4 research outputs found

    Sono, estresse e envelhecimento: uma revisão narrativa: Sleep, stress and aging: a narrative review

    Get PDF
    O envelhecimento populacional impacta no perfil de saúde da população que passar de ter redução de doenças infecciosas e aumento da prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). As DCNT podem desencadear ansiedade, angústia e insegurança sobre a efetividade do tratamento, o que gera altos níveis de estresse. Desta forma, percebe-se que a doença pode levar ao estresse e vice-versa. O estresse pode afetar a capacidade de concentração, a funcionalidade, o desempenho cognitivo, os relacionamentos sociais e até o sono. Este artigo teve como objetivo realizar uma revisão narrativa de estudos sobre sono, estresse e envelhecimento. Para isso, abordou-se o envelhecimento populacional, os conceitos de sono e estresse e o panorama dos poucos estudos encontrados sobre o tema. A literatura aponta que as mudanças físicas, sociais e psicológicas decorrentes do processo de envelhecimento são fatores que podem desencadear estresse no idoso. O estresse, por sua vez, pode modificar negativamente a qualidade do sono. Porém, estudos sobre estresse cotidiano e qualidade do sono em idosos são escassos. A literatura é farta em pesquisas relacionadas à depressão em idosos, porém o estresse ainda é uma variável pouco contemplada. Seriam interessantes pesquisas robustas que abordem o estresse e suas consequências para a qualidade do sono e a saúde geral dos idosos

    Influência do estresse na qualidade do sono de pessoas idosas em contexto de alta vulnerabilidade social: Influence of stress on sleep quality of older people in high social vulnerability context

    Get PDF
    O sono é uma função vital que tem ação reparadora e reguladora dos sistemas orgânicos. Alguns estudos apontam que o sono é modificado de forma negativa com o envelhecimento e pelo estresse, porém, investigações destas variáveis em idosos são escassos. Esta pesquisa teve como objetivo identificar associação entre estresse e qualidade do sono em idosos da comunidade inseridos em contexto de alta vulnerabilidade social, considerando a depressão como co-variável. Trata-se de uma pesquisa de delineamento quantitativo, descritivo e transversal. A amostra foi constituída por idosos cadastrados em Unidades de Saúde da Família do município de São Carlos, São Paulo. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas com aplicação de questionário de caracterização, Escala de Depressão Geriátrica (GDS-15), Escala de Estresse Percebido e Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh (PSQI). Foram realizadas análises estatísticas descritivas e comparativas. O perfil sociodemográfico da amostra era jovem (M=69,88; Md=70,00; DP=6,92). A escolaridade era baixa (M=3,03; Md=3,00; DP=2,92). As rendas individual e familiar eram inferiores a 1,5 e 2,5 salários mínimos, respectivamente (renda individual: M=1201,87; Md=998,00; DP=886,50; renda familiar: M=2328,39; Md=2000,00; DP=1121,93). Os idosos eram predominantemente do sexo feminino (54,4%, n=67), casados (92,7%, n=114), mulatos ou pardos (68,3%, n=166), católicos (53,7%, n=66), aposentados (79,7%, n=98) e com percepção de renda insuficiente para suprir as demandas do cotidiano (57,7%, n=71). O escore total relacionado à má qualidade do sono era significativamente mais elevado entre os idosos com estresse elevado (Grupo com estresse baixo: M=6,05; Md=6,00; DP=3,28; Grupo com estresse alto: M=9,06; Md=9,00; DP=4,29) (U=1117,50, p=0,000). A análise de covariância revelou que há efeito dos sintomas depressivos sobre os escores gerais de qualidade do sono [F (1, 120)=6,381, p=0,013]. Mesmo considerando sintomas depressivos como co-variável, a diferença de qualidade do sono segundo o nível de estresse se manteve significativa [F (1, 120)=5,820, p=0,017]. Conclui-se que níveis elevados de estresse levam à pior qualidade do sono

    Síndrome de Alport: Alport syndrome

    Get PDF
    Introdução: Síndrome de Alport (SA) é uma doença hereditária caracterizada por nefropatia hemorrágica familiar, surdez neurossensorial e alterações oculares. Sua patologia está relacionada a mutações nos genes COL4A3, COL4A4, COL4A5 os quais são responsáveis por codificar síntese do colágeno tipo IV, que é essencial para a formação da membrana basal de diversos órgãos. Apresentação do caso: 23 ANOS, sexo masculino, natural do Rio de Janeiro - RJ, procurou atendimento médico com queixa de hipoacusia bilateral, diminuição da acuidade visual e edema progressivo de membros inferiores. Discussão: sua clínica é composta por manifestações renais como hematúria e/ou proteinúria, que com o tempo evoluem para falência renal; manifestações oculares, como lentecone anterior, catarata, “flecks” na retina, nistagmo e miopia; e manifestações auditivas nas quais ocorrem o desenvolvimento de perda auditiva neurossensorial de alta frequência.O diagnóstico da síndrome é suspeitado quando existem familiares com histórico de insuficiência renal, surdez e perda visual. Em 15% dos casos, não há histórico familiar associado, sendo necessária a realização de biópsia renal. Conclusão: quando o prognóstico do paciente é desfavorável, é necessário um adequado suporte clínico em medidas preventivas e terapêuticas, tanto farmacológicas quanto dietéticas, para que se possa retardar as complicações, principalmente a piora da função renal e uma necessidade de diálise ou até mesmo transplante dos rins

    Gist ileal: Ileal Gist

    Get PDF
    Introdução: Os tumores estromais gastrointestinais (GISTs) são os tumores mesenquimatosos mais comuns no trato gastrointestinal, podendo acometer qualquer parte do trato gastrointestinal, embora sejam mais frequentemente diagnosticados no estômago. Apresentação do caso:  Paciente do sexo masculino, 63 anos de idade, com uma massa abdominal localizada em região epigástrica descoberta em exame físico e biopsiada através de endoscopia digestiva alta (EDA) realizada em caráter de urgência. Foi confirmado GIST por imuno-histoquímica (CD117) e feita pesquisa em linfonodos, com resultado negativo para acometimento. Realizada a ressecção total do tumor e margens cirúrgicas livres. Discussão: Os tumores estromais gastrointestinais (GIST) possuíam outras denominações que foram sendo modificadas de acordo com as descobertas a respeito desse grupo neoplásico. Inicialmente, acreditava-se que tinham origem na musculatura lisa e, por isso, foram chamados de leiomiomas, leiomiossarcomas e schwannomas. O nome GIST foi estabelecido apenas ao descobrir a origem nas células intersticiais de Cajal, que possuem a expressão de mutação do proto-oncogene codificador do receptor-kit. Aproximadamente 85% dessas neoplasias resultam de mutações ativas nos receptores da proteína tirosina quinase. Conclusão: Seu tratamento é realizado por remoção cirúrgica. Por serem os tumores mais comuns do trato gastrointestinal, devem ser diagnosticados e tratados para melhor sobrevida dos pacientes
    corecore