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    Bioprótese valvar de pericárdio bovino St Jude Medical-Biocor: sobrevida tardia St Jude Medical-Biocor bovine pericardial bioprosthesis: long-term survival

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    OBJETIVO: Nosso objetivo é apresentar resultados a longo prazo da subsituição valvar por bioprótese de pericárdio bovino SJM-BiocorTM. MÉTODO: Entre 1992 e 2000, tiveram alta hospitalar, após substituição valvar por bioprótese de pericárdio bovino SJM-BiocorTM 304 pacientes. Idades eram de 15 a 83 anos (média: 60,6&plusmn;14,3), sendo 50,3% do sexo masculino. Pacientes tiveram situação clínica atualizada e análise atuarial foi empregada no cálculo da sobrevida simples e livre de eventos. RESULTADOS: Em um seguimento total de 931,0 pacientes-ano, ocorreram 28 (9,2%) óbitos tardios, sendo cinco (1,6%) relacionados à bioprótese, sete (2,3%) cardíacos, quatro (1,3%) não-cardíacos e 12 (3,9%) de causa desconhecida. Eventos de bioprótese foram: endocardite: 18 (5,9%), degeneração fibrocálcica: 15 (4,9%), tromboembolismo: três (1,0%), hemólise: um (0,3%). Disfunção de bioprótese resultou em 16 (5,2%) reoperações, por degeneração fibrocálcica (nove), endocardite (seis) e tromboembolismo (um). Probabilidade de sobrevida foi 86,3&plusmn;3,4%, no 5º, e 69,3&plusmn;9,0%, no 10º ano pós-operatório. Idade jovem (<40 anos, n= 35) mostrou maior sobrevida em relação à mais idosa (>60 anos, n=187): 82,0&plusmn;13,3% vs 58,8&plusmn;13,6%, no 9º ano. Sobrevida livre de eventos foi 77,5&plusmn;3,7%, no 5º, e 40,2&plusmn;9,0%, no 10º ano. Probabilidade de falência estrutural de bioprótese foi 5%, no 5º ano, e 20%, no 10º; em aórticos, zero e 8%, respectivamente. A classe funcional (NYHA) atual é I para 88,5%, II para 9,1% e III para 2,4% dos pacientes. CONCLUSÃO: Implante de bioprótese de pericárdio bovino SJM-BiocorTM resulta em satisfatória perspectiva de sobrevida dos pacientes com doença valvar e apresenta baixa prevalência de disfunção de prótese.<br>OBJECTIVE: The objective of this work is to present long-term results of valve replacement using SJM-BiocorTM bovine pericardial bioprostheses. METHODS: From 1992 to 2000, 304 patients were discharged from hospital after bioprosthesis implantation. Ages ranged from 15 to 83 years (mean: 60.6 &plusmn; 14.3 years) and 50.3% were male. Patient deaths and events related to bioprosthesis (infection, thromboembolism and structural failure) were considered for estimation of cumulative probability of survival and event-free survival. RESULTS: Total follow-up was 931.0 patients-year. During follow-up there were 28 (9.2%) deaths. Causes were bioprosthesis failure in five (1.6%), cardiac in seven (2.3%), non-cardiac in four (1.3%), and unknown in 12 (3.9%) patients. Events related to bioprosthesis were: endocarditis: 18 (5.9%), fibrocalcic degeneration: 15 (4.9%), thromboembolism: three (1.0%), hemolysis: one (0.3%). Bioprosthesis dysfunctions resulted in 16 (5.2%) reoperations due to fibrocalcic degeneration (nine), endocarditis (six) and thromboembolism (one). Probability of survival was higher in the young population (< 40 years, n=35) when compared to the older group (> 60 year, n=187): 82.0 &plusmn; 13.3% vs. 58.8 &plusmn; 13.6% in the 9th year. Event-free survival was 77.5 &plusmn; 3.7% for 5th year and 40.2 &plusmn; 9.0% for 10th year. Overall estimative of structural failure for a SJM-BiocorTM was 5% in 5th year increasing to 20% in the 10th year. In the aortic position the values were zero and 8%, respectively. Considering current clinical conditions, 88.5% are in NYHA class I, 9.1% in class II and 2.3% in class III. CONCLUSIONS: SJM-BiocorTM bovine pericardial bioprostheses resulted in satisfactory survival of patients, related to low prevalence of bioprosthesis dysfunction

