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    TRATAMENTO DE ÁGUA EM MICRO ESTAÇÃO COM FILTRAGEM A BASE DE CARVÃO DA CASCA DA BANANA

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    Introdução: As várzeas são locais de grande fertilidade, constituídas de áreas planas nas margens dos rios e córregos, onde 90% da população rural amazonense fixam suas moradias. Nestes locais, a vida se move com ciclo das águas, cuja vazante nos rios chega a secar quase, ou até completamente, diversos mananciais. Em alguns casos podem restar pequenas lâminas de água, porém com condições impróprias para o consumo humano. Análises realizadas determinaram que em regiões específicas do rio Amazonas, as várzeas podem apresentar uma concentração elevada de diversos metais, tais como o ferro e o mercúrio (metais provenientes do solo, de atividades humanas ou de despejos industriais). Tendo em vista que o uso da água coletada nos rios é indispensável para as populações ribeirinhas, e que grande parte desta população não tem acesso a água tratada, faz-se necessário a elaboração de produtos ou meios, que possam ser de fácil acesso ou produção, para o tratamento da água local. Isso porque, o consumo de íons metálicos por ribeirinhos pode acarretar graves consequências para saúde destas populações. Objetivo: O presente trabalho propõe então a elaboração de uma unidade de tratamento de água compacta, onde os próprios ribeirinhos possam montar e realizar sua manutenção, através de refis de filtragem produzidos com materiais provenientes da própria mata, capazes de purificar a água coletada em várzeas do Solimões. Método: Para tanto, foram utilizados dois garrafões de água de 20 litros para constituir a estrutura da “microestação”, um para a filtragem e outro para a decantação. A unidade de filtragem utilizou carvão ativado da casca da banana. Para ligar um garrafão ao outro, foi utilizado um cano curto de PVC de 30 polegadas. O coletor de água tratada foi uma garrafa plástica de água de 05 litro, com uma torneira de bebedouro. A água utilizada para o teste foi uma mistura de 6 litros de água, argila e palha de aço de cozinha (ferro), na proporção de dois litros de água para 100 gramas de palha de aço, o que levou a uma solução de cor alaranjada coma alta concentração de ferro. Para comprovação da eficiência do filtro, foi feito um teste através de eletrólise, utilizando grafite de lápis e uma bateria de 9 volts. Resultado: Em uma observação qualitativa visual, surpreendentemente a água coletada da “microestação” apresentava-se quase que totalmente clara, quando comparada com a de cor laranja aplicada no início do tratamento. Além disso, diferente da mistura aplicada na “micro-estação”, o teste de eletrólise comprovou a ausência de ferro na água coletada. Conclusão: Apesar do resultado, onde o sistema de tratamento por decantação e filtragem com carvão produzido a partir da casca da banana reduziu sensivelmente a presença de ferro e impurezas em solução de água contaminada, novos testes têm que ser realizados. Isso porque, estudos apontam também a presença de diversos microrganismos altamente patogênicos, além do mercúrio, nas várzeas do Amazonas, podendo levar a casos extremos de diferentes doenças nas comunidades ribeirinhas
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