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    Perfil microbiológico dos pacientes diagnosticados com epidermólise bolhosa congênita

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    Objetivos: Epidermólise Bolhosa Congênita (EBC) é um grupo heterogêneo de genodermatoses caracterizado por fragilidade da pele e mucosas que leva à formação de bolhas e erosões. Infecção é uma das principais complicações associadas à doença, e a sepse permanece como importante causa de mortalidade entre os pacientes. Nosso objetivo neste estudo foi investigar e analisar aspectos bacteriológicos de colonização dos pacientes com EBC. Métodos: Realizamos um estudo transversal no Departamento de Dermatologia da UFCSPA, que recrutou pacientes com EBC provenientes de diferentes regiões do país, durante um período de dois anos. Dados clínicos foram coletados através de anamnese e exame físico/dermatológico. A investigação bacteriológica foi realizada em espécimes clínicos coletados de cinco sítios corporais através de swabs. Presença de Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa foi confirmada por testes bioquímicos. Isolados de S. aureus foram adicionalmente investigados quanto à presença dos genes nuc e mecA, através da técnica de PCR, e quanto ao perfil de suscetibilidade antimicrobiana, através do método disco difusão. Resultados: Oitenta e nove pacientes com EBC foram incluídos no estudo. S. aureus foi o agente mais frequentemente encontrado colonizando todos os sítios investigados, com uma prevalência geral de 51,7%. Pacientes colonizados por S. aureus nas narinas e no umbigo apresentaram um risco 3,4 vezes superior de também apresentar o agente nas lesões de pele. O gene mecA, que codifica resistência à meticilina, foi verificado em 24,7% de todos os isolados de S. aureus (MRSA). A frequência de colonização por MRSA entre nossos pacientes foi 15,7%. Pseudomonas aeruginosa foi identificada em 9% da nossa amostra. Conclusões: Este foi o primeiro estudo brasileiro sobre colonização microbiana em pacientes com EBC. As altas taxas de colonização pelo S. aureus e, em especial, pela sua variante MRSA, reforçam a necessidade de se conhecer o perfil bacteriológico dessa população específica, para a instituição de tratamentos mais eficazes, com menor risco de cronificação de feridas e de complicações infecciosas graves.Objective: Epidermolysis bullosa (EB) is a large heterogeneous group of genodermatosis characterized by skin and mucosal fragility that leads to blister and erosion formation. One of the most common complications of the disease is infection and sepsis still figures as an important cause of death among this patients. Our aim was to investigate and analyze bacteriological aspects of colonization of patients with EB in our country. Methods: We conducted a cross-sectional study at the Department of Dermatology from UFCSPA, recruiting patients with EB from different regions of Brazil, during a 2-year period. Clinical data was obtained through anamnesis and physical/dermatological examination. Bacteriological investigation was performed in clinical specimens collected through swabs from 5 body sites. Presence of Staphylococcus aureus and Pseudomonas aeruginosa was confirmed by biochemical tests. S. aureus isolates were further submitted to nuc and mecA genes investigation by PCR assay and also to antimicrobial susceptibility analysis by disk diffusion method. Results: Eighty-nine patients with EB were included in our study. S. aureus was the most frequent agent founded colonizing all body sites, with an overall prevalence of 51.7%. Patients with S. aureus colonization of the anterior nares and bellly button had a 3.4 times higher risk of also having skin lesions colonized by the same agent. The mecA gene was seen in 24.7% of all S. aureus isolates. Frequency of colonization by MRSA among our patients was 15.7%. Pseudomonas aeruginosa was identified in 9% of our sample. Conclusions: This was the first study on microbiological aspects of colonization of EB patients in Brazil. The high colonization rates by S. aureus in this population, especially by its MRSA variant, emphasize the importance of new medical approaches in order to minimize risks of wound healing delay and life-threatening infections

    Perfil microbiológico dos pacientes diagnosticados com epidermólise bolhosa congênita

