7 research outputs found

    Obesidade, microbiota intestinal e intervenções dietéticas : uma revisão sistemática

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    Introdução: A obesidade é um importante problema de saúde pública e afeta desde crianças até idosos. A prevalência da obesidade tem aumentado significativamente no mundo inteiro. A microbiota intestinal de pacientes obesos parece ser diferente da dos eutróficos e intervenções que modificam a microbiota podem interferir no peso. Objetivo: Revisar de forma sistemática a literatura científica, a fim de buscar as possíveis associações entre modulação da microbiota pela dieta e alteração de peso corporal, identificando o tempo de intervenção, o fator em estudo, o tipo e a dose do componente dietético e os desfechos clínicos correlacionados com a modulação da microbiota e a obesidade. Metodologia: A busca de artigos foi realizada nas bases de dados MEDLINE/Pubmed e Scielo, utilizando as seguintes combinações de descritores e seus respectivos sinônimos: “microbiota”, “obesity”, “diet”, “randomized controlled trial”. Foram incluídos estudos originais, publicados até agosto de 2016, sobre obesidade e internvenções dietéticas, em seres humanos e animais, sempre que houvesse avaliação de microbiota intestinal e de peso corporal ou de parâmetros clínicos relacionados à obesidade. Resultados: Foram encontrados 61 artigos, destes, 46 foram excluidos, pois não contemplavam os requisitos mínimos para a revisão. Por fim, 15 artigos foram incluídos. A intervenção mais recorrente foi com prebióticos, seguido por dietas de baixa caloria. Os principais achados em relação à microbiota, após as intervenções dietéticas, foram a elevação na diversidade dos filos, ou seja, aumento da variedade de espécies de um determinado filo bacteriano e a elevação na razão entre os filos, que representa a variação na proporção de um filo para o outro. O tempo de intervenção em humanos variou de 6 a 48 semanas, e nos animais o tempo de intervenção variou de 7 a 16 semanas. Quanto ao impacto das intervenções do ponto de vista clínico e antropométrico, foi encontrado aumento da sensibilidade insulínica em 40% dos estudos, redução nos níveis de marcadores inflamatórios relacionados com a obesidade em 26,6 % dos estudos, e redução do IMC em 33,3 % dos estudos ao término das intervenções. Conclusão: As intervenções que modulam a microbiota intestinal, principalmente a partir de prebióticos, mostram resultados animadores para o manejo adjuvante da obesidade, impactando na melhora dos níveis de insulina, diminuição de marcadores inflamatórios e IMC. Porém, os estudos são heterogêneos e utilizam múltiplas formas de amostras, doses, tempo de intervenção e técnicas de avaliação da microbiota, o que dificulta uma análise mais conclusiva e definitiva

    Obesidade, microbiota intestinal e intervenções dietéticas : uma revisão sistemática

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    Introdução: A obesidade é um importante problema de saúde pública e afeta desde crianças até idosos. A prevalência da obesidade tem aumentado significativamente no mundo inteiro. A microbiota intestinal de pacientes obesos parece ser diferente da dos eutróficos e intervenções que modificam a microbiota podem interferir no peso. Objetivo: Revisar de forma sistemática a literatura científica, a fim de buscar as possíveis associações entre modulação da microbiota pela dieta e alteração de peso corporal, identificando o tempo de intervenção, o fator em estudo, o tipo e a dose do componente dietético e os desfechos clínicos correlacionados com a modulação da microbiota e a obesidade. Metodologia: A busca de artigos foi realizada nas bases de dados MEDLINE/Pubmed e Scielo, utilizando as seguintes combinações de descritores e seus respectivos sinônimos: “microbiota”, “obesity”, “diet”, “randomized controlled trial”. Foram incluídos estudos originais, publicados até agosto de 2016, sobre obesidade e internvenções dietéticas, em seres humanos e animais, sempre que houvesse avaliação de microbiota intestinal e de peso corporal ou de parâmetros clínicos relacionados à obesidade. Resultados: Foram encontrados 61 artigos, destes, 46 foram excluidos, pois não contemplavam os requisitos mínimos para a revisão. Por fim, 15 artigos foram incluídos. A intervenção mais recorrente foi com prebióticos, seguido por dietas de baixa caloria. Os principais achados em relação à microbiota, após as intervenções dietéticas, foram a elevação na diversidade dos filos, ou seja, aumento da variedade de espécies de um determinado filo bacteriano e a elevação na razão entre os filos, que representa a variação na proporção de um filo para o outro. O tempo de intervenção em humanos variou de 6 a 48 semanas, e nos animais o tempo de intervenção variou de 7 a 16 semanas. Quanto ao impacto das intervenções do ponto de vista clínico e antropométrico, foi encontrado aumento da sensibilidade insulínica em 40% dos estudos, redução nos níveis de marcadores inflamatórios relacionados com a obesidade em 26,6 % dos estudos, e redução do IMC em 33,3 % dos estudos ao término das intervenções. Conclusão: As intervenções que modulam a microbiota intestinal, principalmente a partir de prebióticos, mostram resultados animadores para o manejo adjuvante da obesidade, impactando na melhora dos níveis de insulina, diminuição de marcadores inflamatórios e IMC. Porém, os estudos são heterogêneos e utilizam múltiplas formas de amostras, doses, tempo de intervenção e técnicas de avaliação da microbiota, o que dificulta uma análise mais conclusiva e definitiva
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