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    IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE NA ADESÃO AO TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS

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    A relação médico-paciente é essencial para a prática médica, uma vez que influencia na adesão ao tratamento por parte do paciente. O diabetes mellitus é um distúrbio metabólico crônico caracterizado por hiperglicemia em decorrência da deficiência de insulina, frequentemente combinada com resistência insulínica (RANG et al., 2003, p. 440). No presente estudo objetivou-se caracterizar, por meio de uma revisão de literatura científica dos últimos 15 anos realizada por intermédio de artigos disponíveis na base de dados da SciELO, a importância da relação médico-paciente na adesão ao tratamento do diabetes mellitus. Segundo Acelas e Ochoa (2010), a definição de aderência terapêutica em pacientes com risco cardiovascular ocorre pela utilização de medicação associada à modificação dos hábitos de vida, os quais coincidem com a conduta médica escolhida. Nos últimos anos, é possível observar uma atenção redobrada aos fatores relacionados ao diabetes, como a percepção de sintomas, o nível de conhecimento da população acerca da doença e o estresse consequente dessa condição (DUQUE; HENAO; CARDONA, 2011). Diante da necessidade de o médico estar preparado para contribuir na adesão, é imprescindível que a classe médica se conscientize da magnitude desse assunto, adotando medidas, como o comando de grupos de apoio, a realização de campanhas educativas e o constante destaque para a importância do tratamento (ROCHA, 2003). O médico precisa estar ciente de que o maior número de medicamentos prescritos e os esquemas terapêuticos de maior complexidade prejudicam a adesão. Ainda, é preciso saber manejar pacientes assintomáticos que imaginam não necessitarem de auxílio, em razão da crença de não estarem “doentes” (LEITE; VASCONCELLOS, 2003). Percebe-se que uma postura médica atuante e centrada em um cuidado holístico, buscando melhores métodos de adesão e cultivando uma relação médico-paciente saudável, na qual o médico busca entender a realidade de seu paciente, é o ponto principal para um maior entendimento da população no que diz respeito a essa patologia e, consequentemente, para uma efetividade no tratamento do diabetes mellitus.Palavras-chave: Relação médico-paciente. Diabetes mellitus. Adesão do paciente

    ANÁLISE DA ATUALIZAÇÃO DO CALENDÁRIO NACIONAL DE VACINAÇÃO

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    Desde o século XVIII, com a invenção da vacina contra a varíola, a imunização se tornou a principal estratégia de prevenção e controle de determinadas doenças infectocontagiosas no campo da Saúde Coletiva. A partir da criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), na década de 1970, os calendários vacinais sofreram inúmeras alterações em razão do surgimento de novos agravos e da mudança do perfil epidemiológico. O objetivo com este trabalho foi analisar as mudanças no calendário nacional de vacinação referente ao ano 2016. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa. A coleta de dados secundários ocorreu por meio de revisão bibliográfica de documentos oficias do Ministério da Saúde (MS) e de artigos científicos publicados no banco de dados Scielo. Desde 1998, o PNI recomenda que todos os recém-nascidos recebam a primeira dose da vacina contra hepatite B nas primeiras 24 horas de vida. Em 2001, ampliou-se a faixa etária até os 19 anos (SÃO PAULO, 2006). A partir de 2016, a vacina contra a hepatite B é ofertada para toda a população, em qualquer idade e/ou situação de vulnerabilidade, em decorrência do aumento da população idosa que mantém vida sexual ativa e, por vezes, sem uso de preservativo, aumentando os riscos de infecção pelo vírus da hepatite B (BRASIL, 2015). A vacina da poliomielite sofreu alteração de sua terceira dose, substituindo-se a vacina oral (VOP) pela vacina inativada (VIP); assim, somente o reforço será realizado com a VOP (BRASIL, 2015). A mudança ocorreu com o intuito de estabelecer uma nova etapa de prevenção da paralisia infantil, visto que a erradicação mundial da doença está próxima (BRASIL, 2016). Na vacina pneumocócica 10 valente, o Ministério da Saúde optou por um esquema de duas doses (aos dois e aos quatro meses), priorizando o reforço aos 12 meses; enquanto para crianças de um a quatro anos não vacinadas, a imunização é em dose única (BRASIL, 2015). Essa decisão foi justificada por estudos que mostraram a mesma efetividade entre o esquema antigo e o atual (BRASIL, 2016). Em 2014, a vacinação contra a hepatite A foi introduzida no PNI com o objetivo de diminuir a incidência de casos graves e óbitos pela doença (BRASIL, 2014). Essa vacina é ofertada para crianças com 15 meses de idade, em dose única; substituindo o esquema aos 12 meses (BRASIL, 2015). No esquema para vacinação contra o HPV, não é mais necessária a terceira dose, pois estudos mostraram uma efetividade equivalente entre o esquema antigo e o atual; porém, as mulheres portadoras de HIV entre nove e 26 anos devem continuar recebendo três doses (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2016). Na vacina meningocócica, a única mudança foi a troca do reforço dos 15 para os 12 meses (BRASIL, 2015). A partir disso, é visto que as atualizações no Calendário Nacional de Vacinação se sustentam em evidências científicas, o que legitima o comprometimento do Sistema Único de Saúde com a promoção da qualidade de vida da população infantil, adulta e idosa do País.Palavras-chave: Calendário. Imunização. Vacina

