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    Tensions and intentions in the school-work transition: a study of the experiences and perceptions of youngsters in the city of São Paulo

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    Esta tese tem por objetivo compreender as tensões e intenções que regem a transição da escola ao trabalho, analisando como elas são vividas e percebidas em um contexto de crescente demanda por escolaridade e formação e, simultaneamente, de decrescente possibilidade de absorção pelo mercado de trabalho de parcela não desprezível da população economicamente ativa, especialmente a jovem. Utiliza-se da metodologia qualitativa baseada em entrevistas abertas e em profundidade e na observação em dois locais de procura de trabalho: as agências privadas de intermediação de emprego localizadas no maior cluster de intermediadores, situado no Centro da cidade de São Paulo, e a principal instituição brasileira de intermediação de trabalho sob a forma de estágios, o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE). Foram entrevistados 45 jovens, de ambos os sexos, com idades variando entre 16 e 28 anos, que tinham pelo menos a escolaridade média e que estavam procurando trabalho. O trabalho de campo desenvolveu-se entre os meses de fevereiro e outubro de 2006. A tese estrutura-se em duas partes: na primeira, de caráter teórico, analisam-se os conceitos de qualificação, inserção, transição e juventude; na segunda, discorre-se sobre os procedimentos que nortearam a coleta de dados e a análise, e apresentam-se os resultados obtidos.The aim of this doctoral dissertation is to understand the tensions and intentions that guide the transition between school and work in a context of ever-growing demand for schooling and education and decreasing possibility of access to good quality jobs for a not negligible portion of the population, mainly for young people. A qualitative methodology was used to grasp how this transition is experienced. The field work took place between February and October 2006, based on open and in-depth interviews, as well as on observation at two job-search spaces: employment agencies located in the largest cluster of such firms in downtown São Paulo and the main Brazilian trainee recruitment institution, the Firm-School Integration Center (CIEE). Interviews were carried out with forty-five youngsters of both sexes, between 16 and 28 years of age, who had at least secondary schooling and were looking for a job. The dissertation is divided into two parts: the theoretical part discusses the literature on skills, insertion, transition, and youth; the second part presents the data collection and analysis procedures, as well as the research results

    Quoi de nouveau dans le dabat sur la qualification du travail? Reflexions sur ce concept en prennant come base les oeuvres de Georges Friedmann e Pierre Naville.

