10 research outputs found

    Avaliação da prevalência de síndrome metabólica, microalbuminúria e risco cardiovascular em mulheres com síndrome dos ovários policísticos Prevalence of metabolic syndrome, microalbuminuria and cardiovascular risk in women with polycystic ovary syndrome

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    Avaliar fatores de risco cardiovascular em mulheres brasileiras com síndrome dos ovários policísticos (SOP), através da utilização de múltiplos parâmetros, incluindo a determinação da prevalência de síndrome metabólica e seus componentes e pesquisa de microalbuminúria como marcador de um possível dano renal precoce nessas pacientes. Métodos: Foram avaliadas 102 mulheres de 20-34 anos de idade, com diagnóstico de SOP pelo Consenso de Rotterdam, tendo sido analisados parâmetros clínicos, antropométricos, bioquímicos e hormonais. Para diagnóstico de síndrome metabólica, foram adotados critérios do National Cholesterol Education Program s Adult Treatment Panel III (NCEP-ATP III). Para avaliação da microalbuminúria foi utilizada a relação albumina/creatinina (A/C), calculada a partir dos níveis de albumina e creatinina em amostra isolada de urina. Foram realizados testes estatísticos para avaliar associações e correlações entre variáveis, bem como comparação de médias ou medianas, adotando-se nível de significância de 5%. Resultados: A prevalência de síndrome metabólica foi de 28,4% (29 em 102 pacientes), estando associada ao aumento do índice de massa corporal (IMC). Quanto à análise da prevalência dos componentes individuais da síndrome metabólica, evidenciou-se: HDL-colesterol < 50 mg/dl em 69,6%, circunferência da cintura &#8805; 88 cm em 57,9%, triglicerídeos &#8805;150 mg/dl em 31,7%, pressão arterial &#8805;130/85 mmHg em 18,6% e glicemia de jejum &#8805;110 mg/dl em 2,9%. Quando definida pelos limites convencionais para a relação A/C (3,5 35 mg/mmol), a microalbuminúria esteve presente em apenas três pacientes (3,3%). Entretanto, considerando diferentes limites de corte estabelecidos em recentes estudos que demonstraram aumento do risco cardiovascular associado a níveis muito baixos da relação A/C, a prevalência em mulheres com SOP foi alta, variando de 17,7 a 43,3% (para valores &#8805; 0,58 e &#8805; 0,37 mg/mmol, respectivamente). Mulheres com intolerância à glucose apresentaram nível significativamente mais elevado da relação A/C, quando comparadas às mulheres com normoglicemia. Os valores de microalbuminúria não apresentaram correlação significativa com IMC, níveis pressóricos, índices de sensibilidade insulínica ou perfil lipídico. Conclusões: Os dados evidenciam uma alta prevalência de síndrome metabólica e seus componentes individuais em mulheres brasileiras com SOP. Além do mais, observou-se elevado percentual de mulheres com níveis de excreção urinária de albumina em faixas significativamente associadas com aumento do risco para eventos cardiovasculares. Em conjunto, esses dados alertam para a necessidade da abordagem interdisciplinar e multidisciplinar das pacientes com SOP, visando à instituição de medidas voltadas para a prevenção primária cardiovascula

    Índices de obesidade central e fatores de risco cardiovascular na síndrome dos ovários policísticos Índices de obesidad central y factores de riesgo cardiovascular en el síndrome de ovarios poliquísticos Central obesity index and cardiovascular risk factors in polycystic ovary syndrome