    Aspectos éticos na omissão do diagnóstico ao paciente em fim de vida

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    Introdução: Nos primórdios da prática médica, exercendo uma postura paternalista, o médico detinha o poder de decisão sobre a revelação do diagnóstico a seus pacientes. Porém, diante do atual cenário de um paciente em fim de vida, quando se esgotam as possibilidades de cura e a morte se torna previsível (GUTIERREZ, 2001), é importante ressaltar a importância do princípio bioético da autonomia, o qual se refere à liberdade e poder de decisão de cada indivíduo (SILVA et al., 2012). Objetivo: Identificar os princípios bioéticos envolvidos na não revelação do diagnóstico ao paciente em fim de vida. Metodologia: Foi realizada uma revisão bibliográfica de artigos científicos publicados nos bancos de dados Scielo e Lilacs e no livro Manual de Cuidados Paliativos da ANCP. Resultados: Diversos são os fatores que levam o médico à decisão de não revelar o diagnóstico ao paciente em fim de vida, como o baixo nível de compreensão e o estado emocional da família e do próprio doente (VISENTIN; LABRONICI; LENARDT, 2007). Além disso, no passado, acreditava-se que o sigilo médico perante o diagnóstico do paciente paliativo ia ao encontro do princípio de não maleficência, o qual consiste em não causar dano (FRANÇA, 2000). Atualmente, com o avanço dos estudos na área de cuidados paliativos, observa-se a importância da revelação diagnóstica no período que antecede a morte, já que este é um momento de resolução de questões pessoais antigas e também de entendimento acerca de sua espiritualidade, uma vez que tal período traz muitos medos e incertezas, os quais precisam ser dissolvidos e trabalhados pelo próprio paciente (CARVALHO; PARSONS, 2012). Impedir que este vivencie tal experiência significa tolher sua oportunidade de ressignificação dos sentimentos envolvidos na realidade na qual está inserido (VISENTIN; LABRONICI; LENARDT, 2007). Assim, relatar a verdade significa que o médico reconhece a autonomia do paciente como soberana perante qualquer fragilidade que a doença possa lhe causar e também frente a percepções alheias sobre tal condição (VISENTIN; LABRONICI; LENARDT, 2007). O médico também precisa estar preparado para abordar os pacientes que se recusam a saber seu diagnóstico, situação que igualmente exige respeito de sua autonomia e livre-arbítrio, não cabendo ao profissional julgar tal escolha. Ressalta-se, também, que, para atender às necessidades do paciente, é imprescindível que haja uma relação empática entre o médico e o doente, possibilitando o objetivo do cuidado, que é sustentar a esperança nos momentos difíceis (CARVALHO; PARSONS, 2012). Conclusão: Assim, conclui-se que a equipe de saúde, a qual inclui médicos, enfermeiros, psicólogos e fisioterapeutas, é a responsável pela possibilidade do exercício da autonomia no paciente paliativo, para que, no período entre o diagnóstico e a morte, este tenha a chance de fazer com que seus últimos momentos sejam vivenciados de maneira a conseguir conforto e possibilidade de reflexão acerca de suas questões espirituais e morais. Tal fato mostra que a omissão do diagnóstico não acarretará malefícios físicos, mas, sim, e tão importantes quanto, psicológicos e espirituais.Palavras-chave: Bioética. Autonomia. Cuidados paliativos. Revelação da verdade