    Emprego de sistemas robóticos na cirurgia cardiovascular Robotic systems in cardiovascular surgery

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    O desenvolvimento de sistemas robóticos para cirurgia teve início na década de 80, por solicitação do exército norte-americano, que antevia a possibilidade de realizar operações em teatros de guerra, distantes do local onde estava o cirurgião. Entretanto, o primeiro uso em humanos só ocorreu anos mais tarde, numa ressecção transuretral de hiperplasia benigna de próstata. Cirurgiões cardíacos foram logo atraídos pela técnica robótica devido a possível aplicação com reduzido caráter invasivo; esperava-se menor trauma cirúrgico e redução da dor, morbidade, tempo de internação e custo do procedimento. Atualmente, de forma restrita e em casos selecionados, robôs são usados para revascularização do miocárdio e implante de marcapasso em cirurgias cardíacas totalmente endoscópicas; podendo também constituir apoio visual na retirada de artéria torácica interna, reconstrução valvar mitral e correção de defeitos congênitos. Utilizando o robô auxiliar AESOP® para controle do videotoracoscópio, com controle vocal por meio do sistema HERMES®, temos realizado dissecção da artéria torácica interna, implante de eletrodo ventricular esquerdo e abordagem de defeitos congênitos na cirurgia de correção. Apesar do entusiasmo científico inicial com a cirurgia robótica, ainda não existe evidência clara de superioridade desta técnica em relação à operação convencional, em termos de resultado. Isto se aplica também ao custo, pois o investimento inicial na aquisição de sistema cirúrgico completo (console, controle de vídeo, instrumental) provavelmente é compensado após muitos procedimentos e longo intervalo. Mas é certo que a cirurgia robótica terá um lugar no futuro, possibilitando aprendizagem, telepresença e realização de procedimentos pouco invasivos, embora complexos.<br>The development of robotic systems for surgery started in the 80's, motivated by the US army's need for surgical procedure in field hospitals with surgeons in a distant location (tele-presence). But the first human application of robotic surgery occurred years later in a transurethral resection for benign prostatic hyperplasia. Cardiac surgeons were attracted to the robotic techniques because of the potential reduction in the invasive character of the procedures. This results in reduced trauma, a reduction of pain and morbidity, a faster recovery and lower cost of surgery. Robotic systems were developed, allowing totally thoracoscopic cardiac surgery for myocardial revascularization and multi-site pacemaker implantation in selected cases. Video-thoracoscopic support systems for internal thoracic artery harvesting, mitral valve reconstruction and correction of congenital heart defects also exist. We used the AESOP® system with HERMES® voice control to harvest the internal thoracic artery, trans-thoracic implantation of the left ventricular electrode and as an approach to congenital heart defects for surgical repair. In spite of scientific enthusiasm related to robotic surgery, there is no clear evidence of superiority of this technique when compared to conventional procedures in terms of results. The same is true with the cost of the procedures, and even if a single robotic surgery is less expensive, the initial investment for a complete robotic system (console, video control, instruments) can be compensated only with many procedures over the long term. But there is no doubt that robotic surgery will have a place in the future of surgery, providing tele-presence of the surgeon, enabling teaching and training and performing less invasive surgical procedures

    Direct intramyocardial transthoracic transplantation of bone marrow mononuclear cells for non-ischemic dilated cardiomyopathy: INTRACELL, a prospective randomized controlled trial

