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Estudo retrospectivo dos primeiros três meses de pandemia da Covid-19 em Alagoas
Introdução: Desde o final de 2019 as autoridades mundiais de saúde, estavam preocupadas com os casos de COVID-19 que apareceram e que cresceram a cada dia. A doença se espalhou para as capitais dos principais países europeus, incluindo Estados Unidos e América do Sul, e que rapidamente se expandiu para proporções de pandemia. O agente etiológico é um vírus letal e muito contagioso, e apresenta diversas variantes atualmente no mundo. Objetivo: Mapear os casos de COVID-19 no estado de Alagoas nos primeiros três meses de pandemia. Métodos: Estudo epidemiológico, descritivo e transversal com coleta de variáveis a partir da base de dados on-line disponível no Sistema de Informações Hospitalares da Secretaria de Estado da Saúde chamado Centro online de informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde de Alagoas. Resultados: Durante os 3 primeiros meses da pandemia foi observado uma menor taxa de mortalidade comparado ao Brasil. No entanto, a incidência acompanhou aquelas observadas nos demais estados brasileiros. Foi registrado que 443 dos 10288 casos confirmados foram a óbito, resultando em mortalidade de 4,3%, dos quais, 44% dos óbitos foram do sexo feminino e 56% masculino. Conclusão: Nessa pesquisa foi demonstrado que os três primeiros meses de pandemia em Alagoas foi possível constatar um aumento gradativo nos números de casos de COVID-19. A mortalidade no estado foi de 4,3%, demonstrando incidência menor quando comparado com a população geral do Brasil no mesmo período
Caracterização epidemiológica da Monkeypox (Varíola dos Macacos) no estado de Alagoas
Monkeypox (MKP) é o vírus causador da doença da varíola do macaco, pertence à família Poxviridae, e gênero Orthopoxvirus. A transmissão do vírus de animais para humanos pode ocorrer pelo contato com fluidos contaminados, arranhaduras, mordidas e até consumo das carnes contaminadas. Entre humanos, a transmissão pode ocorrer principalmente por meio de grandes gotículas respiratórias, contato próximo ou direto com lesões cutâneas e objetos contaminados. No Brasil, o primeiro caso notificado de Monkeypox ocorreu no estado de São Paulo em junho de 2022, ainda durante a pandemia contra o vírus COVID-19. Descrever as características epidemiológicas dos casos notificados e confirmados de monkeypox no estado de Alagoas, comparando com o cenário brasileiro e mundial. Estudo descritivo, epidemiológico e de corte transversal, através da coleta de dados públicos disponíveis na Secretaria do Estado da Saúde de Alagoas (SESAU-AL), boletins epidemiológicos especiais desenvolvidos pelo Centro de Operações de Emergência em Saúde Pública Nacional (COE) e DATASUS, entre os meses de agosto de 2022 a abril de 2023. As variáveis estudadas foram faixa etária, gênero, casos notificados e confirmados, óbitos e recuperados, sinais e sintomas, distribuição regional e prevalência. Das 521 notificações, 26 (5%) foram confirmados, 88% eram do sexo masculino e 26,3% entre 20 e 29 anos. Nenhum óbito foi registrado no estado durante o período estudado. A maior incidência de casos ocorreu na 1ª região sanitária. Erupções cutâneas, febre e cefaléia foram os sinais e sintomas mais frequentes. O vírus monkeypox apresentou comportamento similar em Alagoas quando comparado à outras regiões do Brasil e do globo. Indivíduos que apresentem história clínica compatível associado ao aparecimento de lesões cutâneas, devem ser sempre investigados quanto a possibilidade de infecção pelo vírus
New Brazilian variant of the SARS-CoV-2 (P1/Gamma) of COVID-19 in Alagoas state
Since the beginning of 2020, health authorities have been monitoring the cases of Coronavirus Disease 2019 (COVID-19), which has grown every day in Brazil and around the world, becoming pandemic. The new coronavirus, also called SARS-CoV-2 by scientists spreads rapidly, causing fear, deaths, and threats for the economy of several countries. This work aimed to describe the clinical characterization of the first cases of a new Brazilian variant of SARS-CoV-2 (P1) in the State of Alagoas, which occurred on February 16th, 2021. Two cases are described: first, a person infected in Amazonas State, where the new variant P1 was first described, who migrated to Alagoas State, and second, a case of probable community transmission within Alagoas, since the patient had no history of recent travel. In both confirmed cases the symptoms were mild. Further studies are necessary to better understand the clinical behavior of P1 SARS-CoV-2 variant and also the associated sequelae in the context of COVID-19