    ATUAÇÃO ACADÊMICA NO DESENVOLVIMENTO DE OFICINA DE SEXUALIDADE NA ESCOLA

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    ATUAÇÃO ACADÊMICA NO DESENVOLVIMENTO DE OFICINA DE SEXUALIDADE NA ESCOLAIntrodução: segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) sexualidade é uma energia que move o indivíduo a buscar ternura, contato, amor, intimidade e autoconhecimento, que se integra no modo como se age, sente  e move (BOCK, 2004). Objetivo: desenvolver por meio da extensão acadêmica atividades de educação sexual na comunidade escolar. Metodologia: trata-se de uma pesquisa ação, que se originou de um  projeto raiz, intitulado "Unoesc na Escola". A oficina sobre sexualidade foi desenvolvida por acadêmicas do curso de medicina com orientação e supervisão docente, no segundo semestre de 2015, na  Escola Estadual São José, localizada no município de Herval D´ Oeste - SC. Resultado e Discussão: participaram voluntariamente dessa ação 55 estudantes do ensino médio. A oficina foi dividida em dois momentos. Iniciando com a apresentação e debate dos seguintes temas: concepções sobre sexualidade; aparelho reprodutor masculino e feminino; reprodução humana; menstruação; desenvolvimento fetal; Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST); gravidez; métodos contraceptivos. No segundo momento foi realizado uma atividade lúdica, compreendendo que ao utilizá-la estimularia o desenvolvimento de várias capacidades, como o diálogo e a reflexão sobre a realidade. Cada participante recebeu um símbolo, eles tinham que se movimentar e escolher outros integrantes para compor uma equipe. Ao final era revelado aos participantes que cada símbolo representava uma DST, assim esses jovens puderem aprender por meio da experiência o conceito de risco e vulnerabilidade e também conhecer como ocorre a transmissibilidade das doenças. Conclusões: o desenvolvimento de oficinas nas escolas se mostrou na prática uma excelente oportunidade de desenvolvimento de estratégias para a promoção da saúde de estudantes de ensino médio, na medida que estimula os jovens a promoverem o autocuidado e adotar estilos de vida saudáveis, reduzindo as vulnerabilidades às DST/Aids e Hepatites Virais. Desse modo, a extensão fortalece cada vez mais os laços e contratos entre Universidade-Escola-Comunidade. Atividades como essas, desenvolvidas por estudantes do curso de medicina envolvendo a comunidade local, marca um processo de cuidado educativo, cultural e científico que viabiliza a relação transformadora entre Universidade e Sociedade.Palavras-chave: Extensão universitária. Educação em saúde. Sexualidade

    ASSOCIAÇÃO ENTRE ALEITAMENTO MATERNO E INTERNAÇÕES POR PNEUMONIA EM CRIANÇAS MENORES DE UM ANO NO ESTADO DE SANTA CATARINA

