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    Miltefosina no tratamento da Leishmaniose Tegumentar: eficácia e limitações da primeira terapia oral autorizada no Brasil

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    A Leishmaniose Tegumentar é uma doença infecciosa negligenciada, endêmica em 13 países da América, tendo o Brasil como responsável por 96% das notificações. O tratamento de primeira linha é o antimoniato de N-metil-glucamina (Glucantime), droga parenteral e com várias contraindicações, o que dificulta seu uso em regiões isoladas do nosso país, justamente onde a maior incidência da doença ocorre. Em 2020 o Ministério da Saúde incorporou ao SUS a Miltefosina, uma droga oral para tratamento da Leishmaniose Cutânea. Este trabalho é uma revisão integrativa que reuniu 10 trabalhos que comparam a eficácia terapêutica da Miltefosina em relação ao Glucantime, além de descrever os seus efeitos adversos mais frequentes. As evidências científicas comprovam que a Miltefosina tem uma eficácia superior ao Glucantime no tratamento da Leishmaniose Cutânea, exceto quando causada pela espécie da , pois nestes casos a droga foi considerada como não inferior. Nos estudos realizados no Brasil em Leishmaniose Cutânea a Miltefosina se resultou superior ao Glucantime no tratamento da doença por todas as espécies de leishmania. Nos casos de Leishmaniose Mucosa ou mucocutânea, a escassez dos estudos desenvolvidos ainda não conseguiu demonstrar a eficácia da Miltefosina, sendo ainda o Glucantime considerado como tratamento de primeira linha. Os efeitos adversos mais comuns da Miltefosina foram as náuseas, vômitos e diarreia, que cederam ao uso de sintomáticos. Concluimos que a Miltefosina é uma opção via oral, com poucos efeitos adversos, eficaz e de baixo custo para o tratamento da Leishmaniose Cutânea, devendo ser amplamente utilizada em todo território nacional

    CARACTERÍSTICAS CLÍNICO-EPIDEMIOLÓGICAS DO CALAZAR NO CENTRO SUL DA BAHIA

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    Introdução/objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos casos notificados de Leishmaniose Visceral (LV), na região de Guanambi-BA, de janeiro de 2018 a dezembro de 2022. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, com dados estatísticos e epidemiológicos fornecidos pela Vigilância Epidemiológica Municipal através de fichas de notificação do Sistema de Informação local. Para as informações obtidas realizaram-se cálculos de frequências e médias utilizando-se os programas Microsoft Office Excel® 2019 e BioEstat® 5.0. Resultados: Foram notificados 85 casos suspeitos de LV, sendo 22 confirmados no período do estudo. O período de maior proporção de casos foi no ano de 2022 com 36% (8/22) dos casos. Em relação a faixa etária, observamos maior incidência na população com mais de 60 anos, que acumulou 27,2% (6/22) dos casos, com outro pico de incidência na população com idade entre 1 e 9 anos, com 22,7% (5/22) das ocorrências. O sexo masculino foi afetado em 72% (16/22) das vezes e 81% (18/22) do total de casos ocorreram na zona urbana. Todos os pacientes avaliados tiveram seu diagnóstico baseado em critérios laboratoriais, sendo o exame parasitológico positivo em 31,8% (7/22) das investigações e a reação de imunofluorescência indireta positiva em 77,2% (17/22). Com relação à classificação dos casos, 95,4% (21/22) foram casos novos e 4,5% (1/22) recidiva da doença. A coinfecção leishmaniose-HIV estava presente em 9% (2/22). A droga mais utilizada para tratamento foi a Anfotericina B lipossomal, prescrita em 75% (12/16) dos casos tratados no município, ficando Glucantime como tratamento para 25% (4/16). 70% (14/20) dos pacientes tratados no município evoluíram para a cura, sendo que 02 pacientes foram transferidos após diagnóstico para tratamento em Salvador-BA, e a taxa de letalidade foi de 30% (06/20). A autoctonia foi registrada em 100% dos casos notificados. Com relação ao quadro clínico, a febre foi a manifestação mais frequente em 90,9% (20/22) dos participantes, seguido pela esplenomegalia em 63% (14/22). Conclusão: O estudo demonstrou maior prevalência da doença em crianças e idosos, sexo masculino e nos residentes da zona urbana. Embora seja uma doença tratável, ainda apresenta alta taxa de letalidade na nossa região, o que pode ser por atraso no diagnóstico. Este estudo reforça a necessidade de políticas públicas para combate do vetor e treinamento das equipes de saúde para diagnóstico precoce da doença, o que pode melhorar o prognóstico da mesma

    Avaliação da percepção de discentes do curso médico acerca do estudo anatômico

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    O presente trabalho objetivou conhecer a percepção dos alunos de Medicina sobre o estudo anatômico, para proposição de medidas que melhorem a aprendizagem dessa disciplina. Trata-se de estudo transversal com abordagem quantitativa e análise descritiva. Os dados foram coletados por meio de um questionário semiestruturado aplicado aos alunos do primeiro, segundo, terceiro, quinto e sexto períodos do curso médico. Para a maioria dos discentes, a aula expositiva facilita o aprendizado em Anatomia, ao passo que o grande número de nomes para memorizar foi apontado como principal fator dificultador. Grupo preponderante utiliza livros-texto e livro atlas, raramente tendo contato com peças naturais, e 82,59% dos acadêmicos não se sentem satisfeitos com o seu conhecimento anatômico. Portanto, no contexto atual de aumento da carga curricular do curso médico e redução do tempo dispensado à Anatomia, surge o desafio de examinar a evolução do currículo do curso médico observando a inserção da Anatomia neste processo. É necessário buscar um equilíbrio entre detalhe e segurança, assimilação e aplicabilidade da Anatomia, tendo em vista os diferentes métodos utilizados para o aprendizado da ciência anatômica
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