9 research outputs found
Prevalência e fatores de risco para infecção por Dirofilaria Immitis em cães do município de Sousa, semiárido da Paraíba
Dirofilaria immitis é um parasito de coração e de grandes vasos que acomete principalmente cães domésticos, considerada uma infecção e zoonose reemergente nos últimos anos. Objetivou-se determinar a prevalência, fatores de risco e demográficos de D. immitis em cães no município de Sousa. Para isso, foram avaliados 320 cães aleatoriamente, sendo 160 domiciliados e 160 errantes, provenientes de 32 bairros do município de Sousa. Foi realizado o exame clínico, coleta de sangue e dados epidemiológicos de cada animal. O ambiente foi observado visualmente quanto as condições de saneamento no momento de avaliação. Para pesquisa de microfilárias, foram realizados três métodos: esfregaço sanguíneo periférico, de sangue fresco e teste de Knott-modificado, associado ao diagnóstico morfométrico das microfilárias. Os dados foram submetidos a estatística uni e multivariadas. Obteve-se prevalência de 17,5% (56/320) animais positivos para D. immitis, sendo 71,43% (40/56) errantes e 28,57% (16/56) domiciliados. Dos 32 bairros avaliados, em 24 foram encontrados cães positivos, sendo Angelim e Doutor Zezé, os bairros com maior percentual 1,56% (5/320) cada. Somente as categorias de alterações cardíacas (Odds ratio 6,231) e cães errantes (Odds ratio 2,463) demonstraram potencial fator de risco para infecção. Dos 56 animais positivos, 28 apresentaram positividade nos três testes, e outros 28 demonstraram variância entre métodos e/ou entre lâminas confeccionadas. Não foram observados outros filarídeos. Considerou-se que o município de Sousa apresenta alta prevalência de infecção por D. immitis, sendo necessário estabelecer formas de controle e profilaxia, para reduzir os riscos da transmissão para animais, como também para humanos
Ruptura hepática espontânea em gato com amiloidose
Descrevem-se os achados clínicos, patológicos e histopatológicos de um caso de amiloidose com ruptura hepática em um gato, sem raça definida, macho, de quatro anos de idade, com histórico de anorexia, dor à palpação abdominal e vocalização há dois dias. O animal foi internado e na avaliação clínica verificou-se, além dos sinais clínicos relatados, mucosas oculares e oral pálidas, desorientação, midríase e disfagia. A evolução clínica foi de dez dias e, mesmo com a instituição do tratamento sintomático, o animal morreu e foi encaminhado para realização da necropsia. Macroscopicamente, foi observado hemoperitônio na cavidade abdominal, fígado aumentado de volume, difusamente pálido, friável, com superfície capsular irregular, áreas multifocais de fissuras no parênquima associadas a coágulos cruóricos. A principal lesão microscópica caracterizou-se por dilatação sinusoidal difusa por material eosinofílico hialino, amorfo, opaco e abundante, e áreas multifocais de hiperplasia de células epiteliais de ductos biliares. Na coloração histoquímica de Vermelho Congo esse material corou-se em vermelho alaranjado, confirmando o diagnóstico de amiloidose. A doença representa um desafio na medicina veterinária, principalmente para felinos, pois tem um caráter progressivo, difícil diagnóstico clínico, tratamento ineficaz e geralmente com prognóstico desfavorável e sinais clínicos tardios, surgindo apenas quando há comprometimento grave nos órgãos. Dessa forma, é essencial o reconhecimento de mais casos da doença para melhor compreensão da etiopatogenia e auxílio terapêutico
Doenças de suínos diagnosticadas no Laboratório de Patologia Animal do Hospital Veterinário do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Campus Sousa