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    Desde os primórdios da espécie humana, a amamentação esteve presente em 99,9% de sua evolução. Assim, percebe-se o papel de importância que esta prática tem no desenvolvimento da vida (DUNCAN, 2013). Além das diversas funções protetoras do leite materno, este reduz a morbidade por infecção respiratória, ainda mais significativamente quando o aleitamento materno é exclusivo nos primeiros seis meses de vida (CAMPOS JÚNIOR; BURNS; LOPEZ, 2014). O objetivo neste trabalho foi verificar qual a associação entre amamentação e internação hospitalar por pneumonia em crianças menores de um ano no Estado de Santa Catarina. Para tal, a partir de dados coletados no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e Departamento de Informática do SUS (DATASUS), foram calculadas as taxas de aleitamento materno exclusivo, bem como as taxas de internação hospitalar por pneumonia em crianças menores de um ano. Quanto aos resultados, a taxa de crianças menores de quatro meses em aleitamento materno no período estudado foi de 77,86%, enquanto a média do número de internações hospitalares por pneumonia foi de 5,64 a cada 1.000 crianças menores de um ano de idade. Realizado o cálculo do coeficiente de Pearson (CP), que evidenciou uma correlação inversa (CP= -0,013), foi demonstrado que à medida em que há maiores taxas de aleitamento materno há diminuição da morbidade hospitalar por pneumonia. Assim, com tal achado, a pesquisa mostra que a realidade de Santa Catarina corrobora as referências atuais de que a amamentação de maneira exclusiva nos primeiros quatro a seis meses de vida protege a criança de evoluir com formas graves de doença respiratória, como a pneumonia (PASSANHA; MANCUSO; SILVA, 2010). Fatores socioeconômicos, culturais e comportamentais condicionam a amamentação na espécie humana, distanciando-a de ser uma prática universal. Com isso, crescentes taxas de mortalidade infantil em razão de doenças que podem ser evitadas com o aleitamento materno estão sendo observadas em países subdesenvolvidos (DUNCAN, 2013). Portanto, a amamentação deve ser encorajada, visando, além do fortalecimento do vínculo afetivo entre a mãe e seu filho, a diminuição das taxas de doenças infecciosas, principalmente respiratórias, como demonstrado nos resultados.Palavras-chave: Aleitamento materno. Pneumonia. Infecção respiratória

    CUIDADOS PALIATIVOS: UMA ANÁLISE DOS PRINCÍPIOS BIOÉTICOS

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    Diante do aumento da expectativa de vida da população mundial e da elevação significativa nos índices de doenças crônico-degenerativas, a terapia de cuidados paliativos destaca-se como uma alternativa que proporciona aos pacientes com doença terminal um modelo de assistência pautado em alívio físico e emocional, garantindo uma morte digna dentro dos princípios bioéticos. Os objetivos com este estudo foram identificar os princípios bioéticos envolvidos na terapia de cuidados paliativos e analisar suas aplicações na prática médica. Realizou-se uma revisão bibliográfica de artigos científicos publicados nas Revistas Bioética e Bioethikos, nos bancos de dados Scielo e Lilacs e no livro Manual de Bioética: teoria e prática. A comunicação entre médico, paciente e familiares é imprescindível para uma boa evolução da terapia paliativa, visto que a atitude paternalista da equipe médica fere a autonomia do paciente (COELHO; FERREIRA, 2015). Além disso, deve-se informar as opções de tratamento e respeitar a escolha do paciente, mesmo que este opte por recusa de assistência (PESSINI; BERTACHINI, 2015; SILVA; SUDIGURSKY, 2008). Quando analisado o princípio da beneficência e da não maleficência, salienta-se que a terapia paliativa vai de encontro ao conceito de distanásia, que consiste em prolongar o processo de morrer, bem como o sofrimento, por meio de medidas fúteis (BONAMIGO, 2011; FLORIANI; SCHRAMM, 2008). Além disso, os pacientes em cuidados paliativos têm o direito de receber os tratamentos adequados para o alívio da dor e do sofrimento e serem respeitados em sua integridade (MACHADO; PESSINI; HOSSNE, 2007). Muitos dos pacientes terminais têm profundo interesse pela busca do sentido da vida, a despeito de sua inclinação religiosa, e podem sentir-se desamparados caso ninguém os auxilie nesse processo, sendo pertinente o holístico, considerando-se não apenas o aspecto fisiológico do paciente, mas também o espiritual (PERES et al., 2007). Conclui-se que, no contexto dos cuidados paliativos, a beneficência consiste em tratar o paciente como um todo, aliviando a dor e o sofrimento, bem como considerando os aspectos psicossociais. A não maleficência visa não prolongar artificialmente a vida do paciente com grande aumento do sofrimento. A autonomia consiste no respeito às escolhas dos pacientes. Por isso, a atenção aos princípios da bioética envolvidos na terapia paliativa deve estar em foco, uma vez que, ciente dos direitos dos pacientes, a equipe média poderá trabalhar de maneira mais humana e eficaz com estes.Palavras-chave: Cuidados paliativos. Princípios bioéticos. Beneficência e não maleficência. Autonomia

