6 research outputs found

    Garimpeiras locais contra as Minas Gerais: o que elas me ensinaram sobre capitalismo e ciência

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    This text was built weaving two narratives: the first is the concern of the people of São João da Chapada/MG with the increasing intensity of the invasion of capitalism within their lives and how they are dealing with this. The second is my concern in helping the invasion of all thing non-western and western deviants within archaeology and anthropology and how I’m dealing with that. Going through the paths that I planned I came across with the adaptational devices used by these people to survive without hanging themselves with the overlaps, clenches and tangles of the webs of relations being increasingly more influenced by the methods of domination of modernity and capitalism. In São João da Chapada we can see how much the acceleration of the process of enclosure and Science are the main disciplinary, colonizing and standardizing instruments used to push people even more towards the capitalist way of life. With that being the central concern of all, this work brings an account of these people’s resistances and sets out from there to understand the relations that happen. Guided by decolonial indigenous theorists and specially by my experiences in São João da Chapada I saw the need to make a text that isn’t just an ethnographical dissertation but to also experiment an inversion to this process and forge knowledges about archaeology guided by my fieldwork. I conclude with some considerations about how to construct other archaeological methodologies that could help us to destroy the patriarchal basis of our praxis.Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPESEsse texto foi construído a partir de duas tramas: a primeira é a da preocupação das pessoas de São João com a intensidade cada vez maior da ocupação Ocidental e como estão lidando com isso. A segunda é a minha preocupação em ajudar as ocupações não-ocidentais e de tudo que desvia da ocidentalidade no fazer arqueológico e antropológico e como eu tentei lidar com isso. Ao percorrer os caminhos que me propus me deparei com os mecanismos de adaptação usados por estas mulheres para sobreviver sem se enforcar nas sobreposições, apertos e embaraços das redes de relações sendo influenciadas cada vez mais pelas estratégias de dominação da modernidade e do capitalismo. Em São João da Chapada podemos ver o quanto a aceleração do processo de cercamento de terras e a Ciência são os principais instrumentos disciplinadores, colonizadores e reguladores, usados para empurrar as pessoas mais e mais em direção a um modo de vida capitalista. Sendo esta a preocupação maior de todos ali este trabalho traz uma descrição das resistências e parte delas para entender as relações que lá acontecem. Orientada por teóricas indígenas descoloniais e principalmente pelas experiências em São João da Chapada, vi a necessidade da produção de um texto que não se tratasse apenas de uma descrição etnográfica, mas de experimentar uma inversão a este processo e produzir conhecimentos sobre a arqueologia orientados pelas minhas experiências de campo. Finalizo então com uma reflexão sobre como construir outras metodologias arqueológicas que nos ajudem a destruir as bases patriarcais da nossa prática

    DIO: um jogo em dispositivos móveis para mapear câmeras de vigilância | DIO: a mobile game to map surveillance cameras

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    RESUMO Na sociedade contemporânea, as câmeras de vigilância são tecnologias de uso rápido e crescente. As razões dadas para essa proliferação estão principalmente relacionadas a preocupações com segurança. Nos países pobres, a ênfase está no controle da criminalidade urbana. Nos países ricos, elas são justificadas também pela ameaça do terrorismo. DIO é um jogo para celulares, ainda em desenvolvimento, que tematiza a proliferação das câmeras em áreas urbanas, promovendo um mapeamento colaborativo de sua localização geográfica. Os jogadores escolhem uma de duas equipes a quem se associam e desenvolvem as seguintes tarefas: 1) geolocalizar e fotografar câmeras de vigilância distribuídas pelas ruas; 2) competem com o outro time pelo controle das câmeras. As câmeras cadastradas então se transformam em pontos geolocalizados com os quais os jogadores interagem, com as câmeras sendo “capturadas” quando o jogador está fisicamente próximo a elas. Este artigo apresenta o enredo básico do jogo, suas regras e sua dinâmica. Também discute o uso econômico de dados pessoais, sua importância prevista no mercado mundial no futuro próximo e como tematizar essa questão fazendo uso de gameficação. Palavras-chave: Vigilância; Privacidade; Gameficação; Dados Pessoais; Economia Digital.  ABSTRACT Surveillance cameras are technologies with fast, growing use in today's society. Their use is usually for security reasons. In poorer countries, the emphasis is on curbing urban crime; in richer nations, it is the threat posed by terrorism. DIO is a game for mobile phones, still in development, which thematizes the rampant proliferation of cameras in urban areas, promoting a collaborative mapping of their geographic location. Players choose which group they will join and have the following tasks: 1) geolocate and photograph surveillance cameras scattered around the city; 2) compete with the other team for control of the cameras. Registered cameras will then be transformed into geolocated points with which the player interacts, with cameras being “taken” when the player is physically close to them. This article presents the basic plot of the game, its rules and dynamics. It also discusses the economic uses of personal data, its growing role in the market in the near future and how to thematize this issue through gamification. Keywords: Surveillance; Privacy; Gamification; Personal Data; Digital Economy

    A saia justa da Arqueologia Brasileira: mulheres e feminismos em apuro bibliográfico

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    Este trabalho introduz uma reflexão sobre as condições estruturantes da arqueologia brasileira no que se refere a assimetrias de sexo e gênero, mapeando o papel das arqueólogas e das teorias feministas nos processos de construção e comunicação científica e na formação de estudantes a partir da composição sexual da comunidade científica, da análise de publicações em periódicos e dos projetos pedagógicos dos cursos de graduação em Arqueologia
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