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    Snakebites in the Municipality of Tarauacá, Acre, Western Brazilian Amazon

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    Introduction: Snakebites are a public health problem and are considered a common clinical emergency in several tropical countries, especially in rural and forested regions where these animals are more frequent. It is estimated that approximately 28,800 cases of snakebites per year occur in Brazil, with an average of 119 deaths, in which the north region has the highest rate of incidence. However, the accuracy of these data ends up being brought into question, since there are undoubtedly many cases of under-reporting and even cases that are not reported at all, due to logistical and geographical reasons or due to a lack of preparation as to the precise identification of the problem. Objective: This study aimed to describe the epidemiological characteristics of the reported cases of snakebites victims in the municipality of Tarauacá (Acre), comparing the morbidity coefficient with other Amazonian regions, and to observe possible factors associated with the appearance of complications in these cases. Methods: This is a retrospective descriptive study through the analysis of the clinical-epidemiological information found on the notification sheets of the Information System of Notification Diseases of victims of snakebites that occurred during the period between 2012 and 2016 in Tarauacá. Results: We recorded 96 snakebite cases during the study period, with the majority (95.8%) classified as botropic, followed by laquetics (3.2%) and one by a non-venomous snake (1%). No deaths were recorded. Snakebites were more frequent in rural areas (87.5%), most being an occupational accident, and affected mainly adult male individuals in their lower limbs. Most cases occurred during the rainy season and had a positive correlation with rainfall. Conclusions: The morbidity coefficient registered in Tarauacá in 2016 (72.5 cases per 100,000 inhabitants) was higher than that recorded in the cities of Cruzeiro do Sul and Rio Branco and in the states of Acre and Amazonas. Although most patients receive antivenom within the first six hours, many victims do not receive appropriate hospital care until more than 24 hours after the envenoming, which is a factor associated with the appearance of complications.Introdução: Os acidentes ofídicos constituem um problema de saúde pública, sendo considerada uma emergência clínica comum em vários países tropicais, principalmente em regiões de zona rural e florestadas, onde esses animais são mais frequentes. É estimado ocorrerem aproximadamente 28.800 casos anuais de acidentes ofídicos no Brasil, com uma média de 119 óbitos, no qual a região Norte apresenta a maior incidência. Todavia, a precisão desses dados acaba sendo questionada, pois devem ocorrer muitas subnotificações e mesmo não notificações por questões logísticas e geográficas ou decorrentes ao despreparo quanto à identificação precisa do agravo. Objetivo: Descrever características epidemiológicas dos casos notificados de vítimas de acidentes ofídicos no município de Tarauacá (Acre), comparando o coeficiente de morbidade com outras regiões amazônicas e observar possíveis fatores associados ao surgimento de complicações dos casos. Método: Trata-se de um estudo descritivo retrospectivo através da análise das informações clínicoepidemiológicas das fichas de notificação do Sistema de Informação de Agravos de Notificação de vítimas de acidentes ofídicos ocorridos durante o período de 2012 a 2016 em Tarauacá. Resultados: Foram registrados 96 casos durante o período de estudo, sendo a maioria (95,8%) classificada como botrópico, seguido de laquéticos (3,2%) e um por serpente não peçonhenta (1%). Nenhum óbito foi registrado. Os acidentes foram mais frequentes na área rural (87,5%), sendo um acidente ocupacional, acometendo principalmente indivíduos adultos do sexo masculino em seus membros inferiores. A maioria ocorreu durante a estação chuvosa e teve correlação positiva com a pluviosidade. Conclusão: O coeficiente de morbidade registrado em 2016 (72,5 casos por 100.000 habitantes) foi maior do que o registrado em Cruzeiro do Sul e Rio Branco e também para os estados do Acre e Amazonas. Apesar da maioria dos pacientes receber a soroterapia dentro das primeiras seis horas, muitos recebem o devido atendimento hospitalar após 24 horas decorrido o envenenamento, sendo um fator associado ao surgimento de complicações
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