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    Diagnóstico e manejo terapêutico da pancreatite aguda: uma visão abrangente

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    A pancreatite aguda é uma afecção inflamatória do pâncreas que resulta da ativação prematura das enzimas pancreáticas dentro do órgão, levando a danos teciduais e inflamação localizada. Sua etiologia engloba uma variedade de causas, incluindo cálculos biliares, abuso de álcool, trauma abdominal, medicamentos tolerantes e mutações genéticas. A doença manifesta-se clinicamente por sintomas como dor abdominal intensa e náuseas, podendo progredir para complicações sistêmicas graves. O diagnóstico é comprovado por meio da avaliação clínica, exames laboratoriais e de imagem, com a tomografia abdominal computadorizada desempenhando um papel crucial para classificação e conduta. O tratamento da pancreatite aguda consiste principalmente em medidas de suporte. Inclui a reanimação volêmica precoce, a administração adequada de analgésicos para o alívio da dor e a oferta de suporte nutricional. O uso de opioides parenterais, como hidromorfona, é comumente empregado, dado a preferência em relação à morfina devido ao seu potencial de aumentar a pressão no esfíncter da ampola hepatopancreática. A nutrição enteral precoce é recomendada, uma vez que se associa a uma menor taxa de complicações em comparação com a nutrição tardia ou o jejum. Em casos graves e complicações, como complicações extra-pancreáticas e necrose infectada, são necessários cuidados intensivos, com internação em unidade de terapia intensiva. A prevenção e o tratamento adequado das causas subjacentes da pancreatite aguda são fundamentais para evitar recorrências e complicações futuras. A terapêutica deve ser individualizada, considerando a gravidade da doença e a resposta do paciente. O diagnóstico precoce e o manejo adequado da pancreatite aguda desempenham um papel crucial na redução da morbidade e da mortalidade associada a essa condição clínica

    Manejo e tratamento de Cetoacidose em crianças: uma revisão narrativa: Management and treatment of Ketoacidosis in children: a narrative review

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    A cetoacidose diabética (CAD) em paciente pediátricos é uma complicação grave do diabetes mellitus tipo 1, condição onde há ausência de insulina circulante ou baixa ação da mesma, favorecendo a hiperglicemia. O objetivo do presente trabalho visa rever os principais aspectos clínicos da CAD, incluindo fisiopatologia, manejo e complicações. A deficiência de insulina favorece o quadro de CAD que se apresenta de um modo geral com três principais mecanismos: A hiperglicemia, que cursa em glicosúria e consequente desidratação, lipólise excessiva, liberando ácidos graxos causando cetonemia e cetonúria e por fim a acidose metabólica, um somatório de desidratação e corpos cetônicos na circulação sanguinea. Dosagens seriadas de glicemia, pH venoso, cetonemia e/ou cetonuria são imprescindíveis para o diagnóstico e a condução do caso. Correção eficaz da hipovolemia, distúrbios eletrolíticos e ácido básico bem como glicose sérica são as bases para o tratamento. A CAD é uma condição grave que, se não tratada adequadamente, pode levar ao coma e à morte. Em crianças, uma das mais temidas complicações é o edema cerebral. O reconhecimento precose e tratamento adequado método para evitar as complicações e o óbito

    Abordagens diagnósticas e terapêuticas para a doença do Refluxo Gastroesofágico: perspectivas e desafios

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    A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é uma condição gastrointestinal comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Caracterizada pelo retorno do conteúdo gástrico para o esôfago, a DRGE é causada principalmente pela disfunção do esfíncter esofágico inferior (EEI). Além da disfunção do EEI, outros fatores como obesidade, tabagismo, consumo excessivo de álcool, gravidez e certos medicamentos podem contribuir para o desenvolvimento da DRGE. O diagnóstico da DRGE envolve a avaliação das manifestações clínicas, exames complementares e exclusão de outras condições que possam mimetizar a patologia. A endoscopia digestiva alta é frequentemente realizada para avaliar a presença de esofagite e complicações, como estenose esofágica e esôfago de Barrett. Testes de pH esofágico e esofagomanometria podem ser utilizados para avaliar o refluxo ácido e a função do esôfago, respectivamente. O manejo terapêutico da DRGE é baseado em modificações no estilo de vida, terapia medicamentosa e, em casos graves e refratários ao tratamento conservador, intervenção cirúrgica. Modificações no estilo de vida incluem evitar alimentos e bebidas que desencadeiem o refluxo, evitar refeições volumosas antes de dormir, elevar a cabeceira da cama e redução de peso para pacientes obesos. A terapia medicamentosa inclui o uso de inibidores da bomba de prótons (IBPs), como o omeprazol e o lansoprazol. Em casos selecionados, a cirurgia antirrefluxo pode ser realizada para fortalecer o EEI e reduzir o refluxo ácido. É importante ressaltar que a DRGE é uma condição crônica que requer acompanhamento médico regular para monitorar a progressão da doença e ajustar o tratamento de acordo com as necessidades individuais. Além disso, a adesão às modificações no estilo de vida recomendadas é essencial para controlar os sintomas e prevenir complicações. Embora a DRGE seja geralmente considerada benigna, complicações como esofagite, estenose esofágica e esôfago de Barrett podem ocorrer em casos mais graves. Portanto, a detecção precoce, o diagnóstico adequado e o tratamento adequado são fundamentais para um bom prognóstico e qualidade de vida dos pacientes com DRGE

    Desvendando a complexidade da doença de Cushing: uma revisão abrangente dos aspectos clínicos, fisiopatológicos, diagnósticos e terapêuticos

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    A doença de Cushing (DC) é uma desordem endócrina que resulta do excesso crônico de cortisol no organismo. A principal causa dessa condição é a presença de tumores hipofisários corticotróficos, os quais produzem em excesso o hormônio adrenocorticotrófico e desencadeiam a hipersecreção de cortisol pelas glândulas adrenais. Esse desequilíbrio hormonal provoca uma série de sintomas clínicos variados, incluindo obesidade central, hipertensão arterial, fraqueza muscular, fragilidade óssea e distúrbios emocionais. Para diagnosticar a doença de Cushing, são realizados exames clínicos, laboratoriais e de imagem. Através dessas avaliações, é possível detectar os níveis elevados de cortisol no organismo e identificar a origem do problema, seja nos tumores hipofisários ou em outras regiões. O tratamento da DC geralmente envolve a remoção cirúrgica do tumor hipofisário responsável pelo distúrbio hormonal. No entanto, em alguns casos, pode ser necessária a utilização de outras opções terapêuticas, como medicamentos para inibir a produção de cortisol ou radioterapia para destruir as células tumorais. Avanços na compreensão genética da doença e a identificação de novos marcadores moleculares têm o potencial de aprimorar o diagnóstico e possibilitar terapias mais direcionadas aos pacientes. Essas descobertas podem resultar em tratamentos mais eficazes e com menos efeitos colaterais, visando melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados pela DC. Apesar dos avanços, ainda existem desafios a serem superados no diagnóstico precoce e no manejo eficaz da doença de Cushing. Além disso, a busca por terapias mais efetivas e menos invasivas continua sendo uma meta importante para melhorar a vida dos pacientes e minimizar os impactos da doença
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