BAIXA PREVALÊNCIA DE NÃO RESPOSTA VIROLÓGICA NO RESGATE ANTIRRETROVIRAL E FATORES ASSOCIADOS EM UMA COORTE DE PACIENTES VIVENDO COM HIV-1 COM FALHA VIROLÓGICA E RESISTÊNCIA A MÚLTIPLOS ANTIRRETROVIRAIS
Terapias de resgate foram pouco estudados no atendimento clínico de rotina, fora das condições de um estudo randomizado. O objetivo do nosso estudo foi analisar a taxa de não resposta ao tratamento antirretroviral, em pacientes multiexperimentados a antirretrovirais, recebendo esquema de resgate. Análise retrospectiva de prontuários. Foram considerados respondedores ao tratamento de resgate aqueles pacientes que obtiveram carga viral indetectável em até 24 semanas após introdução do esquema de resgate antirretroviral. A análise de resistência foi baseada em teste de genotipagem. Os fatores analisados foram: sexo, idade, carga viral e CD4 no início do tratamento de regate, tempo de negativação da carga viral entre os respondedores, comorbidades associadas, infecções oportunistas prévias, histórico antirretroviral, número de medicamentos ativos no esquema e uso de novas classes. Os dados foram analisados no programa estatístico STATA versão 13.0 (StataCorp LP, CollegeStation, Texas, USA). Cento e quarenta pacientes multiexperimentados, no período de julho de 2008 a março de 2016. No basal, foi observado LT CD4+ superior a 200 células/mm3 em 52,1% dos pacientes e carga viral inferior a 100 mil cópias/mL em 50,7%. O número médio de falhas prévias foi de 5 (1-12 falhas), com uma média de 159 meses do diagnóstico de infecção pelo HIV. Ao resgate, aproximadamente metade dos pacientes receberam 3 ou 4 medicamentos ativos. Cento e doze (80,0%) utilizaram novas classes. Cento e trinta e um (93,5%) foram considerados respondedores ao tratamento de resgate. O tempo médio para resposta foi de 6,7 meses. Nove pacientes continuaram com a carga viral detectável após o tratamento de resgate (Prevalência: 6,4%; [IC 95% 3,0 - 11,9]). Na análise bivariada os fatores associados significativamente à não resposta foram: etilismo (p = 0,048), menos de 2 medicamentos ativos no resgate (p = 0,007) e LT CD4+ prévio inferior a 200 células/mm3 ao resgate (p = 0,017). Na regressão logística múltipla LT CD4+ inferior a 200 células/mm3, previamente ao resgate, e a utilização de menos de dois medicamentos ativos no resgate foi independentemente associado à não resposta virológica. Pacientes multiexperimentados e com resistência antirretroviral, submetidos à terapia de resgate apresentaram alta taxa de resposta virológica, sendo que LT CD4+ inferior a 200 cél/mm3 prévios ao resgate e uso de menos de dois medicamentos ativos foram independentemente associados falha terapêutica
Atuação da enfermagem na pandemia da covid-19: Revisão de literatura / Nursing performance in the covid-19 pandemic: Literature review
Esta pesquisa se justifica, em razão da importância do conhecimento científico e da abordagem que o profissional enfermeiro deve ter frente à pandemia. Visto, que um estado pandêmico mobiliza todos os profissionais em especial o enfermeiro (a), a colocar-se frente a desafios de cuidados e práticas ainda desconhecidos pela ciência. O presente trabalho objetivou verificar na literatura a atuação da enfermagem frente à pandemia. Trata-se de um artigo de revisão integrativa da literatura, onde os dados foram encontrados na Lilacs, PubMed, Medline, SciELO, e Google Acadêmico no período de 2016 a 2021. A enfermagem atua como protagonista indireto e direto na saúde pública do Brasil. Indiretamente, na organização dos serviços de saúde em diversos setores, por assumir a um papel importante para atuar com o provimento seja de insumos e materiais necessários, e a requisição e checagem do recebimento e distribuição nos setores. Na atuação direta a equipe de enfermagem atua na linha de frente em cuidados aos pacientes nos hospitais e unidades de saúde. Da mesma forma a enfermagem atuou no manejo da organização, realização e cuidados da imunização da população, além também da realização de capacitações com os demais profissionais de saúde para o manuseio correto do ambiente hospitalar seja na unidade de terapia intensiva ou na semi-intensiva, e assim, mantendo o adequado ambiente de tratamento para a COVID-19