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    Doença Mitral: manifestações clínicas e revisão epidemiológica

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    Um terço de todas as doenças cardíacas é representado pelas doenças valvares, as quais vêm aumentando em prevalência, principalmente nos países desenvolvidos. A patologia pode acontecer por dois mecanismos diferentes: insuficiência ou estenose; a primeira ocorre quando o mecanismo que impede o refluxo sanguíneo está prejudicado e, a segunda, quando a valva não abre corretamente, dificultando a passagem do sangue. A sintomatologia é variável, podendo ser assintomática ou sintomática, sendo, esta última, determinante de mau prognóstico. Dentre as várias informações coletadas, destaca-se que a doença mitral leve não costuma apresentar sintomas; à medida que a doença progride, eles começam a aparecer, indicando possibilidade de maior morbimortalidade, principalmente em gestantes com doença reumática. No que diz respeito a estes sinais e sintomas, destacam-se: dispneia, fadiga, retenção de líquido, diminuição da capacidade física, murmúrio pansistólico na região apical, átrio esquerdo aumentado, além disso, pode-se desenvolver distúrbios neurológicos, representados por eventos que variam desde leves déficits à debilitantes. Para realizar o diagnóstico é necessário o conhecimento da fisiopatologia atrelado aos sinais e sintomas, deve-se, também, fazer uso do ecocardiograma e dos métodos dependentes de carga (quando há regurgitação aórtica e mitral). Importante salientar que, mesmo diante de avanços nos recursos diagnósticos, os dados acessíveis para orientar a tomada de decisões ainda não são suficientes para fechar o quadro de maneira ágil e precisa em todos os casos, principalmente no que se refere à valvulopatia múltipla. Assim, apesar do aumento de estudos nessa área, os dados ainda são insuficientes

    Malformações arteriovenosas: apresentações pulmonares e cerebrais

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    As malformações arteriovenosas (MAV) são anomalias congênitas que afetam a estrutura vascular e podem ocorrer tanto no pulmão quanto no cérebro. A fisiopatologia da MAV envolve um desvio anormal do fluxo sanguíneo arterial para as veias, sem passar pelos capilares, o que pode causar hipoxemia, insuficiência cardíaca e outras complicações. Os sintomas das malformações arteriovenosas pulmonares (MAVP) incluem dispneia, cianose, hemoptise e embolia pulmonar. Já as malformações arteriovenosas cerebrais (MAVC) podem apresentar sintomas como convulsões, cefaléia, hemorragia intracerebral e déficits neurológicos. Quanto à epidemiologia, a prevalência da MAVP é rara e ocorre duas vezes mais em mulheres do que em homens, exceto em recém-nascidos, enquanto a MAVC é mais comum, com uma prevalência estimada de varia de 1,12 a 1,42 casos por 100.000 pessoas/ano. Múltiplos fatores, como anormalidades vasculares, modificações moleculares e alterações de fluxo das artérias e veias, influenciam significativamente no desenvolvimento de MAVs. O diagnóstico da MAV envolve a realização de exames de imagem, como radiografia de tórax, tomografia computadorizada (TC) e ressonância nuclear magnética (RNM). Já a abordagem terapêutica da MAVP pode envolver embolização arterial ou cirurgia, dependendo da extensão da lesão. Já a MAVC pode ser tratada com embolização endovascular, cirurgia ou radioterapia, também dependendo das características da lesão. Assim, com o diagnóstico e tratamento adequados, muitos pacientes podem ter uma qualidade de vida satisfatória e prevenir complicações graves
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