Emergências hiperglicêmicas - aspectos epidemiológicos, fisiopatológicos e manejo terapêutico: Hyperglycemic emergencies - epidemiological, physiopathological aspects and therapeutic management

Diabetes mellitus (DM) corresponde a uma doença metabólica na qual há produção inadequada de insulina ou resistência periférica a este hormônio, correspondendo tais definições à DM do tipo 1 e 2, respectivamente. A doença apresenta alta prevalência e incidência em todo o mundo e pode levar à inúmeras complicações, tanto agudas quanto crônicas; nesse sentido, a cetoacidose diabética (CAD) e o estado hiperosmolar hiperglicêmico (EHH) correspondem às principais complicações agudas da doença; requerem diagnóstico e tratamento imediato devido à gravidade do quadro gerado pelas mesmas. Ademais, ambas as complicações são denominadas de emergências hiperglicêmicas, justamente por seus sinais e sintomas acontecerem na vigência de uma glicemia elevada em um paciente diabético. Outrossim, são diversas as causas da CAD e do EHH; no entanto, as principais causas estabelecidas pela literatura são a presença de infecções e o uso inadequado de insulina em pacientes portadores de DM. Além disso, o manejo adequado do paciente nestas circunstâncias envolve a administração precoce de fluidos intravenosos, terapia com insulina, reposição de eletrólitos e reconhecimento e tratamento das causas precipitantes. Contudo, a despeito da existências de inúmeros protocolos envolvidos no diagnóstico e tratamento da CAD e do EHH, pouco se tem feito na prevenção destas complicações; dessa forma, urge a necessidade de melhor esclarecer pacientes diabéticos a respeito de sua doença e suas prováveis complicações, bem como alertá-los sobre possíveis sinais de alerta, para que possam buscar assistência o mais precoce possível, diminuindo a probabilidade de desfechos negativos

Implante mamário de silicone e Síndrome ASIA: uma revisão de literatura Silicone / Breast Implant and ASIA Syndrome: A Literature Review

OBJETIVO: O estudo objetiva indicar a correlação entre os implantes mamários e a ocorrência da Síndrome ASIA. METODOLOGIA: Os artigos foram selecionados na base de dados PubMed, publicados entre os anos de 2016 e 2021. A pesquisa utilizou os Descritores em Ciência da Saúde (DeCS) e seus sinônimos, em inglês: breast implants, silicones, autoimmune diseases e rheumatic diseases. RESULTADOS: Apesar dos resultados divergentes entre os estudos analisados, em sua maioria a correlação é evidente entre o implante mamário e a ocorrência de doenças autoimunes. DISCUSSÃO: A síndrome ASIA envolve-se como fator adjuvante para o desenvolvimento de autoimunidade, visto que há exacerbação da resposta imunológica, com liberação de citocinas e células de defesa do organismo com a presença dos implantes mamários. O diagnóstico é feito pela sintomatologia e história pregressa da paciente, em que há sintomas característicos. Sendo o principal tratamento a extração das próteses mamárias. Há uma correlação importante entre os baixos níveis de vitamina D com a síndrome ASIA, além da presença de outras doenças autoimunes. CONCLUSÃO: O implante mamário pode ser adjuvante para a ocorrência da síndrome ASIA, sendo reafirmado pelos fatores de melhora após a retirada do silicone