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    O desenvolvimento nacional, entre Daniel Munduruku e Celso Furtado: do paradigma econômico ao referencial cultural

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    A partir da leitura de obras literárias e teóricas de Daniel Munduruku, percebem-se nas suas posturas diferentes teorias explicativas daquilo que seja o desenvolvimento, através da sua base cultural, mítica, ecológica, plural, reunida em diversas passagens da obra do autor indígena. Compreende-se, ademais, que a influência a um planejamento econômico-culturalista, detectado nessas posturas, perpassa uma visão derivada ainda do economista Celso Furtado. Os fundamentos dessas nossas pesquisas (construídas em projetos acadêmicos recebedores de bolsas do programa PIBIC em vários ciclos) levaram à escrita de uma dissertação de mestrado e à participação em alguns eventos, nos quais foi empregado o método político-cultural, de base epistemológica hipotético-dedutiva, e o objeto foi recortado de procedimentos metodológicos jurídico-literários. Ao aproximar e traçar diferenças entre essas teorias do desenvolvimento e os textos de Daniel Munduruku, uma perspectivação amazônida ganha forma, fazendo crer que a leitura de obras literárias, à luz de teorias econômicas como algumas abraçadas por Celso Furtado, pode identificar uma resultante econômico-cultural ao desenvolvimento nacional visando melhor combater problemas provenientes da enorme desigualdade do Brasil contemporâneo. O uso de teóricos de corte político, histórico ou culturalista (como Eagleton, Rocha e Godoy) permite trazer o texto literário sem comprometê-lo com exageros interpretativos sobre a obra de Munduruku, porque ressalta a fundamentação histórico-cultural de práticas de Celso Furtado, apreendendo-se um verdadeiro programa de desenvolvimento social, enraizando ambos os autores, para obtermos uma feliz compreensão do País a partir da Amazônia indígena
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