    IMPORTÂNCIA DA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE NA ADESÃO AO TRATAMENTO DO DIABETES MELLITUS

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    A relação médico-paciente é essencial para a prática médica, uma vez que influencia na adesão ao tratamento por parte do paciente. O diabetes mellitus é um distúrbio metabólico crônico caracterizado por hiperglicemia em decorrência da deficiência de insulina, frequentemente combinada com resistência insulínica (RANG et al., 2003, p. 440). No presente estudo objetivou-se caracterizar, por meio de uma revisão de literatura científica dos últimos 15 anos realizada por intermédio de artigos disponíveis na base de dados da SciELO, a importância da relação médico-paciente na adesão ao tratamento do diabetes mellitus. Segundo Acelas e Ochoa (2010), a definição de aderência terapêutica em pacientes com risco cardiovascular ocorre pela utilização de medicação associada à modificação dos hábitos de vida, os quais coincidem com a conduta médica escolhida. Nos últimos anos, é possível observar uma atenção redobrada aos fatores relacionados ao diabetes, como a percepção de sintomas, o nível de conhecimento da população acerca da doença e o estresse consequente dessa condição (DUQUE; HENAO; CARDONA, 2011). Diante da necessidade de o médico estar preparado para contribuir na adesão, é imprescindível que a classe médica se conscientize da magnitude desse assunto, adotando medidas, como o comando de grupos de apoio, a realização de campanhas educativas e o constante destaque para a importância do tratamento (ROCHA, 2003). O médico precisa estar ciente de que o maior número de medicamentos prescritos e os esquemas terapêuticos de maior complexidade prejudicam a adesão. Ainda, é preciso saber manejar pacientes assintomáticos que imaginam não necessitarem de auxílio, em razão da crença de não estarem “doentes” (LEITE; VASCONCELLOS, 2003). Percebe-se que uma postura médica atuante e centrada em um cuidado holístico, buscando melhores métodos de adesão e cultivando uma relação médico-paciente saudável, na qual o médico busca entender a realidade de seu paciente, é o ponto principal para um maior entendimento da população no que diz respeito a essa patologia e, consequentemente, para uma efetividade no tratamento do diabetes mellitus.Palavras-chave: Relação médico-paciente. Diabetes mellitus. Adesão do paciente

    ASSOCIAÇÃO ENTRE ALEITAMENTO MATERNO E INTERNAÇÕES POR PNEUMONIA EM CRIANÇAS MENORES DE UM ANO NO ESTADO DE SANTA CATARINA

