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    A abordagem da eclampsia na emergência obstétrica.

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    Os distúrbios hipertensivos ao longo da gestação são considerados a maiorcausa de mortalidade materna no Brasil, sendo a eclampsia a forma mais grave dessesdistúrbios. A eclampsia é definida como a ocorrência de convulsões juntamente comos sinais e sintomas da pré-eclampsia – presença de hipertensão, proteinúria e edemadiagnosticados durante a gravidez – e afeta todos os sistemas orgânicos da paciente.Um pré-natal adequado é a maneira mais efetiva de evitar o desenvolvimento dessedistúrbio, sendo possível também o diagnóstico precoce e melhor manejo terapêutico,a fim de se evitar uma possível progressão e desfecho convulsivo. No entanto, quandoa eclampsia é detectada de forma tardia, a forma mais eficiente de evitar óbitos é a umatendimento emergencial adequado. Analisar e descrever o manejo terapêutico maisadequado para a eclampsia no âmbito da urgência e emergência. Trata-se de umarevisão integrativa da literatura de caráter qualitativo, para a qual foram realizadasbuscas nas plataformas “Scientific Electronic Library Online” (Scielo) e “US NationalLibrary of Medicine” (PubMed) utilizando os descritores “eclampsia”, “gravidez dealto risco” e “emergências” e seus correspondentes em inglês. Foram encontrados 22estudos, dos quais 7 se adequaram aos critérios de inclusão estabelecidos, sendo elespublicações recentes em inglês e português e relevância temática para esta revisão.Além disso, 1 livro também foi utilizado como fonte científica para o presente trabalho.Para o atendimento emergencial da eclampsia, além da avaliação do mnemônicoABCDE (vias aéreas, ventilação, circulação, danos e exames), também são incluídos aavaliação fetal imediata e a possibilidade de interrupção da gestação. Essa última deveser considerada de forma não imediata, esperando a compensação materna por pelomenos 1 hora após a última convulsão e avaliação mais completa de riscos maternocomo por exemplo a contagem plaquetária. Quanto ao manejo farmacológico, os antihipertensivos seguros e mais utilizados são a nifedipina que é o medicamento deprimeira escolha, a hidralazina e o nitroprussiato de sódio. Além disso, oanticonvulsivante sulfato de magnésio também faz parte do manejo terapêutico dessedistúrbio, sendo ele utilizado em dose de ataque e dose de manutenção, com umarigorosa monitorização. Sendo a eclampsia uma emergência obstétrica de alto risco,o manejo emergencial adequado e rápido é de extrema importância para um desfechofavorável. Observou-se que a nifedipina é a droga anti-hipertensiva mais segura nessasocasiões e, portanto, é o medicamente de primeira escolha. Ademais, foi constatadoque o sulfato de magnésio é o melhor anticonvulsivante para o manejo da eclampsia,sendo mais seguro e mais eficaz que o diazepam ou fenitoína. Portanto, a utilização deum anti-hipertensivo, preferencialmente a nifedipina associado ao sulfato de magnésioé a melhor conduta
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