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    Objective: We tested the hypothesis that direct intramyocardial injection of bone marrow mononuclear cells in patients with non-ischemic dilated cardiomyopathy can improve left ventricular function and physical capacity. Methods: Thirty non-ischemic dilated cardiomyopathy patients with left ventricular ejection fraction <35% were randomized at a 1:2 ratio into two groups, control and treated. The bone marrow mononuclear cells group received 1.06&#177;108 bone marrow mononuclear cells through mini-thoracotomy. There was no intervention in the control group. Assessment was carried out through clinical evaluations as well as a 6-min walk test, nuclear magnectic resonance imaging and echocardiogram. Results: The bone marrow mononuclear cells group showed a trend toward left ventricular ejection fraction improvement, with magnectic resonance imaging - at 3 months, showing an increase from 27.80&#177;6.86% to 30.13&#177;9.06% (P=0.08) and returning to baseline at 9 months (28.78%, P=0.77). Magnectic resonance imaging showed no changes in left ventricular ejection fraction during follow-up of the control group (28.00&#177;4.32%, 27.42&#177;7.41%, and 29.57&#177;4.50%). Echocardiogram showed left ventricular ejection fraction improved in the bone marrow mononuclear cells group at 3 months, 25.09&#177;3.98 to 30.94&#177;9.16 (P=0.01), and one year, 30.07&#177;7.25% (P=0.001). The control group showed no change (26.1&#177;4.4 vs 26.5&#177;4.7 and 30.2&#177;7.39%, P=0.25 and 0.10, respectively). Bone marrow mononuclear cells group showed improvement in New York Heart Association functional class, from 3.40&#177;0.50 to 2.41&#177;0.79 (P=0.002); patients in the control group showed no change (3.37&#177;0.51 to 2.71&#177;0.95; P=0.17). Six-minute walk test improved in the bone marrow mononuclear cells group (348.00&#177;93.51m at baseline to 370.41&#177;91.56m at 12 months, P=0.66) and there was a non-significant decline in the control group (361.25&#177;90.78m to 330.00&#177;123.42m after 12 months, P=0.66). Group comparisons were non-significant. Conclusion: The trend of intragroup functional and subjective improvement was not confirmed when compared to the control group. Direct intramyocardial application of bone marrow mononuclear cells in non-ischemic dilated cardiomyopathy was not associated with significant changes in left ventricular function. Differences observed within the bone marrow mononuclear cells group could be due to placebo effect or low statistical power

    Computer dynamics to evaluate blood flow through the modified Blalock-Taussig shunt

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    OBJECTIVES: To study the influence of geometric factors upon the function of modified Blalock-Taussig anastomoses (mBT) using a computational dynamic code based upon the method of finite elements. METHODS: The mBT operation, performed in 10 patients, was graphically reconstructed to create a parametric 3-dimensional geometric model. Using Streamline Upwind/Petrov-Galerkin approximations, blood flow and distribution were evaluated in different diameters of subclavian arteries and polytetrafluoroethylene grafts (PTFE) and angles of proximal anastomoses. RESULTS: The percentage of blood flow derived through the PTFE grows as its diameter increases in relation to subclavian artery diameter. Variations in the PTFE diameter do not interfere with pulmonary artery flow distribution. An angle of 110º in proximal anastomoses results in a high percentage of blood derivation to the graft, while angles of 30º, 60ºand 90º present with almost similar flow rates. However, angles of 30º and 110º produce an excessive flow to one of the pulmonary arteries, in detriment of the other. Peak pressure in the PTFE is affected by the proximal angle of anastomosis, with 30º resulting in higher and 110º in lower values. As the angle increases, the region of higher pressure shifts from the PTFE to subclavian artery. CONCLUSION: In the experimental model, percentage of flow derived in the PTFE is directly related to the diameter of the graft. The ratio between the diameters of subclavian artery and graft is an important regulator of flow deviation to the anastomosis. Angles of the anastomosis between the subclavian artery and the PTFE of 60º to 90º result in favorable pulmonary artery flow distribution and the location of the peak pressure

    Influências temporais nas características e fatores de risco de pacientes submetidos a revascularização miocárdica