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    Desde os primórdios da espécie humana, a amamentação esteve presente em 99,9% de sua evolução. Assim, percebe-se o papel de importância que esta prática tem no desenvolvimento da vida (DUNCAN, 2013). Além das diversas funções protetoras do leite materno, este reduz a morbidade por infecção respiratória, ainda mais significativamente quando o aleitamento materno é exclusivo nos primeiros seis meses de vida (CAMPOS JÚNIOR; BURNS; LOPEZ, 2014). O objetivo neste trabalho foi verificar qual a associação entre amamentação e internação hospitalar por pneumonia em crianças menores de um ano no Estado de Santa Catarina. Para tal, a partir de dados coletados no Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB), Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e Departamento de Informática do SUS (DATASUS), foram calculadas as taxas de aleitamento materno exclusivo, bem como as taxas de internação hospitalar por pneumonia em crianças menores de um ano. Quanto aos resultados, a taxa de crianças menores de quatro meses em aleitamento materno no período estudado foi de 77,86%, enquanto a média do número de internações hospitalares por pneumonia foi de 5,64 a cada 1.000 crianças menores de um ano de idade. Realizado o cálculo do coeficiente de Pearson (CP), que evidenciou uma correlação inversa (CP= -0,013), foi demonstrado que à medida em que há maiores taxas de aleitamento materno há diminuição da morbidade hospitalar por pneumonia. Assim, com tal achado, a pesquisa mostra que a realidade de Santa Catarina corrobora as referências atuais de que a amamentação de maneira exclusiva nos primeiros quatro a seis meses de vida protege a criança de evoluir com formas graves de doença respiratória, como a pneumonia (PASSANHA; MANCUSO; SILVA, 2010). Fatores socioeconômicos, culturais e comportamentais condicionam a amamentação na espécie humana, distanciando-a de ser uma prática universal. Com isso, crescentes taxas de mortalidade infantil em razão de doenças que podem ser evitadas com o aleitamento materno estão sendo observadas em países subdesenvolvidos (DUNCAN, 2013). Portanto, a amamentação deve ser encorajada, visando, além do fortalecimento do vínculo afetivo entre a mãe e seu filho, a diminuição das taxas de doenças infecciosas, principalmente respiratórias, como demonstrado nos resultados.Palavras-chave: Aleitamento materno. Pneumonia. Infecção respiratória

    ANÁLISE DA ATUALIZAÇÃO DO CALENDÁRIO NACIONAL DE VACINAÇÃO

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    Desde o século XVIII, com a invenção da vacina contra a varíola, a imunização se tornou a principal estratégia de prevenção e controle de determinadas doenças infectocontagiosas no campo da Saúde Coletiva. A partir da criação do Programa Nacional de Imunizações (PNI), na década de 1970, os calendários vacinais sofreram inúmeras alterações em razão do surgimento de novos agravos e da mudança do perfil epidemiológico. O objetivo com este trabalho foi analisar as mudanças no calendário nacional de vacinação referente ao ano 2016. Trata-se de uma pesquisa exploratória e descritiva, com abordagem qualitativa. A coleta de dados secundários ocorreu por meio de revisão bibliográfica de documentos oficias do Ministério da Saúde (MS) e de artigos científicos publicados no banco de dados Scielo. Desde 1998, o PNI recomenda que todos os recém-nascidos recebam a primeira dose da vacina contra hepatite B nas primeiras 24 horas de vida. Em 2001, ampliou-se a faixa etária até os 19 anos (SÃO PAULO, 2006). A partir de 2016, a vacina contra a hepatite B é ofertada para toda a população, em qualquer idade e/ou situação de vulnerabilidade, em decorrência do aumento da população idosa que mantém vida sexual ativa e, por vezes, sem uso de preservativo, aumentando os riscos de infecção pelo vírus da hepatite B (BRASIL, 2015). A vacina da poliomielite sofreu alteração de sua terceira dose, substituindo-se a vacina oral (VOP) pela vacina inativada (VIP); assim, somente o reforço será realizado com a VOP (BRASIL, 2015). A mudança ocorreu com o intuito de estabelecer uma nova etapa de prevenção da paralisia infantil, visto que a erradicação mundial da doença está próxima (BRASIL, 2016). Na vacina pneumocócica 10 valente, o Ministério da Saúde optou por um esquema de duas doses (aos dois e aos quatro meses), priorizando o reforço aos 12 meses; enquanto para crianças de um a quatro anos não vacinadas, a imunização é em dose única (BRASIL, 2015). Essa decisão foi justificada por estudos que mostraram a mesma efetividade entre o esquema antigo e o atual (BRASIL, 2016). Em 2014, a vacinação contra a hepatite A foi introduzida no PNI com o objetivo de diminuir a incidência de casos graves e óbitos pela doença (BRASIL, 2014). Essa vacina é ofertada para crianças com 15 meses de idade, em dose única; substituindo o esquema aos 12 meses (BRASIL, 2015). No esquema para vacinação contra o HPV, não é mais necessária a terceira dose, pois estudos mostraram uma efetividade equivalente entre o esquema antigo e o atual; porém, as mulheres portadoras de HIV entre nove e 26 anos devem continuar recebendo três doses (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA, 2016). Na vacina meningocócica, a única mudança foi a troca do reforço dos 15 para os 12 meses (BRASIL, 2015). A partir disso, é visto que as atualizações no Calendário Nacional de Vacinação se sustentam em evidências científicas, o que legitima o comprometimento do Sistema Único de Saúde com a promoção da qualidade de vida da população infantil, adulta e idosa do País.Palavras-chave: Calendário. Imunização. Vacina