O Brasil, é o quarto maior produtor de carne suína no mundo. No cenário interno, o Nordeste representa 14,4% da produção de carne suína do país, no entanto, a maioria dos sistemas de criação nessa região ainda é bastante rudimentar. As instalações inadequadas associadas às falhas de manejo alimentar, reprodutivo e sanitário, contribuem para o surgimento de doenças comprometendo o desempenho produtivo dos animais. Para elucidar as causas das principais doenças que acometem suínos, faz-se necessário um estudo aprofundado acerca da associação ente o histórico dos animais, dados epidemiológicos, sinais clínicos e achados anatomopatológicos. Diante disso, o objetivo dessa pesquisa foi determinar as principais doenças que acometeram suínos na área de influência do HV-ASA, IFPB, entre os anos de 2014 e 2021, mediante estudo retrospectivo e prospectivo. Durante esse período foram diagnosticados 72 casos, onde 41 eram de origem infecciosa (56,94%), 26 nutricionais (36,11%), 4 malformações (5,56%) e 1 de origem não identificada (1,39%). Conclui-se, portanto, que as doenças infecciosas foram as mais prevalentes, seguidos dos distúrbios nutricionais e malformações congênitas, percebendo-se como falhas de manejos, locais mal higienizados, estresse dos animais, mudanças radicais na alimentação e dietas com carências de minerais, contribuíram para a ocorrência dessas doenças
Doenças de suínos diagnosticadas no Laboratório de Patologia Animal do Hospital Veterinário do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, Campus Sousa
O Brasil, é o quarto maior produtor de carne suína no mundo. No cenário interno, o Nordeste representa 14,4% da produção de carne suína do país, no entanto, a maioria dos sistemas de criação nessa região ainda é bastante rudimentar. As instalações inadequadas associadas às falhas de manejo alimentar, reprodutivo e sanitário, contribuem para o surgimento de doenças comprometendo o desempenho produtivo dos animais. Para elucidar as causas das principais doenças que acometem suínos, faz-se necessário um estudo aprofundado acerca da associação ente o histórico dos animais, dados epidemiológicos, sinais clínicos e achados anatomopatológicos. Diante disso, o objetivo dessa pesquisa foi determinar as principais doenças que acometeram suínos na área de influência do HV-ASA, IFPB, entre os anos de 2014 e 2021, mediante estudo retrospectivo e prospectivo. Durante esse período foram diagnosticados 72 casos, onde 41 eram de origem infecciosa (56,94%), 26 nutricionais (36,11%), 4 malformações (5,56%) e 1 de origem não identificada (1,39%). Conclui-se, portanto, que as doenças infecciosas foram as mais prevalentes, seguidos dos distúrbios nutricionais e malformações congênitas, percebendo-se como falhas de manejos, locais mal higienizados, estresse dos animais, mudanças radicais na alimentação e dietas com carências de minerais, contribuíram para a ocorrência dessas doenças.</p
UTILIZAÇÃO DA DOXORRUBICINA COMO TRATAMENTO PARA CARCINOMA DE CÉLULAS ESCAMOSAS NO ESPELHO NASAL E LÁBIO SUPERIOR DE FELINO – RELATO DE CASO
O carcinoma de células escamosas (CCE) é uma neoplasia maligna, originada do epitélio cutâneo. Idade, cor da pele, raios UV são os principais fatores predisponentes da lesão. O presente relato objetiva explanar sobre um felino, macho, jovem, apresentando uma lesão ulcerada no focinho. Diante dos achados epidemiológicos, clínicos e histopatológicos realizou-se o diagnóstico de CCE, sendo estabelecido tratamento com o quimioterápico doxorrubicina na dose de (1 mg/kg), diluído em 20 mL, IV, durante 40 minutos, juntamente a fluidoterapia NaCl 0,9%, realizado em quatro sessões. Tal modalidade terapêutica foi fundamental na regressão e estabilização do CEE e no prolongamento do período de sobrevida do animal