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    OBJETIVO: Comparar perfil clínico e cirúrgico entre dois grupos de pacientes submetidos a Cirurgia de Revascularização Miocárdica (CRM) no Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul, com intervalo de 10 anos; observar sua influência na mortalidade hospitalar e verificar previsibilidade deste resultado mediante escore de risco. MÉTODOS: Estudo de coorte retrospectivo, envolvendo 307 pacientes submetidos a CRM isolada em período semestral de 1991/92 (grupo INICIAL, n=153) ou 2001/02 (grupo ATUAL, n=154). Foram analisados características demográficas, doenças cardíacas, co-morbidades e eventos operatórios, visando à comparação entre grupos e definição do escore de risco de morte hospitalar (conforme Cleveland Clinic). RESULTADOS: O grupo ATUAL tinha idade mais avançada, condição cardíaca mais grave (classe funcional, prevalência de insuficiência cardíaca e número de vasos com lesão severa) e maior prevalência de co-morbidades. Os pacientes iniciais mostraram maior prevalência na indicação cirúrgica de urgência. Não ocorreu diferença no escore médio de risco calculado para ambos os grupos (2,8 + 3,1 no INICIAL e 2,2 + 2,5 no ATUAL) ou na mortalidade hospitalar (respectivamente 3,3% e 1,9%), valores comparáveis com os comunicados pela Cleveland Clinic (para escore de risco 3, mortalidade prevista de 2,0 %, com limite de confiança 95% de 0-4,3% e mortalidade real em estudo de confirmação de 3,4%). CONCLUSÃO: Pacientes atualmente submetidos a CRM são mais idosos e em pior condição clínica (cardíaca e sistêmica) que os operados há 10 anos, mas a pontuação no escore de risco e a mortalidade hospitalar foram discretamente aumentadas no grupo inicial. Para isto, pode ter contribuído maior prevalência de cirurgias de urgência. Um escore de risco pode ser utilizado para identificar pacientes que requerem maiores cuidados e predizer o resultado cirúrgico

    Resultado clínico tardio da anuloplastia mitral sem suporte em crianças e adolescentes

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    O resultado clínico pós-operatório (p.o.) tardio da reconstrução da valva mitral sem suporte em crianças e adolescentes é analisado através da observação de uma série de 70 pacientes operados. Objetivou-se acompanhar a evolução clínica tardia após o tratamento de insuficiência mitral pelas técnicas reparadoras nos pacientes em fase de crescimento, avaliar a eficácia, a durabilidade e a reprodutibilidade do procedimento, bem como morbidade e mortalidade nas fases hospitalar e tardia. Consideraram-se, ainda, os resultados em relação à etiologia da doença e as causas de falha do método. De 1977 a 1995, foram operados 70 pacientes, sendo 36 casos do sexo feminino e 34 do masculino. A média de idade foi de 12,4 ± 4,8 anos (6m a 18a). Houve predomínio da etiologia reumática (71,4%) sobre a congênita (18,6%), a degeneração mixomatosa (8,6%) e a infecciosa (1,4%). A classe funcional pré-operatória era 11 em 32 (45,7%) casos, 111 em 18 (25,7%) casos e IV em 20 (28,6%) casos. A técnica cirúrgica utilizada foi a anuloplastia simples tipo Wooler isolada em 58 (82,9%) casos e associada a encurtamento de cordoalha em 12(17,1%). Em 21 (30%) pacientes foram realizados procedimentos associados. O período de acompanhamento foi de 7 m a 17 anos, no p.o. A mortalidade hospitalar foi 4,3%. Regurgitação mitral foi descrita no intra-operatório em 21,4%. Sopro sistólico de regurgitação mitral residual foi notado em 35 (49,9%) pacientes, a maioria sem repercussão hemodinâmica. A classe funcional pós-operatória foi I em 73,9%, II em 21,7% e III em 4,4%. As curvas de análise atuarial mostraram aos 5 e 10 anos, respectivamente, probabilidade de sobrevida global de 89% e 79% e estimativa de permanecer livre de eventos cirúrgicos no período de 87% e 61 % no grupo total, 88% e 56% no grupo de etiologia reumática e 91 % no grupo de etiologia congênita para 5 e 10 anos. A insuficiência mitral pode ser tratada efetivamente por anuloplastia sem suporte anular profético, com resultados tardios comparáveis àqueles obtidos por técnicas mais complexas. Isto tem importância no tratamento de crianças e adultos jovens, especialmente no sexo feminino, quando se deseja evitar o implante de próteses mecânicas
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