multiple logistic regression was applied in the analysis. Women at greater risk for hysterectomy were those with a higher per capita family income, zero to three children, a history of medical consultation for menstrual problems, hospitalization for gynecological problems, or tubal ligation before age 30 years. Menopause and a history of stillbirth appeared as protective factors in the statistical analysis

    Avaliação da qualidade da atenção ao aborto: protótipo de questionário para usuárias de serviços de saúde

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    No Brasil, são escassas as pesquisas sobre a qualidade da atenção ao aborto inseguro. O presente artigo visa a apresentar a primeira etapa da construção de instrumento para estudo sobre a assistência hospitalar prestada pelo Sistema Único de Saúde em três cidades. Foram definidas quatro dimensões essenciais da atenção – acolhimento e orientação, qualidade técnica do cuidado, continuidade da atenção, insumos/ambiente físico – e respectivos critérios. Procedeu-se à adaptação transcultural de conjunto de itens propostos pela Organização Mundial da Saúde. Para dar conta de dimensões e critérios não contemplados pelo conjunto original de perguntas, optou-se por adaptar questões de outros estudos e adicionar outras elaboradas pela própria equipe. O questionário foi pré-testado em 52 usuárias, nas três cidades, para avaliar a aceitação e compreensão, o tempo de aplicação e ajustes finais. O instrumento totalizou 55 itens, organizados segundo os momentos assistenciais, cujo uso mais amplo depende de avaliações psicométricas em desenvolvimento e que se seguirão em outros artigos

    Atenção ao aborto no Sistema Único de Saúde no Nordeste Brasileiro: a estrutura dos serviços

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    Objetivos: avaliar a estrutura de maternidades que prestam atenção a mulheres em situação de abortamento no Sistema Único de Saúde, em Salvador, Recife e São Luís. Métodos: foram selecionadas três maternidades em cada capital. Os dados foram obtidos por entrevista com gerente do serviço ou equipe de direção e observação direta. Utilizou-se instrumento com 120 questões pontuadas abrangendo seis componentes - planta física, recursos materiais, recursos humanos, materiais de consumo, educação em saúde e ferramentas de gestão que incorporam quatro dimensões de avaliação - insumo/ambiente físico; qualidade técnica e gerencial do cuidado; acolhimento/orientação e continuidade da atenção. Os resultados foram categorizados pelo percentual obtido em relação ao máximo esperado: suficiente (B a 80%); intermediário (de 50% a 79%); insuficiente (< 50%). Resultados: os componentes melhor pontuados foram planta física, recursos materiais e material de consumo. Educação em saúde e ferramentas de gestão tiveram pior pontuação. Nenhuma unidade atingiu nível considerado suficiente. Sete foram classificadas no nível intermediário e duas insuficiente. Conclusões: as unidades estudadas não apresentam estrutura adequada para o modelo de atenção ao abortamento preconizado. Há necessidade de intervenções para qualificar a estrutura dos serviços para a atenção ao aborto e promover a huma-nização do cuidado
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