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    A INTERAÇÃO ENTRE DOCENTES E DISCENTES NO ENSINO REMOTO

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    O presente artigo visa refletir sobre as possibilidades de interação entre docentes e discentes no contexto do ensino remoto durante a pandemia de COVID-19. Tomamos como base do relato nossa experiência em disciplina de estágio obrigatório para a docência do curso de Letras - Língua Portuguesa e Literaturas, que ocorreu nas turmas de 6º ano do Colégio de Aplicação (CA) da Universidade Federal de Santa Catarina, no semestre letivo de 2020.2 (semestre civil 2021.1). Nossas análises de interação se estendem para três momentos de ensino: 1) aulas síncronas no CA; 2) aulas de recuperação de estudos no CA e 3) aulas de orientação da disciplina de estágio. Para discorrermos sobre a formação de professores, em especial, a formação inicial docente, consideramos Libâneo (2015), Gatti (2014), Pimenta e Lima (2005/2006) e Tardif (2002). Nos ancoramos também em Freire (2018), Pino (2005), Vigotski (2007) e Forman e Cazden (2013) para pensarmos a importância das interações entre alunos e professores nos processos de ensino e aprendizagem. Com isso, buscamos apresentar as possibilidades e impossibilidades de interação durante o estágio remoto e os impactos para a formação docente

    Relógio medicinal do corpo humano

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    Organizadora: Profª Mariza Konradt de Campos; Coorganizadora: Sarah de Oliveira; Colaboração: Márcia Eduarda Geraldo, Eduarda Sedrez Schollemberg; Participação especial: Alésio dos Passos Santos.Colégio de Aplicação da UFSC, 1º Ano A, Turma da BelyAPRESENTAÇÃO: Nossa viagem pelo mundo das plantas medicinais começou com a chegada de uma colega muito especial, a Bely. A abelhinha mandaçaia de pelúcia veio nos ensinar sobre a natureza e nos instigar com questionamentos, além de aprender a ler e escrever com nossa turma do 1º Ano A do Colégio de Aplicação. O ponto de partida de nossa viagem foi a pesquisa. Nessa fantástica jornada contamos com a Biblioteca Setorial do Colégio de Aplicação para nos ajudar, ali tivemos acesso aos livros e ao mundo de conhecimentos registrados. Começamos procurando informações sobre as abelhas, para que pudéssemos conhecer melhor a Bely. Descobrimos que, além de produzir mel, cera, própolis e geleia real (produtos consumidos pelo homem), as abelhas têm papel imprescindível na polinização. Elas são consideradas ‚cupidos da natureza‛ pois, segundo a FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação), são responsáveis pela polinização de cerca de 73% das plantas, colaborando de maneira significativa para a manutenção da biodiversidade e produção de alimentos. Bely, uma abelhinha muito observadora, logo percebeu que o quintal de nossa escola é uma bela agroflorestal na qual são cultivadas hortaliças e muitas árvores. Questionadora como é, Bely não perdeu a oportunidade de nos perguntar se sabíamos se existiriam plantas, além de hortaliças e frutas, que poderiam ser benéficas à saúde humana. Alguns colegas lembraram imediatamente de nossas avós e seus chazinhos para os quais utilizavam plantas medicinais para prepará-los e fomos à campo entrevistá-las. Questionamos o que elas conheciam sobre chás, se cultivavam alguma planta medicinal, para quais fins os chás eram utilizados e algumas outras perguntas. E assim, com as vovós, descobrimos que as plantas podem beneficiar diferentes partes do corpo, o que deixou a nós e a Bely ainda mais curiosos. Posteriormente observamos quais as plantas medicinais haviam na horta da escola, fizemos a colheita e a Bely preparou um delicioso chazinho para saborearmos. E assim fomos aprofundando os estudos... Em nossas pesquisas encontramos relatos de que o chá surgiu há aproximadamente 5 mil anos a.C. na China e, desde então, a medicina tradicional chinesa já utiliza as plantas medicinais para o tratamento de doenças, tradição essa que é passada de geração em geração. Descobrimos também que o Governo Federal reconhece a importância das plantas medicinais, uma vez que, por meio do Decreto nº 5.813, de 22/06/06, aprovou a Programa Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos e integrou esses elementos ao Sistema Único de Saúde (SUS) ao publicar a Portaria nº 971, de 03/05/06, que institucionalizou as práticas integrais e complementares. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 80% da população dos países em desenvolvimento depende da medicina tradicional para seus cuidados básicos de saúde e 85% destes utilizam plantas ou preparações feitas pelas mesmas (BRASIL, 2006). Sendo assim, não poderíamos deixar de usar essas plantinhas nos cuidados com a saúde, ainda mais considerando que o Brasil tem a maior biodiversidade do planeta (15 a 20% do total mundial) e, portanto, uma flora detentora de abundantes fontes de novos produtos farmacêuticos e fitoterápicos, além de uma diversidade étnico e cultural riquíssima que acumula conhecimento sobre manejo e uso de plantas medicinais (BRASIL, 2006). Desvendamos ainda que a medicina tradicional chinesa relaciona o uso das ervas medicinais ao conceito de relógio cósmico. Nessa concepção, os diferentes órgãos e sistemas do organismo humano funcionam em horários definidos. Para os chineses, nosso corpo é um microcosmo que reproduz as leis da natureza quando se observa a circulação de energia pelos meridianos principais. Durante todo o dia um ciclo de energia percorre o corpo, mas em períodos específicos esta energia se expande de forma significativa em determinadas áreas. Desta forma, em 24 horas, cada meridiano, num período de duas horas, apresenta o auge de seu funcionamento (VELLOSO et al., 2005). Ainda de acordo com a medicina tradicional chinesa, a energia vital inicia sua ação no Meridiano do Pulmão, passando para o Meridiano do Intestino Grosso, em seguida pelo do Estômago, do Baço-pâncreas, do Coração, do Intestino delgado, da Bexiga, dos Rins, chegando ao Meridiano de Circulação, ao Sistema digestivo, excretor e respiratório, ao da Vesícula biliar, e por último ao do Fígado. Em seguida, o ciclo se reinicia, retornando ao Meridiano do Pulmão (VELLOSO et al., 2005). Depois de todas essas descobertas incríveis construímos em nossa horta um canteiro medicinal em forma de relógio. Lá estamos cultivando plantas medicinais que beneficiam os diferentes órgãos do corpo humano. As plantas foram divididas dentro do relógio de acordo com a hora onde a energia vital do órgão no qual elas tem atuação está, segundo a medicina tradicional chinesa, no auge de sua ação. Na idealização e confecção de nosso relógio medicinal do corpo humano contamos com a participação do professor Alésio dos Passos Santos, ambientalista, colecionador e cultivador de plantas medicinais e conhecido como o ‚Mago das plantas medicinais‛. Enfim, a partir de nossos estudos sobre o relógio medicinal do corpo humano, desenvolvemos diversas atividades. Realizamos pesquisas sobre as plantas medicinais, sua identificação e utilização segura, plantio e reprodução de mudas, degustação de chás, exploramos também os órgãos do corpo humano e respectivas funções. Também tivemos a oportunidade de refletir sobre alimentação saudável e segurança alimentar, cuidados básicos com a saúde, educação e preservação ambiental. Aprendemos tanto que resolvemos presentear outras pessoas com um livro com informações sobre o que descobrimos a respeito das plantas medicinais que cultivamos na escola, sobre a medicina tradicional chinesa e a teoria do relógio cósmico. Com vocês: O relógio medicinal do corpo humano, uma produção dos alunos do 1º ano A, do Ensino Fundamental do CA/UFSC, com a colaboração especial de alunos do 2º ano que participam de forma extracurricular do Projeto Cheiro Verde no Quintal da Escola. Este livro em formato digital é a terceira obra da Série No quintal da escola publicada pela Biblioteca Universitária da UFSC

