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    estudos artísticos

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    O tropicalismo arranca em 1967, através do corpo: a música de Caetano Veloso e Gilberto Gil, os vestíveis de Hélio Oiticica, as propostas teatrais de José Celso Martinez Corrêa e os cenários de Hélio Eichbauer. Hoje as coisas são um pouco mais complexas. Em tempo de redes sociais, os aspirantes ao poder fazem uso da sua imediatez para suscitarem reações epidérmicas, superficiais, populistas e de grande instantaneidade. A boçalidade triunfa nas caixas de comentários, e com mais alguns perfis falsificados podem manipular-se plebiscitos, movimentos secessionistas, ou, e também censurar-se exposições de arte. Nesta variação do fascismo, a epiderme eletrificada das redes sociais estrutura-se como uma poderosa arena onde se aparenta uma falsa democracia. Talvez a arte continue a ser um reduto para reflexão, mas vemos que a censura se manifesta hoje de modo talvez mais eficaz, silenciando artistas e professores, através da pressão mediatizada, da emoção do momento. Para isto é necessária a atenção consciente da arte, dos artistas, e também dos arte-educadores: enfrenta-se uma massa cada vez mais informe, alienada e despojada de reflexão para além do imediato.info:eu-repo/semantics/publishedVersio

    Artistas sobre outras obras

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    Este número da Revista Estúdio assinala a crescente maturação de um espaço de comunicação algo alternativo, onde artistas falam de artistas, dão a conhecer obras menos conhecidas, e ocupam uma área de curadoria expontânea e paralela aos centros do arte world. Dá-se a palavra aos próprios criadores, e há seis anos que o seu olhar vem enriquecendo um património crescente, com especiais ligações aos países onde se fala as línguas ibéricas. A presença de obras de Portugal, Espanha, Brasil, Angola, Argentina, Perú, Venezuela, Bolívia e muitos outros países tornou-se habitual, fazendo da Estúdio uma instância da semiosfera (Lotman). Mais do que a presença, é a dimensão do conhecimento transmitido, a que se segue, naturalmente, o estabelecimento de novas teias de referência entre os artistas destes países: há novos grupos, novas cumplicidades, novas realizações dentro deste Estúdio, que completa seis anos de publicação persistente. A Revista Estúdio é também mais uma via disponível para o exercício da interpretação, através de descodificações mais informadas, mais negociadas, dos textos artísticos, pois são efectuadas por outros artistas. Reuniram-se nesta edição 24 artigos originais, mantendo a sua linha editorial inicial. O projecto mantém a sua componente de resistência, de plataforma de conhecimento para os pares, não abdicando também da validação externa, ou seja, do uso de protocolos de produção e transmissão de conhecimento. Falamos pois das normas de redação, de referenciação, de estruturação de textos e de articulação de argumentos, visuais ou verbais. Estabelece-se neste volume uma articulação entre cinema, vídeo, redes, escultura, instalação, fotografia, performance, banda desenhada, pintura, cerâmica, poesia concreta, livros de artista, sendo este conjunto não exaustivo testemunha do grau de hibridação que hoje o discurso artístico convoca. Apanhando-lhe o pulso, a Estúdio acompanha a arte desde os seus produtores, dos seus procedimentos, dos seus recursos, dos seus resultados. A Estúdio permite visitar muitos estúdios.info:eu-repo/semantics/publishedVersio
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