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    Esta dissertação visa compreender o conceito de "qualificação do trabalho" tendo por base a obra de dois sociólogos franceses, Georges Friedmann e Pierre Naville, sociólogos que primeiro analisaram essa questão no século XX. Se a qualificação tem sido estudada desde a década 40, quando predominava a "organização taylorista/fordista" do trabalho, ela adquiriu novo contorno e destaque a partir dos anos 80, em virtude das transformações tecnológicas, econômicas, políticas e culturais que atingiram o mundo do trabalho. A passagem de um "modelo de produção rígida" para um "novo paradigma de produção", assentado na 'especialização flexível", tem demandado dos trabalhadores não apenas conhecimentos objetivos, formais e explícitos, mas também amplas habilidades cognitivas e comportamentais, tais como iniciativa, criatividade, cooperação, liderança, etc., para enfrentar os imprevistos da produção. Em uma palavra, as referidas mudanças estariam colocando em xeque o trabalhador especializado e exigindo um trabalhador polivalente. A partir daí, abriu-se um debate na sociologia: essas inovações seriam sinônimo de um trabalho caracterizado não mais pela dicotomia "concepção X execução", mas sim por uma divisão menos acentuada, na qual prevaleceria uma maior/nova qualificação dos indivíduos? Se, porém, a qualificação tem ganho destaque, ela tem sido simultaneamente questionada pela noção de competência(s), que supostamente daria conta dessas características subjetivas hoje valorizadas e requeridas pelas empresas. Nesse sentido, torna-se relevante perguntar qual a pertinência da continuidade do uso social e científico do próprio conceito de qualificação: a passagem de um paradigma produtivo a outro requer, necessariamente, a transformação das próprias palavras? Se assim o for, a qualificação pode ser substituída, sem mais, pela competência? Apesar das novidades contidas nas transformações descritas, várias das questões hoje enfatizadas no debate da qualificação já estavam presentes na reflexão de Friedmann e Naville, autores que não apenas fundaram a sociologia do trabalho na França, como também foram os precursores, respectivamente, das chamadas visões "substancialista" e "relativista" da qualificação. Dessa maneira, esta pesquisa busca analisar o fenômeno da qualificação do trabalho do ponto de vista teórico, a fim de saber se e em que medida as reflexões de um ou de ambos os autores podem contribuir para se pensar o conceito atualmente.Cette dissertation vise comprendre le concept « qualification du travail » ayant pour base l'oeuvre de deux sociologues français: Georges Friedmann et Pierre Naville. Ce sont eux qui premièrement analysèrent cette question dans le XXe siècle. Si la qualification du travail est étudiée depuis la décennie de 40, quand prédominait "l'organisation tayloriste/fordiste" du travail, elle acquit un nouveau contour et place préponderante à partir des années 80, en raison des transformations technologiques, économiques, politiques et culturelles qui atteignirent le monde du travail. Le passage dun "modèle de production rigide" pour un nouveau "paradigme de production", centré sur la "spécialisation flexible", demande aux travailleurs non seulement des connaissances objectives, formelles et explicites, mais aussi des larges habilités cognitives et de comportement, telles que: l'iniciative, la créativité, la coopération, l'esprit de leader etc, pour faire face aux imprévus de la production. En somme, les changements référés seraient en train de mettre en échec le travailleur spécialisé, en exigeant un travailleur polyvalent À partir de cela, un débat s'ouvrit dans la sociologie: ces innovations seraient synonime d'un travail caracterisé non plus par la dichotomie conception/exécution, mais pour une division moins accentuèe, dans laquelle prévalerait une nouvelle qualification des individus? Si la qualification gagne de l'évidence, d'autre part elle est simultanément mise en question par la notion de compétence(s), qu'on peut supposer, contiendraient ces caractéristiques subjectives, aujourdhui valorisèes et exigèes par les entreprises. Dans ce sens, c'est important questionner sur la pertinence de la continuité de l'usage social et scientifique du propre concept de la qualification: est-ce que le passage d'un paradigme productif à un autre demande, nécessairement, la transformation des propres mots? Si c'est ainsi, la qualification peut être substituée, sans plus, par la compétence? Malgré les nouvelles contenues dans les transformations décrites, quelques questions aujourdhui mises en relief dans le débat sur la qualification étaient déjà présentes dans la reflexion de Friedmann et Naville, auteurs qui pas seulement fondèrent la sociologie du travail en France, comme furent aussi les précurseurs respectivement des visions appelèes "substantialistes" et 'relativistes" de la qualification. De cette manière, cette recherche vise analyser le phénomène de la qualification du travail sous le point de vue théorique, pour savoir si, et dans quelle mesure, les reflexions d'un ou des deux auteurs peuvent contribuer pour penser ce concept actuellement

    ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A QUALIFICAÇÃO DO TRABALHO A PARTIR DA SOCIOLOGIA FRANCESA DO PÓS-GUERRA

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    Este artigo procura refletir sobre a pertinência histórica e analítica do conceito de qualificação do trabalho , em um contexto social que tem demandado a sua substituição pela noção de competência . Para isso, busca compreendê-lo do ponto de vista teórico, tendo por base o pensamento de Georges Friedmann e Pierre Naville (especialmente o deste último), os pais da sociologia do trabalho na França, no pós-guerra. É nesse país e nesse período que a qualificação começa a adquirir centralidade: ela se torna não apenas um aspecto da prática política e social como, também - e talvez por isso mesmo -, o objeto por excelência da disciplina nascente. Isso significa que a qualificação tem uma história social e interpretativa, e é só por meio dela que se pode decretar ou não o fim de sua vigência analítica. O texto argumenta que as contribuições de Naville, como precursor da chamada visão relativista da qualificação - aquela que a concebe como socialmente construída -, são fundamentais para se pensar o debate qualificação versus competência
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