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    MODELAGEM HIDROCLIMÁTICA E DEMOGRÁFICA PARA ESTIMATIVA DA DISPONIBILIDADE HÍDRICA NA BACIA HIDROGRÁFICA DO RIO BRÍGIDA

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    Entre os problemas de ordem ambiental mais discutidos pela sociedade contemporânea, destaca-se os impactos das mudanças climáticas sobre os recursos hídricos. Porém, a extensão dos efeitos ainda é incerta. Nesse sentido, o objetivo do presente estudo consistiu em avaliar os impactos das mudanças climáticas e demográficas sobre a disponibilidade hídrica per capita na bacia hidrográfica do rio Brígida. Para isso, foi utilizado o modelo hidrológico SWAT que, após calibração, foi abastecido com os dados dos possíveis cenários gerados pelos simuladores climáticos CCCMA e MIROC. Em seguida, foi projetado contingente populacional. Posteriormente, calculou-se a disponibilidade hídrica potencial atual e futura. Em relação a calibração do SWAT, para a estimativa da vazão anual da bacia hidrográfica do rio Brígida, obteve-se resultados classificados como muito bons, com Nash-Soutclife = 0,92, Peaerson = 0,92, PBIAS = 0,6%. Quanto aos cenários projetados pelos modelos climáticos CCCMA e MIROC, o primeiro indicou aumento de 21% na precipitação pluviométrica, enquanto o segundo, sugere redução de 17%. Em relação às projeções demográficas, verificou-se que, para a segunda metade do presente século, houve um incremento de 39,6% no número de habitantes na bacia, quando comparado ao ano de 2010. No que diz respeito ao quadro de disponibilidade hídrica per capita, a situação é classificada como crítica para o período analisado. Apesar dos dados climáticos sugerirem condições climáticas opostas em relação às chuvas, a disponibilidade hídrica, por habitante, por ano variou na faixa classificada como de Estresse Hídrico e Escassez hídrica para os dois cenários gerados pelos modelos. Este resultado encontra-se diretamente relacionado ao crescimento populacional e não investimento em infraestruturas. Desse modo, conclui-se que a combinação entre mudanças climáticas e crescimento populacional possui potencial para agravar o problema da escassez hídrica na região semiárida

    AVALIAÇÃO DA TENDÊNCIA ESPAÇO-TEMPORAL DA PRECIPITAÇÃO PLUVIOMÉTRICA EM UMA REGIÃO SEMIÁRIDA DO ESTADO DE PERNAMBUCO

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    Os eventos extremos de precipitação pluviométrica são frequentemente investigados por parte da comunidade científica devido aos prejuízos socioeconômicos causados pelo excesso ou escassez de chuvas em determinadas regiões do mundo. No Nordeste brasileiro, diversos problemas como migrações, fome e mortes têm relação com as recorrentes secas que, historicamente, assolam a região. Ainda assim, estudos sobre as variabilidades climáticas no Semiárido são escassos e generalistas, sobretudo aqueles onde se busca investigar possíveis relações com as mudanças climáticas globais, uma das maiores ameaças do presente século. Deste modo, a presente pesquisa objetiva analisar a tendência espaço-temporal de diferentes índices de precipitação pluviométrica na em uma região semiárida do estado de Pernambuco e a influência da Temperatura de Superfície do Mar (TSM) dos Oceanos Pacífico e Atlântico na variabilidade pluviométrica da região. Foram calculados nove índices climáticos de precipitação relativos à intensidade diária, DCS, DCC e PRCPTOT com a utilização dos softwares Rclimdex e Climap. O teste Mann-Kendall (MK) foi aplicado neste estudo para detectar possíveis alterações de ordem climática das séries temporais de precipitação. Os índices climáticos foram correlacionados com dados da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) dos oceanos Pacífico e Atlântico. Verificou-se significativa variação espacial dos sinais de tendência e nível de significância estatística, indicando diminuição das chuvas na região estudada. Constatou-se que as precipitações com tendências negativas são influenciadas pelas variações da TSM nos oceanos Pacífico e Atlântico, evidenciando que o fenômeno El Niño influencia na redução das chuvas na região, assim como o Dipolo do Atlântico
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