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    FUNDAMENTO: A obesidade abdominal apresenta elevada prevalência em mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP) e está associada a um aumento do risco cardiovascular. OBJETIVO: Verificar a acurácia da circunferência da cintura (CC), da relação cintura-quadril (RCQ), da relação cintura-estatura (RCEST) e do índice de conicidade (índice C), no que se refere à detecção de fatores de risco cardiovascular (FRCV) em mulheres com SOP. MÉTODOS: Por meio de estudo transversal, foram alocadas 102 mulheres (26,5 ± 5 anos) com diagnóstico de SOP, de acordo com o consenso de Rotterdam. O colesterol total (CT), os triglicerídeos (TG), o LDL-colesterol (LDL-C), o HDL-colesterol (HDL-C), a glicemia de jejum, a glicemia após teste oral de tolerância à glicose (TOTG) e a pressão arterial (PA) foram avaliados em todas as pacientes, além das variáveis antropométricas. RESULTADOS: A relação cintura-estatura foi o marcador que apresentou correlações positivas significativas com o maior número de FRCV (PA, TG e glicemia após TOTG), destacando-se ainda a correlação negativa com HDL-C. Todos os marcadores antropométricos avaliados se correlacionaram positivamente com PA, enquanto CC e RCQ apresentaram correlação positiva também com TG. No tocante à acurácia para detecção de FRCV, os indicadores antropométricos considerados apresentaram taxas de sensibilidade superiores a 60%, com destaque para a RCEST, que apresentou sensibilidade superior a 70%. CONCLUSÃO: A RCEST demonstrou ser o indicador antropométrico com a melhor acurácia para a predição de FRCV. Nesse sentido, propõe-se a inclusão desse parâmetro de fácil mensuração na avaliação clínica para o rastreamento de mulheres com SOP e FRCV.<br>FUNDAMENTO: La obesidad abdominal presenta elevada prevalencia en mujeres con Síndrome de Ovarios Poliquísticos (SOP) y está asociada a un aumento del riesgo cardiovascular. OBJETIVO: Verificar la precisión de la circunferencia de la cintura (CC), de la relación cintura-cadera (RCC), de la relación cintura-estatura (RCEst) y del índice de conicidad (índice C), en los que se refiere a la detección de factores de riesgo cardiovascular (FRCV) en mujeres con SOP. MÉTODOS: Por medio de estudio transversal, fueron seleccionadas 102 mujeres (26,5 ± 5 años) con diagnóstico de SOP, de acuerdo con el consenso de Rotterdam. El colesterol total (CT), los triglicéridos (TG), el LDL-colesterol (LDL-c), el HDL-colesterol (HDL-C), la glucemia en ayunas, la glicemia después del test oral de tolerancia a la glucosa (TOTG) y la presión arterial (PA) fueron evaluadas en todas las pacientes, además de las variables antropométricas. RESULTADOS: La relación cintura-estatura fue el marcador que presentó correlaciones positivas significativas con el mayor número de FRCV (PA, TG y glucemia después del TOTG), destacándose además la correlación negativa con HDL-C. Todos los marcadores antropométricos evaluados se correlacionaron positivamente con la PA, mientras que CC y RCC presentaron correlación positiva también con TG. En lo tocante a la precisión para detección de FRCV, los indicadores antropométricos considerados presentaron índices de sensibilidad superiores al 60%, destacándose la RCEst, que presentó sensibilidad superior al 70%. CONCLUSIÓN: La RCEst demostró ser el indicador antropométrico con la mayor precisión para la predicción de FRCV. En este sentido, se propone la inclusión de ese parámetro de fácil medición en la evaluación clínica para el rastreo de mujeres con SOP y FRCV.<br>BACKGROUND: Women with polycystic ovary syndrome (PCOS) present a high prevalence of abdominal obesity, which is associated with an increased cardiovascular risk. OBJECTIVE: To verify the accuracy of the waist circumference (WC), waist-to-hip ratio (WHR), waist-to-height ratio (WHtR) and the conicity index (CI) in the detection of cardiovascular risk factors (CVRF) in women with PCOS. METHODS: The present transversal study allocated 102 women (26.5 ± 5 years) with a diagnosis of PCOS, according to the Rotterdam criteria. Total cholesterol (TC), triglycerides (TG), LDL-cholesterol (LDL-C), HDL-cholesterol (HDL-C), fasting glucose, glucose after the oral glucose tolerance test (OGTT) and blood pressure (BP) were evaluated in all patients, in addition to the anthropometric variables. RESULTS: The WHtR was the marker that presented significant positive correlations with the highest number of CVRF (BP, TG and post-OGTT glucose), whereas there was a negative correlation with HDL-C. All the evaluated anthropometric markers were positively correlated with BP, whereas WC and WHR also presented a positive correlation with TG. Regarding the accuracy for the detection of CVRF, the anthropometric markers presented a sensibility > 60%, especially the WHtR, which had a sensibility > 70%. CONCLUSION: The WHtR showed to be the most accurate anthropometric indicator for the prediction of CVRF. In this sense, we propose the inclusion of this easily-measured parameter in the clinical assessment for the screening of women with PCOS and CVRF