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    Objetivos: Epidermólise Bolhosa Congênita (EBC) é um grupo heterogêneo de genodermatoses caracterizado por fragilidade da pele e mucosas que leva à formação de bolhas e erosões. Infecção é uma das principais complicações associadas à doença, e a sepse permanece como importante causa de mortalidade entre os pacientes. Nosso objetivo neste estudo foi investigar e analisar aspectos bacteriológicos de colonização dos pacientes com EBC. Métodos: Realizamos um estudo transversal no Departamento de Dermatologia da UFCSPA, que recrutou pacientes com EBC provenientes de diferentes regiões do país, durante um período de dois anos. Dados clínicos foram coletados através de anamnese e exame físico/dermatológico. A investigação bacteriológica foi realizada em espécimes clínicos coletados de cinco sítios corporais através de swabs. Presença de Staphylococcus aureus e Pseudomonas aeruginosa foi confirmada por testes bioquímicos. Isolados de S. aureus foram adicionalmente investigados quanto à presença dos genes nuc e mecA, através da técnica de PCR, e quanto ao perfil de suscetibilidade antimicrobiana, através do método disco difusão. Resultados: Oitenta e nove pacientes com EBC foram incluídos no estudo. S. aureus foi o agente mais frequentemente encontrado colonizando todos os sítios investigados, com uma prevalência geral de 51,7%. Pacientes colonizados por S. aureus nas narinas e no umbigo apresentaram um risco 3,4 vezes superior de também apresentar o agente nas lesões de pele. O gene mecA, que codifica resistência à meticilina, foi verificado em 24,7% de todos os isolados de S. aureus (MRSA). A frequência de colonização por MRSA entre nossos pacientes foi 15,7%. Pseudomonas aeruginosa foi identificada em 9% da nossa amostra. Conclusões: Este foi o primeiro estudo brasileiro sobre colonização microbiana em pacientes com EBC. As altas taxas de colonização pelo S. aureus e, em especial, pela sua variante MRSA, reforçam a necessidade de se conhecer o perfil bacteriológico dessa população específica, para a instituição de tratamentos mais eficazes, com menor risco de cronificação de feridas e de complicações infecciosas graves.Objective: Epidermolysis bullosa (EB) is a large heterogeneous group of genodermatosis characterized by skin and mucosal fragility that leads to blister and erosion formation. One of the most common complications of the disease is infection and sepsis still figures as an important cause of death among this patients. Our aim was to investigate and analyze bacteriological aspects of colonization of patients with EB in our country. Methods: We conducted a cross-sectional study at the Department of Dermatology from UFCSPA, recruiting patients with EB from different regions of Brazil, during a 2-year period. Clinical data was obtained through anamnesis and physical/dermatological examination. Bacteriological investigation was performed in clinical specimens collected through swabs from 5 body sites. Presence of Staphylococcus aureus and Pseudomonas aeruginosa was confirmed by biochemical tests. S. aureus isolates were further submitted to nuc and mecA genes investigation by PCR assay and also to antimicrobial susceptibility analysis by disk diffusion method. Results: Eighty-nine patients with EB were included in our study. S. aureus was the most frequent agent founded colonizing all body sites, with an overall prevalence of 51.7%. Patients with S. aureus colonization of the anterior nares and bellly button had a 3.4 times higher risk of also having skin lesions colonized by the same agent. The mecA gene was seen in 24.7% of all S. aureus isolates. Frequency of colonization by MRSA among our patients was 15.7%. Pseudomonas aeruginosa was identified in 9% of our sample. Conclusions: This was the first study on microbiological aspects of colonization of EB patients in Brazil. The high colonization rates by S. aureus in this population, especially by its MRSA variant, emphasize the importance of new medical approaches in order to minimize risks of wound healing delay and life-threatening infections