    Mediação de leitura literária e formação de pequenos leitores: sobre implicações da censura na literatura infantil brasileira para a formação de pequenos leitores

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    Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências da Educação. Núcleo de Desenvolvimento Infantil.Tomando a literatura como importante mediador entre a criança e a cultura, destacamos, como objetivo central do trabalho aprofundar o conhecimento sobre práticas de mediação de leitura literária e suas implicações para a formação de bebês e crianças pequenas (0 a 3 anos), com ênfase para o estudo sobre as implicações da censura na literatura infantil brasileira. Nesse sentido, compartilhamos os resultados parciais (considerando o período de bolsa de junho a agosto de 2021) da pesquisa Mediação de leitura literária e formação de pequenos leitores: sobre implicações da censura na literatura infantil brasileira para a formação de pequenos leitores. Realizamos uma investigação que mapeou a produção acadêmica brasileira sobre a temática no banco de dados da Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, no período de 2009 a 2019. A análise preliminar das pesquisas aponta para uma discussão sobre o que seria “adequado” à faixa etária dos 0 aos 3 anos, revelando certa arbitrariedade (mercadológica) nos critérios de produção e seleção dos acervos destinados às crianças atreladas às concepções de infância que os perpassam, que não reconhecem a criança como sujeito ativo e crítico no processo de apropriação da cultura. Indicam que é preciso ultrapassar uma relação utilitária com a literatura e se desvencilhar de uma perspectiva moralizante que tem interditado, sobretudo, várias temáticas aos pequenos, com destaque às questões de gênero e de sexualidade. A escassez das pesquisas que tematizam a questão (apenas seis dissertações) reafirma a pertinência do tema e a necessidade de refletir sobre ele, algo que podemos ainda alcançar na ampliação da análise a partir do cotejamento com os outros dois capítulos da pesquisa que buscam analisar as relações entre os processos de mediação de leitura literária e a formação dos pequenos leitores e os aspectos da constituição de uma literatura infantil brasileira
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