    Índices de obesidade central e fatores de risco cardiovascular na síndrome dos ovários policísticos

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    FUNDAMENTO: A obesidade abdominal apresenta elevada prevalência em mulheres com síndrome dos ovários policísticos (SOP) e está associada a um aumento do risco cardiovascular. OBJETIVO: Verificar a acurácia da circunferência da cintura (CC), da relação cintura-quadril (RCQ), da relação cintura-estatura (RCEST) e do índice de conicidade (índice C), no que se refere à detecção de fatores de risco cardiovascular (FRCV) em mulheres com SOP. MÉTODOS: Por meio de estudo transversal, foram alocadas 102 mulheres (26,5 ± 5 anos) com diagnóstico de SOP, de acordo com o consenso de Rotterdam. O colesterol total (CT), os triglicerídeos (TG), o LDL-colesterol (LDL-C), o HDL-colesterol (HDL-C), a glicemia de jejum, a glicemia após teste oral de tolerância à glicose (TOTG) e a pressão arterial (PA) foram avaliados em todas as pacientes, além das variáveis antropométricas. RESULTADOS: A relação cintura-estatura foi o marcador que apresentou correlações positivas significativas com o maior número de FRCV (PA, TG e glicemia após TOTG), destacando-se ainda a correlação negativa com HDL-C. Todos os marcadores antropométricos avaliados se correlacionaram positivamente com PA, enquanto CC e RCQ apresentaram correlação positiva também com TG. No tocante à acurácia para detecção de FRCV, os indicadores antropométricos considerados apresentaram taxas de sensibilidade superiores a 60%, com destaque para a RCEST, que apresentou sensibilidade superior a 70%. CONCLUSÃO: A RCEST demonstrou ser o indicador antropométrico com a melhor acurácia para a predição de FRCV. Nesse sentido, propõe-se a inclusão desse parâmetro de fácil mensuração na avaliação clínica para o rastreamento de mulheres com SOP e FRCV

    Polycystic Ovary Syndrome: Aggressive or Protective Factor for the Retina? Evaluation of Macular Thickness and Retinal Nerve Fiber Layers Using High-Definition Optical Coherence Tomography

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    Objective. To compare macular thickness (MT) and retinal nerve fiber layers (RNFL) between women with polycystic ovary syndrome (PCOS) and healthy women. Materials and Methods. The study included 45 women with PCOS and 47 ovulatory women undergoing clinical-gynecological and ophthalmic evaluations, including measurement of MT, RNFL, and optic disc parameters using optical coherence tomography. Results. The superior RNFL around the optic nerve was significantly thicker in PCOS than in healthy volunteers (P=0.036). After stratification according to insulin resistance, the temporal inner macula (TIM), the inferior inner macula (IIM), the nasal inner macula (NIM), and the nasal outer macula (NOM) were significantly thicker in PCOS group than in control group (P<0.05). Both the presence of obesity associated with insulin resistance (P=0.037) and glucose intolerance (P=0.001) were associated with significant increase in the PC1 mean score, relative to MT. A significant increase in the PC2 mean score occurred when considering the presence of metabolic syndrome (P<0.0001). There was a significant interaction between obesity and inflammation in a decreasing mean PC2 score relative to macular RNFL thickness (P=0.034). Conclusion. Decreased macular RNFL thickness and increased total MT are associated with metabolic abnormalities, while increased RNFL thickness around the optic nerve is associated with hormonal changes inherent in PCOS
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