    Epidermólise bolhosa hereditária: atualização dos aspectos clínicos e genéticos

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    Inherited epidermolysis bullosa is a group of genetic diseases characterized by skin fragility and blistering on the skin and mucous membranes in response to minimal trauma. Epidermolysis bullosa is clinically and genetically very heterogeneous, being classified into four main types according to the layer of skin in which blistering occurs: epidermolysis bullosa simplex (intraepidermal), junctional epidermolysis bullosa (within the lamina lucida of the basement membrane), dystrophic epidermolysis bullosa (below the basement membrane), and Kindler epidermolysis bullosa (mixed skin cleavage pattern). Furthermore, epidermolysis bullosa is stratified into several subtypes, which consider the clinical characteristics, the distribution of the blisters, and the severity of cutaneous and extracutaneous signs. Pathogenic variants in at least 16 genes that encode proteins essential for the integrity and adhesion of skin layers have already been associated with different subtypes of epidermolysis bullosa. The marked heterogeneity of the disease, which includes phenotypes with a broad spectrum of severity and many causal genes, hinders its classification and diagnosis. For this reason, dermatologists and geneticists regularly review and update the classification criteria. This review aimed to update the state of the art on inherited epidermolysis bullosa, with a special focus on the associated clinical and genetic aspects, presenting data from the most recent reclassification consensus, published in 2020.A epidermólise bolhosa hereditária compreende um grupo de doenças genéticas caracterizadas por fragilidade cutânea e formação de bolhas na pele e nas mucosas em resposta a trauma mínimo. A epidermólise bolhosa é clínica e geneticamente muito heterogênea, classificada em quatro tipos principais de acordo com a camada da pele na qual ocorre a formação de bolhas: simples (intraepidérmica), juncional (dentro da lâmina lúcida da membrana basal), distrófica (abaixo da membrana basal) e de Kindler (padrão misto de clivagem da pele). Além disso, a epidermólise bolhosa é subclassificada em diversos subtipos, que consideram as características clínicas, a distribuição das bolhas e a gravidade dos sinais cutâneos e extracutâneos. Variantes patogênicas em pelo menos 16 genes, que codificam proteínas essenciais para integridade e adesão das camadas da pele, já foram associadas aos distintos subtipos de epidermólise bolhosa. A marcante heterogeneidade da doença, que inclui fenótipos com amplo espectro de gravidade e muitos genes causais, dificulta sua classificação e seu diagnóstico. Por isso, dermatologistas e geneticistas reúnem‐se periodicamente a fim de revisar e atualizar os critérios de classificação da doença. A presente revisão tem como objetivo atualizar o estado da arte sobre a epidermólise bolhosa hereditária, com foco especial nos aspectos clínicos e genéticos associados, e trazer dados do mais recente consenso de reclassificação, publicado em 2020

    Increased prevalence of low back pain among physiotherapy students compared to medical students

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    Some studies have demonstrated that physiotherapists have a high prevalence of low back pain (LBP). The association between physiotherapy students, who are potentially exposed to the same LBP occupational risks as graduates, and LBP has never been demonstrated. The objective of the study is to evaluate the association between undergraduate physiotherapy study and LBP. The study design includes a cross-sectional study. A questionnaire-based study was carried out with physiotherapy and medical students. LBP was measured as lifetime, 1-year and point prevalence. Bivariate and multivariate analyses were performed to find the factors associated with LBP. Bivariate analyses were also performed to assess differences between LBP characteristics in the two courses. 77.9% of the students had LBP at some point in their lives, 66.8% in the last year and 14.4% of them reported they were suffering from LBP at the moment of answering the questionnaire. Physiotherapy students reported a higher prevalence of LBP when compared with the medical students in all measures. In the logistic regression model, physiotherapy students (A-OR 2.51; 95% CI 1.35–4.67; p = 0.003), and being exposed to the undergraduate study for more than four semesters (A-OR 2.55; 95% CI 1.43–4.55; p = 0.001) were independently associated with LBP. There were no differences between the courses concerning pain intensity and disability. As it was a cross-sectional study, we were not able to observe accurately if there is an increasing incidence of LBP during the course. Also, we did not intend to identify which activities in the course were associated with the development of LBP. This study clearly demonstrated an association between undergraduate physiotherapy study and LBP. The length of course exposure is also associated with LBP
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