    ATUAÇÃO ACADÊMICA NO DESENVOLVIMENTO DE OFICINA DE SEXUALIDADE NA ESCOLA

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    ATUAÇÃO ACADÊMICA NO DESENVOLVIMENTO DE OFICINA DE SEXUALIDADE NA ESCOLAIntrodução: segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) sexualidade é uma energia que move o indivíduo a buscar ternura, contato, amor, intimidade e autoconhecimento, que se integra no modo como se age, sente  e move (BOCK, 2004). Objetivo: desenvolver por meio da extensão acadêmica atividades de educação sexual na comunidade escolar. Metodologia: trata-se de uma pesquisa ação, que se originou de um  projeto raiz, intitulado "Unoesc na Escola". A oficina sobre sexualidade foi desenvolvida por acadêmicas do curso de medicina com orientação e supervisão docente, no segundo semestre de 2015, na  Escola Estadual São José, localizada no município de Herval D´ Oeste - SC. Resultado e Discussão: participaram voluntariamente dessa ação 55 estudantes do ensino médio. A oficina foi dividida em dois momentos. Iniciando com a apresentação e debate dos seguintes temas: concepções sobre sexualidade; aparelho reprodutor masculino e feminino; reprodução humana; menstruação; desenvolvimento fetal; Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST); gravidez; métodos contraceptivos. No segundo momento foi realizado uma atividade lúdica, compreendendo que ao utilizá-la estimularia o desenvolvimento de várias capacidades, como o diálogo e a reflexão sobre a realidade. Cada participante recebeu um símbolo, eles tinham que se movimentar e escolher outros integrantes para compor uma equipe. Ao final era revelado aos participantes que cada símbolo representava uma DST, assim esses jovens puderem aprender por meio da experiência o conceito de risco e vulnerabilidade e também conhecer como ocorre a transmissibilidade das doenças. Conclusões: o desenvolvimento de oficinas nas escolas se mostrou na prática uma excelente oportunidade de desenvolvimento de estratégias para a promoção da saúde de estudantes de ensino médio, na medida que estimula os jovens a promoverem o autocuidado e adotar estilos de vida saudáveis, reduzindo as vulnerabilidades às DST/Aids e Hepatites Virais. Desse modo, a extensão fortalece cada vez mais os laços e contratos entre Universidade-Escola-Comunidade. Atividades como essas, desenvolvidas por estudantes do curso de medicina envolvendo a comunidade local, marca um processo de cuidado educativo, cultural e científico que viabiliza a relação transformadora entre Universidade e Sociedade.Palavras-chave: Extensão universitária. Educação em saúde. Sexualidade
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