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Centre de recherches sur les mondes américains
François-Xavier Guerra, professeur à l’Université de Paris-ICarmen Salazar-Soler, chargée de recherche au CNRSJean-Michel Sallman, professeur à l’Université de Paris-X L’Euro-Amérique : un espace culturel commun Le séminaire de l’UMR 8565, qui a eu lieu pour la troisième année consécutive autour de la question des « circulations » - des personnes (1998-1999) et des choses (1999-2000) - a réuni en 2000-2001 une trentaine de personnes à chacune de ses sept séances. Organisé par François-Xavier ..
Bruxas: figuras de poder Witches: figures of power
As mulheres que tanto a história como a imaginação popular mitificaram como "bruxas" constituem figuras que expurgam as fobias da Contra Reforma. As bruxas foram torturadas e queimadas para sinalizar os perigos de práticas e saberes à margem da Igreja e de outras instituições dominantes na Idade Moderna. Parteiras, curandeiras e carpideiras, as bruxas misturam em seu caldeirão os mistérios da vida e da morte herdados das tradições pagãs. Este artigo percorre textos de historiadores, em especial o de Jules Michelet, que no século XIX construiu a imagem romântica e martirizada da bruxa, e o manual de inquisidores do século XIV, o Malleus Maleficarum, que descreve os poderes da bruxa, sua aliança com o demônio e sua ameaça para o cristianismo. Os discursos instaurados por tais textos constroem tanto a imagem que glorifica a bruxa quanto aquela que a execra, mostrando ambas o potencial transformador de suas práticas e de sua ligação com a sexualidade.<br>The women whom history and popular imagination mythicized as "witches" constitute figures that purge the phobias of the Counter Reformation. Witches were tortured and burned to signal the dangers of practices and knowledge in the margins of the Church and other dominant institutions in the Modern Age. Midwives, healers and weepers, the witches blend in their large kettle the mysteries of life and death inherited from pagan traditions. This paper examines some historians' texts, especially that of Jules Michelet, who created the witch's romantic and martyred image, and the inquisitors' manual Malleus Maleficarum, that describes the witch's powers, her alliance with the demon and her threat to Christianity. These texts establish, through their different discourses, two opposing images: one that glorifies witches and another that execrates them, in order to show the transforming potential of their practices and their connection with sexuality