ASPECTOS CITOPATOLÓGICOS DA EVOLUÇÃO DE UM LIPOMA EM CÃO – RELATO DE CASO
O objetivo deste relato é descrever os diferentes aspectos citopatológicos de duas fases de evolução de um lipoma diagnosticado no Hospital Veterinário Adílio dos Santos de Azevedo do Instituto Federal da Paraíba. O caso ocorreu em uma cadela, idosa,com aumento de volume na região esternal, de consistência mole e bem delimitado. Citologicamente foi diagnosticado um lipoma. Após sete meses, houve o retorno do animal e a neoplasia passou por evoluções macroscópicas, necessitando de outra avaliação citológica, que verificou alterações celulares apresentando caracteres indicativos de falha na maturidade e citadas com ressalvas. O animal foi submetido a excisão cirúrgica completa da neoplasia para exame histopatológico e confirmação do diagnóstico. Foi verificado que o lipoma dependendo da fase de evolução pode apresentar diferentes aspectos celulares que devem ser cuidadosamente avaliados para evitar interpretações errôneas de caracteres que atribua graus de malignidade
ENTERITE GRANULOMATOSA EM UM CÃO
Relata-se um caso de um cão com enterite granulomatosa, proveniente da zona rural de São João do Rio do Peixe, que possuía o hábito de nadar em açude. Foi atendido na CMPA do HVASA-IFPB, campus Sousa, apresentando emagrecimento progressivo, hematoquezia e presença de massa em região hipogástrica. Na laparotomia exploratória, constatou-se espessamento de alças intestinais e aumento de linfonodos mesentéricos, sendo coletado fragmento de colón descendente através de biópsia incisional. Microscopicamente foram observadas imagens negativas de estruturas tubuliformes em áreas de necrose e de infiltrado inflamatório neutrofílico e histiocítico. No exame imuno-histoquímico não houve marcação positiva para o Pythium insidiosum. Com base nos achados clínicos, epidemiológicos e patológicos realizou-se o diagnóstico de enterite granulomatosa
ENDOCARDITE EM SUÍNOS NA REGIÃO SEMIÁRIDA DA PARAÍBA
Descreve-se dois casos de endocardite em valva atrioventricular esquerda (VAE) em suínos provenientes da Suinocultura do IFPB. Relatou-se que o suíno A apresentava sintomatologia nervosa e o suíno B cianose de extremidades e tosse seca. Macroscopicamente, foi observado material amarelado, friável e de superfície irregular, ocluindo parcialmente o orifício da VAE dos suínos. Histologicamente, apresentavam área focalmente extensa de deposição acentuada de material eosinofílico, fibrilar a condensado, associado a infiltrado inflamatório neutrofílico e miríades bacterianas cocóides basofíllicos aderidos ao endocárdio. Com base nos achados clínicos, epidemiológicos e patológicos realizou-se o diagnóstico de endocardite bacteriana, no suíno A como achado de necropsia e o suíno B como causa de insuficiência cardíaca congestiva aguda (ICCA)
SURTO DE MENINGOENCEFALITE BACTERIANA EM SUÍNOS NA REGIÃO SEMIÁRIDA DA PARAÍBA
Descreve-se um surto de meningoencefalite bacteriana em suínos na região semiárida da Paraíba. O surto ocorreu na zona rural do Sítio Fabiana, município de Sousa, Paraíba, em um lote de 25 leitões de 28 a 35 dias, apresentando dificuldade de locomoção e tremores musculares, e alguns com diarreia e artrite séptica. Dos 25 leitões, 16 morreram e um foi necropsiado no LPA-HVASA-IFPB. Microscopicamente no sistema nervoso central, havia áreas multifocais a coalescentes de espessamento das leptomeninges por infiltrado inflamatório constituído principalmente por neutrófilos. Com base nos achados clínicos, epidemiológicos e patológicos realizou-se o diagnóstico de meningoencefalite bacteriana. Deve ser estabelecido formas de profilaxia e controle de enfermidades infectocontagiosas na suinocultura, a fim de reduzir perdas econômicas em leitegadas