3 research outputs found

    Luz, câmera, ação: adaptando uma teleaula de frações para o público surdo

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    Este trabalho discute e avalia a acessibilidade de um material de ensino a distância muito disseminado no Brasil. Através de observações, viu-se a necessidade de tornar esse material mais acessível às pessoas surdas que se utilizam da Língua Brasileira de Sinais (Libras). Nosso objetivo é adaptar uma Teleaula do programa Telecurso 2000, que aborda o conceito de frações para alunos surdos a fim de viabilizar o acesso deste público a esse meio de ensino a distância, uma vez que esse material é amplamente utilizado por adultos buscando certificação de conclusão da educação básica e, com as mudanças nas leis, por empresas que buscam qualificação de seus funcionários. Nossa pesquisa foi desenvolvida em três etapas. Na primeira escolhemos os participantes iniciais, três surdos da região metropolitana de São Paulo, e aplicamos à esses participantes o material como é proposto, ou seja, em seu formato original; na segunda etapa focamos nas adaptações, produzimos assim a Teleaula Adaptada (TA) e a Apostila Adaptada (AA); e na terceira etapa submetemos o material adaptado (Teleaula e Apostila) ao crivo dos participantes finais, quatro surdos residentes na cidade de Rio Claro/SP. Tivemos como aporte teórico os trabalhos de Vygotsky (1997) sobre Defectologia, Sacks (2010) abordando a educação de surdos e Nunes (2012) o ensino de Números Racionais. As adaptações que adotamos estão relacionadas principalmente a utilização da primeira língua do público alvo, a questões de apresentação e representação visual e seleção de conteúdo. Nossa pesquisa mostrou que as adaptações realizadas foram necessárias para uma melhora na compreensão do conteúdo pelos participantes surdos, entretanto não foram suficientes para que eles pudessem realizar todas as atividades propostas. A questão da língua ainda é um dos principais fatores que podem dificultar a compreensão dos conteúdos, principalmente quando as proposta envolve material impresso. Para adaptar um material para o público surdo, não basta colocar uma Janela de Libras e pensar que os problemas serão resolvidos. Vai muito além. Para garantir acessibilidade a essa ou outra modalidade de educação à diversidade de usuários, é necessário ter um olhar mais minucioso e realmente levar em consideração as potencialidades do público em questão, caso contrário, será apenas mais um material criado com a falsa ideia de ajudar

    Onde estamos? Uma análise das pesquisas envolvendo pré-cálculo na vertente “ativa e social”

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    O alto índice de evasão nos cursos de engenharia, seguido de “repulsa” que alguns alunos sentem quando se deparam com as disciplinas base de cálculo diferencial e integral muitas vezes são pautadas em concepções pré-definidas ou incorporadas ao ensino da Matemática e da crença de alguns de que não nasceram com capacidade suficiente para aprender essas disciplinas. Esse é o cerne deste levantamento bibliográfico que tem como objetivo posicionar uma pesquisa de doutorado a fim de identificar as fragilidades das pesquisas desenvolvidas no país envolvendo esses temas. Foi realizada uma revisão de literatura no Catálogo de Teses e Dissertações da Capes e na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações, combinando os sete descritores (“Matemática”, “Ensino Superior”, “Metodologias Ativas”, “Representação Social”, “Vulnerabilidade Social”, “Mentalidades Matemáticas” e “Pré-Cálculo”) definidos na pesquisa de doutorado que ampliam um estudo realizado anteriormente (Silva, 2019). Após o levantamento bibliográfico sistemático combinando os termos, não foi localizado, com base nesses dois bancos de dados, até a presente data, trabalhos que relacionassem as sete palavras-chave. Sendo assim, o caminho a ser tomado na pesquisa de doutorado pode ajudar os professores que lecionam as disciplinas base de Cálculo Diferencial e Integral, mais especificamente as disciplinas com foco em Pré-Cálculo, para alunos em situação de vulnerabilidade social em contextos educacionais que envolvam metodologias inovadoras

    Aula Invertida: uma perspectiva de trabalho com alunos com Distúrbio do Déficit de Atenção (DDA)

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    As instituições de ensino têm aplicado novas metodologias, para proporcionar melhores resultados de aprendizagem. Este trabalho busca analisar se o método Flipped Classroom é eficaz no auxílio à aprendizagem de Cálculo I, para alunos com Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA). Utiliza-se uma abordagem metodológica qualitativa, baseada em observação, entrevistas e comparação de resultados acadêmicos. Na turma A, a professora aplicou o método, valorizando o estudo prévio. Na turma B, a professora apenas orientou sobre o estudo prévio. Na turma C, apenas disponibilizou o material previamente. De posse das notas, observou-se que: o aluno com DDA da turma A foi aprovado e participou ativamente das atividades em sala. O aluno da turma B teve um desempenho inferior, esclarecia dúvidas e realizava as atividades. O aluno da turma C teve um desempenho bem inferior, não realizava as atividades, ignorava as explicações e apenas copiava as respostas. Dessa forma, pode-se verificar a eficácia do método para alunos com DDA
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