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    Leituras antropológicas da educação e suas relações com o capacitismo na obra de Kamome Shirahama

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    The present article has as its object of study the fantasy manga Witch Hat Atelier, written by the Japanese screenwriter and designer Kamome Shirahama. It analyzes the academic universe of the story and its relations with its characters, especially those with disabilities. The main goal of this research is to understand the connections between different anthropological readings of education and the process of structural ableism established in the fictional society of the manga, understanding how these associations represent the often repressive context of education. This project is a qualitative research of theoretical nature, which constitutes a case study of the first nine volumes of the Witch Hat Atelier manga, published in Brazil between July 2019 and November 2021 by Panini Comics. This paper’s conclusion is that the author, by creating a story permeated by troubled relationships between masters and apprentices, allows us to reflect on how traditional and fundamentally technical education can be inefficient when dealing with students who diverge from the standard of expectations stimulated by a society that does not observe the student in his/her cultural, historical and social totality. Therefore, we are induced by the plot to search for subversive solutions to this system, which can reach the concepts of liberating and humanized education, as idealized by the patron of Brazilian education Paulo Freire (1921–1997).En el presente artículo, tenemos como objeto de estudio el manga de fantasía Atelier of Witch Hat, de la guionista y diseñadora japonesa Kamome Shirahama. En él, analizamos el universo académico retratado en la historia y las relaciones con sus personajes, especialmente aquellos con discapacidad. El objetivo central de la investigación es comprender las conexiones entre diferentes lecturas antropológicas de la educación y el proceso de capacitismo estructural establecido en la sociedad ficticia del manga, buscando entender cómo estas asociaciones representan el contexto a menudo represivo de la educación. El proyecto se constituye como una investigación cualitativa, de naturaleza teórica, siendo un estudio de caso de los nueve volúmenes iniciales del manga Atelier of Witch Hat, publicados en Brasil entre julio de 2019 y noviembre de 2021 por la editorial Panini Comics. Como resultado, concluimos que la autora, al crear una historia permeada por relaciones conflictivas entre maestros y aprendices, nos permite reflexionar sobre cómo la educación tradicional y fundamentalmente tecnicista puede ser poco eficiente al tratar con alumnos que difieren del estándar de expectativas estimulado por una sociedad que no observa al estudiante en su totalidad cultural, histórica y social. De esta manera, el argumento nos induce a buscar soluciones subversivas a este sistema, que pueden llegar a los conceptos de educación liberadora y humanizada, como los ideados por el patrón de la educación brasileña Paulo Freire (1921–1997).No presente artigo, temos como objeto de estudo o mangá de fantasia Atelier of Witch Hat, da roteirista e designer japonesa Kamome Shirahama. Nele, analisamos o universo acadêmico retratado na história e as relações com seus personagens, especialmente aqueles com deficiência. O objetivo central da pesquisa é compreender as ligações entre diferentes leituras antropológicas da educação e o processo de capacitismo estrutural estabelecido na sociedade fictícia do mangá, buscando entender como essas associações representam o contexto muitas vezes repressivo da educação. O projeto constitui-se como uma pesquisa qualitativa, de natureza teórica, tratando-se de um estudo de caso dos nove volumes iniciais do mangá Atelier of Witch Hat, publicados no Brasil entre julho de 2019 e novembro de 2021 pela editora Panini Comics. Como resultado, concluímos que a autora, ao criar uma história permeada por relações conturbadas entre mestres e aprendizes, permite-nos refletir sobre como a educação tradicional e fundamentalmente tecnicista pode ser pouco eficiente ao lidar com alunos que divergem do padrão de expectativas estimulado por uma sociedade que não observa o estudante em sua totalidade cultural, histórica e social. Dessa forma, somos induzidos pelo enredo a buscar por soluções subversivas a esse sistema, que podem chegar aos conceitos de educação libertadora e humanizada, como idealizados pelo patrono da educação brasileira Paulo Freire (1921–1997)
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